Más notícias do país de Dilma (14)

A enxurrada de novas revelações sobre a roubalheira no Ministério dos Transportes, e os seguidos anúncios de demissões de altos funcionários naquele feudo do PR, ocuparam bom espaço nos jornais ao longo dos últimos dias. Mas, além das novas denúncias de ladroagem do dinheiro público, continuaram a pipocar diversas provas da incompetência do governo Dilma.

Como diz o Carlos Brickmann, o slogan mudou. Agora é rouba e não faz – e, se faz, faz mal feito,

Este novo apanhado de notícias e análises – o 14º em um período de pouco mais de três meses – ficou maior que todos os anteriores. Não tenho esperança de que as pessoas vão ler tudo isso, mas continuo fazendo este trabalho de compilar as demonstrações de que o país tem um governo incompetente. Não faz mal que pouca gente vá ler tudo – se algumas derem pelo menos uma passada de olhos, vir os títulos, os temas, já me sentirei recompensado.

Dá preguiça, às vezes dá a nítida sensação de estar dando murro em ponta de faca, mas vou em frente.

Na tentativa de facilitar um pouco a vida de quem der uma olhada neste catatau, o dividi em temas, com intertítulos.

Lá vai o apanhado desta sexta-feira, dia 22, com notícias publicadas entre 15 e 21 de julho.

As denúncias desta semana sobre a roubalheira no Ministério dos Transportes

* Dnit e Valec têm contratos com empresas suspeitas

“Os diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec Engenharia e Construções montaram um esquema com duas empresas de fachada acusadas de usar documentos falsos em contratos que somam R$ 31 milhões – desse total, R$ 13 milhões sem licitação. Os contratos são para fornecer funcionários em áreas estratégicas, incluindo obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em pelo menos 20 Estados e no Distrito Federal. As pessoas contratadas por essas duas empresas, a Alvorada e a Tech Mix, são escolhidas pelo PR, partido que comanda o Ministério dos Transportes, para trabalhar na gestão de obras sob suspeita de corrupção. O processo de assinatura dos contratos passou pelo alto escalão do Dnit e da Valec envolvido na crise de irregularidades nos Transportes. O dono da Tech Mix é marido da dona da Alvorada.” (Estadão, 18/7/2011.)

* “CGU constata onda de irregularidades em Mato Grosso do Sul”

“Execução de serviços com qualidade deficiente, superfaturamento e inexistência ou inadequação de estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental da obra. Essas são algumas das irregularidades encontradas na execução de serviços sob a responsabilidade do Dnit de Mato Grosso do Sul.” (Estadão, 20/7/2011.)

* Em SP, nova obra suspeita do Dnit

“O Dnit quer pagar R$ 16 milhões para uma empreiteira – doada de recursos para campanhas do PR – recuperar e complementar o Contorno Ferroviário de Barretos (SP), obra implantada há menos de cinco anos e a um custo 40% menor. Sob suspeita do Tribunal de Contas da União, a reforma foi liberada graças ao lobby do deputado Valdemar Costa Neto, secretário-geral do partido, e de seu amigo Frederico Augusto de Oliveira Dias, assessor que trabalhava junto à diretoria-geral do Dnit, sem ter cargo comissionado ou efetivo.” (O Globo, 19/7/2011.)

* R$ 2 bilhões para 348 km de estrada – e ainda não está pronta

“Controlada pelo diretor de Infra-estrutura Rodoviária do Dnit, o petista gaúcho Hideraldo Caron, a obra de duplicação da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS), trecho de 348 quilômetros de extensão, acumula histórico de 23 contratos, assinados nos últimos seis anos, e a marca de 268 termos aditivos que aumentaram o preço do empreendimento em pelo menos R$ 317,7 milhões. O governo já gastou na obra (…) quase R$ 2 bilhões, com muitas suspeitas de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União. A conta deve crescer com a inclusão de pontes e túneis que ainda nem foram licitados.” (O Globo, 20/7/2011.)

* “Mulher de diretor do Dnit já ganhou R$ 18 milhões em obras”

“A Construtora Araújo Ltda, da mulher de José Henrique Sadok de Sá, diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), assinou contratos que somam pelo menos R$ 18 milhões para tocar obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, todas vinculadas a convênios com o órgão. A mulher de Sadok, Ana Paula Batista Araújo, é dona da Construtora Araújo, contratada para cuidar de obras nas rodovias BR-174, BR-432 e BR-433, todas em Roraima e ligadas a convênios com o Dnit, principal órgão executor do Ministério dos Transportes. A aplicação de aditivos, que aumentam prazos e valores, ocorreu em todos os contratos. Sadok trabalhou em Roraima em 2001, no antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), como diretor de obras.” (Estadão, 15/7/2011.)

