Ainda bem que a imprensa existe – para desgosto de Lula, do lulo-petismo, dos “blogueiros progressistas” que mamam nas tetas do governo, e para o bem do País. E ainda bem que este é um governo fraco. Este é um governo que, diante de um grito, volta atrás. É um governo-inseto: diante de uma chinelada, recua.
Isso é ruim, é claro: não é bom para o País ter um governo que, para usar as expressões de um editorial do Estadão, trabalha por ensaio e erro, em zigue-zague, como uma sanfona. Mas tem suas vantagens: diante da saraivada de críticas à anunciada intenção do governo de colocar R$ 4 bilhões do dinheiro público (ou seja, que saiu do meu, do seu, do nosso bolso) para garantir a fusão de duas redes varejistas, o governo fez o que tem feito diversas vezes: recuou. Mudou o tom.
A ameaça de presentear o empresário Abílio Diniz com essa fortuna ainda não foi afastada – mas o governo já mudou o tom. Passou a admitir que a dinheirama só vai para o negócio se houver acordo entre as partes – e acordo entre Abílio Diniz e o grupo francês Casino é algo que parece mais improvável que um Delúbio Soares honesto.
O governo Dilma Rousseff é assim: até agora, a melhor coisa que ele apresentou é o fato de ser fraco, e recuar.
Mas talvez Dilma ainda nos surpreenda. Quem sabe? A vida, assim como o futebol, é uma caixinha de surpresas. Quem sabe Dilma, ao contrário de seu braço-direito Erenice Guerra, e de tantos petistas e adesistas ao lulo-petismo, é uma servidora pública bem intencionada, séria, honesta, talvez até competente, como insinua a manchete do Globo da quinta-feira, 7 de julho – “Dilma desmonta esquema de corrupção da época de Lula”?
Ué – oxalá!
Tomara que o futuro, os próximos três anos e meio nos reservem essa maravilhosa surpresa.
Como esta série de amontoados de notícias e análises que tenho feito a respeito do governo Dilma Rousseff, e que chega agora à 12ª edição, utiliza fatos do passado, o que temos a seguir é mais uma série de comprovações de incompetência.
Mas sou brasileiro, e portanto minha profissão é a esperança. Espero que Dilma Rousseff nos surpreenda a todos (menos ao autor da manchete do Globo, que já conta com isso), e desmonte os esquemas de corrupção da época de Lula, e demonstre que toda a incompetência até aqui era só para enganar os trouxas.
* Ministério dos Transportes cobra 4% de propina das empresas
…. “Nas últimas semanas, Veja conversou com parlamentares, assessores presidenciais, policiais e empresários, consultores e empreiteiros. Ouviu deles a confirmação da existência de uma gestão paralela nada republicana em Brasília. A engrenagem é azeitada pelo PR, o Partido da República, que dás as cartas no Ministério dos Transportes. Por seus mecanismos e fins, o esquema do PR parece um clone do grande escândalo do governo Lula, o mensalão. No relato das pessoas ouvidas por Veja, o PR cobra propina de seus fornecedores em troca de sucesso em licitações, dá garantia de superfaturamento de preços e fecha os olhos aos aditivos. (…) Os empreiteiros pagam um ‘pedágio político’ de 4% sobre o valor das faturas recebidas.” (Veja, edição de 6/7/2011, que circulou a partir de 2/7/2011.)
Segunda-feira, 4/7:
Estadão: “Escândalo pode derrubar ministro dos Transportes”.
O Globo: “Crise no Dnit ameaça ministro dos Transportes”.
Terça-feira, 5/7:
Estadão: “Ministro fica, mas Dilma usa crise para trocar equipe de Lula”.
O Globo: “Dilma apóia ministro mas dá prazo para sanear transportes”.
Quarta-feira, 6/7:
Estadão: “Após denúncias, Dilma manda Transportes suspender licitações”.
E O Globo: “Capital de empresa de filho do ministro cresce 86.500%”.
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Como é que é mesmo?
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* O enriquecimento de Palocci é fichinha, gentinha boa, perto do filho do cara que Lula botou no Ministério dos Transportes
“O Ministério Público Federal do Amazonas investiga suposto (comentáro meu: suposto é ótimo!) enriquecimento ilícito de Gustavo Morais Pereira, de 27 anos, filho do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Criada em 2005 com capital de R$ 60 mil, uma das empresas de Pereira tem agora patrimônio de R$ 52 milhões – crescimento de 86.500%. As investigações incluem a ligação entre Pereira e a SC Carvalho Transportes e Construções, que recebeu verba do ministério de Nascimento. O caso pode complicar a situação do ministro, diante de denúncias de corrupção no ministério. Pressionado, Nascimento suspendeu por 30 dias licitações no Dnit e na Valec.” (O Globo, 6/7/2011.)