* Pagot constrói dacha de R$ 2,5 milhões

“A multiplicação de escândalos que envolvem sua gestão no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não inibem planos pessoais de Luiz Antonio Pagot para um futuro muito confortável. Em Cuiabá (MT), onde reside, ele constrói uma mansão de três andares. São 614 metros quadrados de área distribuídos em três pavimentos, com três suítes, salas de estar e de jantar e áreas de lazer, afora espaçoso jardim. O valor do casarão, depois de pronto, criou polêmica na cidade. Pelas contas do próprio Pagot, o imóvel vai valer R$ 700 mil. Corretores imobiliários, no entanto, estimam em R$ 2,5 milhões, aproximadamente, o preço da moradia, porque localizada em um bairro que deverá receber amplos investimentos e projetos de melhorias para breve.” (Estadão, 21/7/2011.)

As demissões

* Denúncia de corrupção derruba mais um – o sexto – nos Transportes

“O diretor executivo do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), José Henrique Sadok de Sá, foi afastado do cargo ontem (sexta-feira, 15), por ordem da presidente Dilma Rousseff após o Estado ter publicado reportagem mostrando que a Construtora Araújo Ltda., de Ana Paula Batista Araújo, mulher dele, ganhou contratos no valor de pelo menos R$ 18 milhões para tocar obras em rodovias federais em Roraima, entre 2006 e 2011, vinculadas ao órgão. (…) Afilhado político do deputado Luciano Castro (PR-RR) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, Sadok é o sexto dirigente do setor de transportes varrido pela crise que atinge o setor. Sadok responderá a processo administrativo disciplinar, que pode resultar em demissão.” (Estadão, 16/7/2011.)

* As denúncias já derrubaram 13 nos Transportes – até a terça-feira.

“A prometida ‘faxina’ no Ministério dos Transportes atingiu mais sete integrantes do governo. Foram demitidos ontem (terça, 19/7) quatro funcionários do ministério e dois do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Na noite de ontem, o ministério confirmou à reportagem a demissão de mais um assessor da pasta, Eduardo Lopes. Oficialmente foram afastadas 13 pessoas dos cargos desde o início da crise no setor. O número sobe para 14 com a demissão de Lopes, indicado pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). A maioria dos afastados é ligada ao núcleo que comanda o PR, que integra a coalizão da presidente Dilma Rousseff e que dirige a pasta.” (Estadão, 20/7/2011.)

* Mais três demissões. Agora já são 16 os afastados – até a quarta-feira.

“A presidente Dilma Rousseff demitiu mais três da estrutura do Ministério dos Transportes, sendo um deles da Valec, a estatal que administra ferrovias, e dono de uma empresa de transportes suspeita de receber dinheiro público. (…) Desde o início da crise, 16 já perderam os postos. O PR, que deve continuar a sofrer com novas demissões, já ameaça romper com o governo e sair da base aliada.” (O Globo, 21/7/2011.)

* Algo continua fora do lugar: por que só há demissão depois que a imprensa denuncia?

“Não resta dúvida de que a intervenção da presidente no ministério dos Transportes significa um avanço em relação à rotina de impunidade do governo anterior. Algo, contudo, segue fora do lugar. Não pelo fato de a atual presidente ter sido nos últimos anos aquela que tudo sabia e tudo controlava no governo. Muito mais pela sistemática da presidente de só agir quando informada pelos jornais a respeito do que se passa em seu governo. Ou estão falhando os controles internos para detectar os malfeitos ou Dilma só se sensibiliza com eles quando são levados ao conhecimento do público.” (Dora Kramer, Estadão, 20/7/2011.)

 Considerações sobre a máquina de roubar – e os outros males dos Transportes

 * “Uma engrenagem blindada, metódica e articulada de corrupção”

“Deixando-se de lado o varejão da roubalheira, onde ficam contratos de serviços, de publicidade, ou despesas com cartões de crédito, mordomias e viagens, a crônica de nove anos incompletos de governo petista revela que há nele uma engrenagem blindada, metódica e articulada de corrução. Não há novos escândalos, há apenas novas erupções, beneficiadas por uma rotina em que uma crise só se exaure quando é substituída por outra, na qual estão personagens que passaram despercebidos na anterior. O centro dessa rede fica no Palácio do Planalto, ora na Casa Civil, ora na coordenação política e sempre na coleta e repasse de doações. (…)

“Burattis, Waldomiros, Delúbios, Erenices e até mesmo Pagots foram peças acessórias de uma máquina. (…) O escandaloso enriquecimento de Palocci foi substituído pelas propinas do Ministério dos Transportes. Como acontece desde o caso de Waldomiro Diniz, será esquecido, diante do próximo.” (Elio Gaspari, Folha de S. Paulo e O Globo, 17/7/2011.)

* A máquina de roubar do PR dentro do Ministério dos Transportes

“A revelação (feita pela Folha de S. Paulo), confirmada ontem (sexta, dia 15/7) pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, de que um representante do deputado Valdemar Costa neto (PR-SP) participava de reuniões no ministério, sem qualquer ligação funcional com o órgão, é mais uma mostra de como o presidente de honra do PR comandava uma administração paralela e extra-oficial na pasta. Frederico Augusto de Oliveira Dias, o Fred, tinha gabinete no Dnit, participava de reuniões com prefeitos, empreiteiros e até com o ministro, embora ninguém diga quem o contratou. Operava, segundo denúncias, como braço de Valdemar dentro do Dnit.” (O Globo, 16/7/2011.)

* “Corrupção não é o único mal dos Transportes”

“Enquanto o Ministério dos transportes passa por uma crise, com denúncias de corrupção, superfaturamento de obras e demissão de ministro e diretores do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte (Dnit), a situação das estradas brasileiras continua caótica, num retrato do atraso do setor. Esburacadas, sem acostamento e, em sua maioria, sem asfalto, são um dos grandes gargalos para que o país cresça em condições de competir com seus concorrentes entre os países emergentes. (…) Uma pesquisa feita ano passado pelo instituto Ilos, com cerca de 15 mil profissionais de logística das maiores empresas do Brasil, revelou que 92% deles apontaram a má conservação das estradas como o principal problema de infra-estrutura do país. A malha rodoviária insuficiente foi citada por 68% dos entrevistados.” (O Globo, 17/7/2011.)

* Ministério dos Transportes desperdiça R$ 47,8 bilhões em nove anos

“Não bastassem as denúncias de corrupção que há duas semanas assombram o Ministério dos Transportes, uma análise de seu orçamento revela incapacidade na gestão dos recursos destinados a investimentos. Levantamento da ONG Contas Abertas no Orçamento da União – a que o Estado teve acesso – mostra que a pasta deixou de usar, desde 2002, cerca de R$ 47,8 bilhões destinados a investimentos no setor. O cálculo – que foi ajustado pela inflação e exclui os gastos de custeio – revela que o ministério conseguiu gastar só 57% do valor previsto. Na primeira metade deste ano, por exemplo, o ministério investiu pouco mais de um terço (35%) do orçamento.” (Estadão, 17/7/2011, já incluída correção de número publicada em 19/7/2011).

* Manter o PR no Ministério dos Transportes “é demonstração de fraqueza”

“Se a presidente Dilma estivesse mesmo disposta a fazer o que seria uma ‘limpeza’ do setor, teria de fazer uma ação vigorosa, nomeando um interventor com plenos poderes para acabar com a influência do Partido da República. Só começando tudo de novo haveria condições de sanear esse setor de transportes que, há oito anos nas mãos do PR, se transformou em um antro de ladroagem e incompetência. (…) Anunciar que quer fazer uma limpeza no setor e, ao contrário, deixar que o mesmo partido continue à frente do ministério é demonstração de fraqueza.” (Merval Pereira, O Globo, 19/7/2011.)

* Fissuras no discurso oficial sobre austeridade e sobre a corrupção. Ou: afinal, qual Dilma assumiu o Planalto?