“Palocci, quem diria?, teria muito a aprender com o filho do ex-ministro Alfredo Nascimento. Como se sabe, o ex-chefe da Casa Civil, que tem meio século de vida, multiplicou sua fortuna por 20 em quatro anos. Já o jovem Gustavo Morais Pereira, de 27, em apenas três, fez a dele crescer… 870 vezes. Com todo respeito.” (Ancelmo Gois, O Globo, 7/7/2011.)
* Roubalheira institucionalizada: quase metade dos contratos do Dnit foi alterada para valores inflados
“A elevação de preços de obras do Ministério dos Transportes, ingrediente da crise que derrubou o ministro Alfredo Nascimento, se revela em relatório do Tribunal de Contas da União, que apontou que quatro em cada dez contratos do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) têm os valores inflados. Os termos aditivos, de acordo com acórdão do TCU aprovado em 2010, são figuras ‘institucionalizadas’ na estrutura do órgão, marcado por denúncias de corrupção e uso político. Somente ontem, o tribunal emitiu cinco decisões para corrigir supostas irregularidades em obras do Dnit. Os auditores analisaram 926 contratos vigentes ao fim de 2009 e 43% deles sofreram aditivos de valor e 39% tiveram alterações para aumentar o prazo de entrega das obras.” (O Globo, 7/7/2011.)
* Roubalheira em obras da Ferrovia Norte-Sul. Prejuízo: R$ 71 milhões
“A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam, por meio de uma ação de improbidade, superfaturamento de R$ 48 milhões no trecho de 105 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul que liga Santa Isabel a Uruaçu, em Goiás, de responsabilidade da Valec, estatal vinculada ao Ministério dos Transportes. O prejuízo aos cofres públicos, segundo o Ministério Público, passa de R$ 71 milhões em valores atualizados.” (Estadão, 5/7/2011.)
* Esse tipo de governo abre as portas para a roubalheira (1)
“O perigo desse sistema de coalização política que nós temos é que os ministérios acabam se transformando em feudos partidários, e a partir daí os políticos filiados a esses partidos recebem favores, oferecem favores para que outros engrossem as fileiras partidárias com a certeza de receber os mesmos favores, e montam esquema de negociações com as empresas privadas que dependem das obras do ministério. (Merval Pereira, O Globo, 7/7/2011.)
* Esse tipo de governo abre as portas para a roubalheira (2)
“Afinal, este modelo de lotear gabinetes na máquina pública próximos a cofres em troca de apoio parlamentar ou político em geral vem de longe, e foi ele que ajudou a eleger a própria presidente.” (Editorial, O Globo, 7/7/7/2011.)
* Esse tipo de governo abre as portas para a roubalheira (3)
“Reportagem da revista IstoÉ, que foi às bancas antecipadamente ontem, revela que o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, negociava a liberação de verbas públicas para cooptar deputados para o Partido Republicano (PR). A matéria reproduz o vídeo de um encontro do ministro com o deputado Davi Alves da Silva Júnior, na época filiado ao PDT do Maranhão. (…) ‘Rapaz, tu não está nem no partido e já tá conseguindo arrancar as coisas daqui, imagina quando estiver no partido’, diz Nascimento no vídeo. (…)”
Com Nascimento no Ministério, o PR quase dobrou o número de deputados federais. “Passou de 23 para 41 parlamentares na Câmara. É hoje a sexta maior bancada e também uma das mais controversas, composta por nomes polêmicos e, muitos deles, envolvidos em escândalos políticos e administrativos.” (O Globo, 7/7/2011.)
* O governo periga usar R$ 4 bi do nosso dinheiro para ajudar o pobre Abílio Diniz
“O Grupo Pão de Açúcar, do empresário Abílio Diniz, e o francês Carrefour anunciaram ontem uma fusão que cria uma gigante de R$ 65 milhões de faturamento. (…) O Novo Pão de Açúcar terá como sócios o BTG, do banqueiro André Esteves, e receberá R$ 4 bilhões do BNDES.” (O Globo, 29/6/2011.)