“Semanas movimentadas, estas do governo Dilma Rousseff. Na política, transcorre um enfrentamento decisivo entre o Palácio e o próprio modelo fisiológico de montagem do ministério. (…) Se os Transportes serão desratizados para valer, não se sabe. Mas disso depende a credibilidade do Palácio no enfrentamento da corrupção daqui para a frente. Mal enveredou o caminho dessa encruzilhada na política, o governo se defronta, na economia, com outra ambiguidade: vale o discurso de austeridade adotado por Dilma Rousseff desde a campanha eleitoral ou a verdadeira postura oficial do Planalto está definida pelo aviso de que serão vetados dispositivos de limitação de gastos incluídos na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012, por iniciativa da oposição? (…) Qual Dilma assumiu o Planalto, a de 2005 ou a da campanha de 2010?” (Editorial, O Globo, 15/7/2011.)

Aparelhamento político da máquina – e outras más notícias da semana além do escândalo nos Tranportes

* O governo cria brechas para o aparelhamento político nos Correios

“Uma mudança cirúrgica no estatuto dos Correios, feita em maio deste ano, permite ao Partido dos Trabalhadores aparelhar os principais cargos de direção, chefia e gerência da estatal. “Dono” dos Correios no governo da presidente Dilma Rousseff, após uma longa hegemonia do PMDB na era Lula, o partido poderá agora levar funcionários de carreira de outros órgãos do governo para assumir vagas de presidentes de comissões de licitação, diretores regionais, superintendentes executivos, diretores regionais, chefes de departamento, coordenadores de negócios e de operações, entre outros cargos.

“Até então, essas funções só podiam ser ocupadas por servidores concursados da estatal. A partir de agora, o governo está livre para tirar os funcionários de carreira e trocá-los por apadrinhados políticos. A manobra está no Decreto 7.483, assinado no dia 16 de maio pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Miriam Belchior (Planejamento). A decisão, que não precisou passar pelo crivo do Congresso, criou dois artigos que não existiam antes, os de número 43 e 44.” (Estadão, 17/7/2011.)

* As boas idéias para conter os gastos que Dilma deverá vetar

“Três boas idéias foram incluídas nas regras que terão que ser obedecidas pelo governo para elaborar o Orçamento do ano que vem. As três correm o risco de ser vetadas pela presidente Dilma. Por elas, o governo tem que reduzir o déficit público; registrar toda a emissão de título do Tesouro na lei orçamentária; e limitar o aumento do gasto de custeio à elevação do investimento.” (Miriam Leitão, O Globo, 15/7/2011.)

* O governo acionou uma “bomba-relógio fiscal”

“O forte aumento de gastos públicos previsto para 2012 vai obrigar a equipe econômica a fazer um superávit primário (aquele antes do pagamento dos juros da dívida) menor. Os técnicos do governo já comunicaram ao Congresso Nacional que estão planejando abater até R$ 25 bilhões da meta do ano que vem – de 3,1% por centro do Produto Interno Bruto (PIB) – por conta de despesas como o reajuste do salário mínimo e do funcionalismo. Se em 2011 o quadro fiscal é aparentemente tranqüilo, com um superávit primário de 3,29% do PIB acumulado em 12 meses até maio (acima da meta de 2,9% fixada para o ano inteiro), o que se mostra para o ano que vem é uma verdadeira bomba-relógio, com despesas adicionais de pelo menos R$ 50 bilhões. (O Globo, 16/7/2011.)

* Agências e órgãos públicos viraram carimbadores da impunidade

“Entre 2008 e 2010, os órgãos públicos multaram 734,8 mil empresas, no montante de R$ 24 bilhões, mas apenas R$ 1,1 bilhão, ou 4,67% do total, foi recolhido aos cofres da União, segundo reportagem do JT (1B, 12/7), com base em dados do Tribunal de Contas da União (TCU). As empresas contestam na Justiça as multas de valor mais elevado – e passam-se anos antes de uma solução. (…) O calote generalizado se deve, em primeiro lugar, às deficiências das agências. Como notou o advogado Josué Rios, ‘o total arrecadado, sob a perspectiva da proteção do consumidor, é muito frustrante. Os dados atestam que, em vez de fazer a defesa do consumidor, as agências são carimbadoras da impunidade’. E critica: ‘A multa é um instrumento falido para a proteção imediata do consumidor’.” (Editorial, Estadão, 16/6/2011.)