“A idéia é ruim, mas o pior é a justificativa: a de que se o Pão de Açúcar se juntar ao Carrefour, o BNDES deve dar a maior parte do dinheiro – 2 bilhões de euros – porque isso vai internacionalizar grupo brasileiro e abrir mercado para os nossos produtos. Balela. Essa idéia é ruim para o consumidor, para o contribuinte e para a economia do Brasil. O que é desanimador no Brasil é a dependência que até os novos capitalistas têm do Estado. Eles não dão nenhum passo sem que o governo vá junto, não apenas financiando, mas virando sócio. Um capitalismo sem riscos, ou de lucros privados e prejuízos públicos.” (Míriam Leitão, O Globo, 29/6/2011.)
* O governo se mete em aventura perigosa, injustificável, mais um exemplo de política industrial sem critério
“Mais uma vez o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está pronto para se meter numa aventura perigosa, injustificável sob todos os pontos de vista e claramente estranha – para não dizer contrária – ao interesse público. A instituição poderá aplicar uma soma equivalente a até 2 bilhões de euros no projeto de fusão dos Grupos Pão de Açúcar e Carrefour. (…) A fusão, segundo a nota do BNDES, abrirá caminho para maior inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional. A justificativa é tão frágil e tão ou mais absurda do que as alegações apresentadas para seu envolvimento nas incursões internacionais do Frigorífico JBS e no socorro a outros grandes grupos brasileiros.” (Editorial, Estadão, 29/6/2011.)
“Eis o segredo do sucesso à brasileira: é só buscar uma oportunidade de fusão com algum competidor, ao mesmo tempo convencendo atores ligados direta ou indiretamente ao governo a injetar capital na operação. E tudo sob o argumento de que é preciso criar ‘campeões nacionais’. Assim foi com a VCP-Aracruz, Oi-Brasil Telecom, Bertin-Friboi, Sadia-Perdigão e, agora, a fórmula se repete com a possível fusão entre a CDB (Pão de Açúcar) e as operações locais do Carrefour. Concentração de mercado irrigada por recursos do BNDES. Mais um exemplo, contudo, de política industrial sem critério.” (Sérgio Lazzarini, economista, Estadão, 29/6/2011.)
“O que tem a ver um banco estatal de fomento, numa país como o Brasil, com fusão de redes varejistas? Nada. (…) Não faz sentido gastar dinheiro subsidiado pelo contribuinte – mesmo que não fosse – para facilitar uma fusão que deve ser resolvida entre empresas privadas, da forma usual. (…) Mais uma vez, a ideologia que move o projeto do ‘Brasil Grande’, outra herança dos militares, pode desperdiçar volumosos recursos no plano obsessivo de criação de grandes empresas, enquanto as reais necessidades de investimentos públicos são deixadas de lado.” (Editorial, O Globo, 30/6/2011.)
* Aleluia: governo e BNDES recuam na decisão sobre o Pão de Açúcar
“BNDES admite deixar fusão no varejo. Pressionado, banco diz que só discutirá injeção de até R$ 4,5 no negócio entre Pão de Açúcar e Carrefour se sócios se entenderem.”
“O BNDES ameaça abandonar a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour se não houver acordo entre Abílio Diniz e seu sócio, o grupo francês Casino. É uma estratégia de saída do banco estatal, que vem sendo criticado por ter se comprometido a analisar um aporte de até R$ 4,5 bilhões na fusão. Ontem e anteontem, o BNDES divulgou duas notas à imprensa dizendo que o aporte ao projeto se baseia na premissa do ‘entendimento amigável entre os atores privados’.” (Estadão, 2/7/2011.)
“A presidente Dilma Rousseff e seus assessores parecem haver percebido mais claramente o perigo de se envolver numa transação desse tipo – sujeita à disputa judicial e à contestação pelos órgãos de defesa da concorrência. Está em jogo muito mais que os R$ 3,9 bilhões da possível participação do BNDES nessa operação. Um erro de avaliação poderá lançar o governo em sérias dificuldades legais e impor um alto custo político à presidente. (…) Falta saber se o governo decidiu fazer apenas um recuo tático, diante da péssima repercussão do negócio, ou se passará de fato a avaliar com mais cuidado o seu envolvimento na fusão dos dois gigantes do varejo.” (Editorial, Estadão, 2/7/2011.)
* O capitalismo de Estado do PT: o dinheiro de todos nós para as grandes empresas amigas
“Mais de 70% dos desembolsos subsidiados do BNDES têm como destino justamente as grandes empresas. Desde 2006 os desembolsos cresceram 34% ao ano. Em 2010 foram quase R$ 170 milhões. Uma bolsa-empresário e tanto! (…) Os três principais bancos estatais fecharam 2010 com ativos na casa dos R$ 1,7 trilhão, montante similar ao dos três maiores bancos privados. O governo é o maior banqueiro do país! (…) O nosso ‘capitalismo de Estado’ tem servido para concentrar renda e beneficiar grandes empresários próximos ao poder, além de canalizar recursos com viés ideológico.” (Rodrigo Constantino, economista, O Globo, 28/6/2011.)
* Dilma cede mais uma vez, volta atrás mais uma vez, recua mais uma vez
“Presidente deixa discurso da austeridade fiscal de lado e prorroga emendas para conter a base. A determinação da presidente Dilma Rouseff de não prorrogar o prazo para pagamento de emendas de parlamentares de 2009, no valor de R$ 4,6 bilhões, anunciado na terça-feira, durou pouco mais de 24 horas. O discurso do rigor fiscal, para combater a inflação, perdeu força ao longo do dia de ontem, com a crescente ameaça de sua base aliada, e à noite ela decidiu prorrogar por mais três meses o prazo do decreto que disciplina o pagamento dessas emendas, que estão nos chamados restos a pagar de 2009.” (O Globo, 30/6/2011.)
* “A presidente governa por ensaio e erro”
“O episódio dos restos a pagar é, por baixo, o terceiro tropeção do governo em assuntos relevantes, depois da votação do Código Florestal e do zigue-zague de Dilma no caso do sigilo eterno (ou limitado a 50 anos) dos papéis oficiais considerados ultra-secretos. A repetição não deixa dúvida: a presidente governa por ensaio e erro, e o seu governo é a coisa mais parecida que existe em Brasília com uma sanfona. Não adianta culpar por isso o disfuncional sistema político. Dilma é que tarda a assumir sua responsabilidade primária: encarnar a Presidência. (Editorial, Estadão, 3/7/2011.)
* Seis meses, e nada do que Dilma prometeu começou a sair do papel
“Em seis meses de governo, os principais compromissos de campanha da presidente Dilma Rousseff para a economia, como a reforma tributária e a redução de impostos que pesam na folha de pagamento das empresas, ficaram só no papel. Além de brigas com aliados e crise política, as heranças da Era Lula, entre elas a inflação alta e o aumento dos gastos públicos, acabaram emperrando a agenda econômica de Dilma. O balanço das 14 medidas provisórias do governo no ano mostra que nenhuma tem relação com suas promessas de campanha para a economia.” (O Globo, 3/7/2011.)
* Empresa de senador governista leva R$ 57 milhões da Petrobrás sem licitação
“Uma empresa do senador e ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB-CE), a Manchester Serviços Ltda., assinou sem licitação contratos que somam R$ 57 milhões com a Petrobrás para atuar na Bacia de Campos, região de exploração do pré-sal no Rio de Janeiro. Documentos da estatal mostram que foram feitos, entre fevereiro de 2010 e junho de 2011, oito contratos consecutivos com a Manchester. Os prazos de cada um dos contratos são curtos, de dois a três meses de duração, e tudo por meio de “dispensa de licitação”, ou seja, sem necessidade de concorrência pública. Eleito senador em outubro, Eunício é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa.” (Estadão, 3/7/2011.)
* O governo inventa uma mágica para esconder o tamanho do rombo da Previdência
“O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, propõe uma solução simples e quase mágica para cortar pela metade o déficit previdenciário: mudar a forma de contabilizar receitas e despesas, transferindo certos custos a outras áreas do governo. Com essa alteração, o déficit acumulado de janeiro a maio diminuiria de R$ 17,84 bilhões para R$ 8,91 bilhões. Bastaria lançar nas contas da Fazenda e de outros Ministérios o peso dos benefícios fiscais concedidos, por exemplo, a entidades filantrópicas e a empresas inscritas no regime tributário do Simples Nacional. A solução parece boa, exceto por três detalhes: 1) mesmo com a redistribuição dos custos, o déficit nas contas do Ministério da Previdência ainda será muito grande; 2) para o conjunto do governo, o benefício produzido pela mudança será nulo, porque o buraco total será o mesmo; 3) as despesas (ou renúncias) poderão ser reclassificadas, mas o problema de financiar os benefícios previdenciários permanecerá.” (Editorial, Estadão, 5/7/2011.)
* Ministério da Pesca não serve para nada, mas gasta um dinheiro (nosso) danado
“Usado como moeda política, o Ministério da Pesca mostra que a proliferação de pastas nanicas vai na contramão da austeridade: tem 918 funcionários e 37 órgãos, além de pagar aluguel de R$ 600 mil em Brasília.”
“Os números da balança comercial do setor só pioraram nos últimos anos. O déficit (do setor de pescado) de US$ 519 milhões no ano de 2009 pulou para US$ 757,3 milhões em 2010.” (O Globo, 26/6/2011.)