* Investimento do governo em infra-estrutura é mínimo

“O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não foi suficiente para mudar o patamar dos investimentos em infra-estrutura no país. Um estudo do economista Cláudio Frischgtak, da InterB Consultoria, mostra que a média dos aportes no setor de 2008 a 2010 foi de 2,62% do Produto Interno Bruto (PIB), pouco superior aos 2,32% apurados ao longo de toda a década passada. Em 2010, auge do PAC, o país investiu apenas 2,53% do PIB em áreas como rodovias, energia, aeroportos e portos, o equivalente a R$ 93 bilhões.” (O Globo, 19/7/2011.)

* O governo insiste no trem-bala, e assumirá custo extra

“O governo federal vai subsidiar o trem-bala, caso o custo da futura concessionária, responsável pelas obras de infra-estrutura, supere o preço pago pela operadora do negócio. ‘A União é fiadora dessa equação e vai assumir o risco’, afirmou Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que conduz o negócio do trem de alta velocidade que ligará Rio, São Paulo e Campinas.” (Estadão, 19/7/2011.)

* Arrecadação de impostos bate novo recorde

“A arrecadação de impostos e contribuições federais bateu mais um recorde em junho. (…) O valor arrecadado pela Receita Federal no mês passado atingiu R$ 82,72 bilhões, uma alta de 23,07% acima da inflação na comparação com o mesmo período do ano passado.” (Estadão, 20/7/2011.)

* Perigo à vista: servidores pressionam governo a dar aumentos com impacto de R$ 40 bi

“Em plenos trabalhos de elaboração da proposta do Orçamento de 2012, o governo federal vem sendo pressionado pelos servidores públicos a conceder reajustes e reestruturações de carreiras cujos impactos nas contas públicas, somados, chegam a R$ 40 bilhões só no ano que vem. O governo vai resistir. “Não tem R$ 40 bilhões para os servidores”, disse ao Estado o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva. Ele observou que todas as melhorias salariais negociadas nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva somaram R$ 38 bilhões. Embora ainda não saiba se haverá recursos para reajustes no ano que vem, ele já vem negociando com os sindicatos. A expectativa dos servidores é que em 2012 a política de pessoal não seja tão rigorosa quanto a deste ano, que limitou a R$ 850 milhões o aumento com a folha.” (Estadão, 21/7/2011.)

* “A política do governo está destruindo o valor da Petrobrás”

“Causa preocupação a política do governo que está destruindo o valor da Petrobrás. Só em 2011, a empresa perdeu R$ 55 bilhões do seu valor de mercado.” (Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, no Globo, 17/7/2011.)

* Dizem que só louco rasga dinheiro. Então é o BNDESPar é louco

“Contestadas por especialistas, seis das maiores operações realizadas nos últimos anos pela BNDESPar, braço de participações do banco, dão pistas de que podem não ter sido exatamente um bom negócio. São operações que envolvem desde a polêmica capitalização da Petrobrás, passando pela internacionalização de frigoríficos brasileiros, até a compra de ações de empresa do bilionário Eike Batista, um dos homens mais ricos do mundo. Levantamento do Globo mostra que as operações acumulam uma ‘perda’ de R$ 3,04 bilhões em valor de mercado, considerando o montante injetado pelo banco para comprar participação societária nessas companhias a partir de 2007 em comparação ao valor atual das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. (…) Além das ‘perdas’ bilionárias, a carteira da BNDESPar retrata erros na política de fomento do banco ao longo de décadas. Das 148 empresas que compõem a carteira de participação societária da BNDESPar, 11 delas estão fechadas ou faliram.” (O Globo, 17/7/2011.)

* Um cenário de desfaçatez, uma maré estatizante

“O Brasil perde o seu rumo, num mundo agressivo e cada vez mais interdependente, assombrado pela ética totalitária petista, aliada, na síndrome lulista do “herói sem nenhum caráter”, a desprezíveis formas de populismo irresponsável, que elevou como ideal o princípio macunaímico de levar vantagem em tudo, num sórdido cenário de desfaçatez e incultura. Tudo presidido pela maré estatizante que se apropria da riqueza da Nação para favorecer a nova casta sindical e burocrática que emerge ameaçadora, excludente e voraz.” (Ricardo Vélez Rodriguez, da UFJF, no Estadão, 19/7/2011.)