* O governo petista não pára de inchar a máquina. Só na área da Presidência, criaram 3.081 empregos pra cumpanherada!
“Os gastos com pessoal e com a terceirização de mão de obra cresceram substancialmente nos últimos anos. Entre 2003 e 2011, o quadro de pessoal da Presidência cresceu 82%, passando de 3.744 a 6.825.” (O Globo, 26/6/2011.)
* O governo desrespeita acordo com MP e amplia gastos com terceirizados
“Em desobediência ao Termo de Conciliação Judicial firmado com o Ministério Público do Trabalho em 2007, o governo federal voltou a contratar secretárias e supervisores administrativos, entre outras funções, por intermédio de empresas de terceirização. Os gastos com a contratação de funcionários terceirizados, que haviam diminuído após a assinatura do acordo, voltaram a crescer. Nos primeiros cinco meses de 2011, as despesas somaram R$ 1,33 bilhão, 21% a mais que R$ 1,1 bilhão no mesmo período de 2010. Levantamento do Globo revelou que há funcionários terceirizados em pelo menos 52 órgãos federais, vinculados a 23 ministérios e à Presidência da República. Até a Controladoria-Geral da União, que deveria fiscalizar os demais órgãos, está em situação irregular.” (O Globo, 24/6/2011.)
* Os aeroportos são aquilo que sabemos, mas a tarifa de embarque é a maior das Américas
“Apesar dos serviços precários dos aeroportos do país, o brasileiro que viaja para o exterior paga a maior tarifa de embarque internacional entre oito dos principais terminais aeroportuários das Américas, segundo levantamento feito pelo Globo. O passageiro que deixa o Brasil pelo Galeão (RJ) ou por Guarulhos (SP) desembolsa R$ 67 pelo embarque, ou cerca de US$ 42. O valor é mais que o dobro do cobrado no Aeroporto internacional de Tocumen, no Panamá, (US$ 20) (…) e do que o praticado no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York” (US$ 20.80). (O Globo, 26/6/2011.)
* O MEC não está nem aí para o dinheiro que jogou no lixo
“Um ano e oito meses depois do vazamento de provas que levou ao adiamento do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) em 2009, o Ministério da Educação ainda não conseguiu recuperar o dinheiro adiantado ao consórcio inicialmente responsável pela impressão, distribuição e aplicação do teste. Tampouco acionou a Justiça.” (O Globo, 30/6/2011.)
* Déficit externo dobra e bate recorde
“O déficit na conta corrente do balanço de pagamentos atingiu US$ 4,1 bilhões no mês passado, o maior valor para meses de maio desde 1947 e o dobro do registrado em maio de 2010. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o resultado negativo somou US$ 22,2 bilhões, cifra também inédita para o período.” (Estadão, 28/6/2011.)
* O governo paga R$ 14,4 milhões por internação de pacientes mortos
“Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que o governo gastou R$ 14,4 milhões para custear internações e procedimentos de alta complexidade em pacientes do Sistema Único de Saúde que já estavam mortos. Foram 9 mil casos de pagamentos indevidos entre junho de 2007 e abril de 2010. A estratégia teria sido adotada pelos hospitais para driblar o limite de reembolso mensal fixado pelo governo.” (Estadão, 5/7/2011.)
* O governo faz despencar o valor da Petrobrás
“A conta é do consultor Adriano Pires. De janeiro a junho, a Petrobrás perdeu R$ 1,5 bi na gasolina e R$ 2,2 bi no diesel por ser obrigada pelo governo a vender os derivados abaixo do preço no mercado internacional. O rombo no caixa, diz Pires, explica o fato de as ações da estatal estarem abaixo do valor patrimonial da empresa. (Ancelmo Gois, O Globo, 7/7/2011.)
8 de julho de 2001
Outros apanhados de provas da incompetência de Dilma e do governo:
Volume 1 – Notícias de 20 a 27/4
Volume 2 – Notícias de 28/4 a 4/5
Volume 3 – Notícias de 4 a 6/5
Volume 4 – Notícias de 7 a 10/5
Volume 5 – Notícias de 10 a 17/5
Volume 6 – Notícias de 17 a 21/5
Volume 7 – Notícias de 22 a 27/5
Volume 8 – Notícias de 28/5 a 2/6
Volume 9 – Notícias de 3 a 10/6
Volume 10 – Notícias de 11 a 17/6
Volume 11 – Notícias de 18 a 23/6
11 Comentários para “Más notícias do país de Dilma (12)”