* No semestre inteiro, os deputados só votaram o que Dilma queria

“Os homens do presidente Lula literalmente compraram a subordinação dos legisladores a seu talante: foi o mensalão. Mas nem assim seu governo conseguiu domar de forma tão completa a Câmara dos Deputados como o da presidente Dilma. Pela primeira vez na sua história, no regime democrático, os seus 513 integrantes não tiveram no período legislativo que terminou na última quinta-feira um único dia de votação livre de imposições do Executivo. Valendo-se com inusitada desenvoltura do amplo repertório de expedientes ao seu alcance, como a edição de MPs e o envio de projetos com o carimbo de urgência, o governo manteve sempre trancada a pauta de deliberações da Casa. Os deputados só votaram as matérias que Dilma queria – e não votaram nada que ela não quisesse.” (Editorial, Estadão, 19/7/2011.)

* Ministério do Turismo tem convênio com demitido do governo Arruda

“Uma ONG do empresário César Gonçalves já fez três contratos de R$ 52,2 milhões no total com o Ministério do Turismo, apesar de ele ter sido afastado da Brasiliatur, estatal de turismo do DF, por denúncias de malversação de verbas no governo Arruda, há três anos. Os convênios foram assinados nos governos Lula e Dilma.” (O Globo, 21/7/2011.)

 A compra das entidades estudantis e sindicais e a ausência de protestos contra a corrupção

 * A UNE financiada pelo governo e as pataquadas do ministro da Deseducação

“Ainda pouco à vontade no papel de político pré-candidato, o ministro Fernando Haddad foi ao congresso da UNE para dizer que o estudante filiado à entidade ‘não se vende por dinheiro nenhum’ (sic). Haddad, um dos supostos aspirantes à prefeitura de São Paulo, quis rechaçar a constatação de que a UNE virou uma organização chapa-branca. Nos jornais de ontem, saiu foto de Haddad à frente de uma faixa com os patrocinadores do congresso: Petrobrás, vários ministérios, entre eles o dos Transportes, símbolo da corrupção brasiliense, Caixa Econômica e Eletrobrás. Inevitável o lugar comum: há fotos que informam mais que mil palavras.” (Opinião, O Globo, 16/6/2011.)

* Entidades estudantis e sindicais: verbas e apatias crescentes

“A apatia dos movimentos sociais, de trabalhadores e estudantes, em relação à corrupção coincide com um aumento substancial dos repasses de recursos federais para entidades que representam esses segmentos. Em 2010, somados, os recursos transferidos às centrais sindicais por meio do imposto sindical e os repasses do Orçamento federal para entidades que executam programas de qualificação chegaram a R$ 264 milhões. Desde 2008, com a vigência da lei que incluiu as centrais no rateio do bolo da contribuição sindical – iniciativa do governo Lula –, essas entidades já abocanharam R$ 246 milhões em recursos. Só no ano passado foram R$ 102 milhões, sem necessidade de prestar contas do uso do dinheiro.” (O Globo, 17/7/2011.)

* O governo paga caro, com nosso dinheiro, pelo silêncio diante dos absurdos

“O fenômeno da inapetência política diante de assaltos aos cofres abastecidos com pesados impostos pelo contribuinte tem múltiplas raízes. A mais profunda deriva da bem sucedida execução de um projeto de cooptação – com dinheiro público, claro – dos sindicatos, organizações da sociedade civil, com a União Nacional dos Estudantes (UNE), e movimentos ditos sociais. Todos convertidos em correias de transmissão do lulo-petismo. (…) Outro aspecto a ser considerado é que, com Lula, a partir de 2003, passou a ser aplicado um projeto de poder, não de governo. Em nome dele, tudo é válido – mensalões, aloprados, getulização do Estado, doação do Ministério dos Transportes ao PRE e a Valdemar Costa Neto. O silêncio literalmente vale ouro.” (Editorial, O Globo, 20/7/2011.)

22 de julho de 2001

Outros apanhados de provas da incompetência de Dilma e do governo:

Volume 1 – Notícias de 20 a 27/4

Volume 2 – Notícias de 28/4 a 4/5

Volume 3 – Notícias de 4 a 6/5

Volume 4 – Notícias de 7 a 10/5

Volume 5 – Notícias de 10 a 17/5

Volume 6 – Notícias de 17 a 21/5

Volume 7 – Notícias de 22 a 27/5

Volume 8 – Notícias de 28/5 a 2/6

Volume 9 – Notícias de 3 a 10/6

Volume 10 – Notícias de 11 a 17/6

Volume 11 – Notícias de 18 a 23/6

Volume 12 – Notícias de 24/6 a 8/7 

Volume 13 – Notícias de 15 a 21/7