“Cada dia que o sr. Guilherme Derrite continuar à frente da Secretaria da Segurança Pública sinalizará à sociedade que, para o atual governo de São Paulo, vale tudo em nome de um suposto combate ao crime, até mesmo jogar um suspeito de uma ponte durante uma abordagem policial de rotina, matar uma criança de 4 anos durante uma suposta troca de tiros com criminosos, desferir um tiro fatal à queima-roupa em um estudante que deu um tapa no retrovisor de uma viatura ou executar outro suspeito com 11 tiros nas costas porque ele teria furtado pacotes de material de limpeza em um supermercado.” Continue lendo ““Brutalidade como política de segurança””
Um dos mais belos espetáculos que já vi na vida
A encenação de María de Buenos Aires concebida e dirigida por Kiko Goifman, com oito apresentações no Theatro Municipal de São Paulo em novembro de 2024, é extraordinária, espetacular, maravilhosa, impressionante, emocionante. É um dos espetáculos mais belos que já vi na vida – e, diacho, já vi bastante coisa. Continue lendo “Um dos mais belos espetáculos que já vi na vida”
Bravo, PF!
Com o indiciamento do ex Jair Bolsonaro e de outros 36 acusados, 25 deles militares (da ativa e da reserva), a Polícia Federal encerrou o inquérito principal sobre a tentativa de golpe de Estado planejada para impedir a posse de Lula em 2023. Mas a trama, que envolvia até o assassinato do presidente eleito, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes, ainda deverá ter novos capítulos. Falta concluir a Operação Contragolpe, que prendeu preventivamente cinco envolvidos na última semana, e as investigações da Abin paralela, cada vez mais conectadas ao golpe frustrado. Continue lendo “Bravo, PF!”
“Cabeça de extremista”
“Jair Messias Bolsonaro chega ao fim de sua trajetória pública como começou, ainda como um jovem oficial do Exército: acusado de atentados. Na década de 1980, foi condenado e ficou preso 15 dias por decisão unânime de um conselho militar, sob acusação de tentativa de explodir prédios militares e públicos. Quarenta anos depois, é indiciado pela Polícia Federal, por tentar explodir a democracia brasileira.” Continue lendo ““Cabeça de extremista””
“Toffoli premia a corrupção e pune o erário”
Reportagem da Folha mostrou que decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, a respeito de casos da Operação Lava Jato derrubaram ações em que o Ministério Público cobrava mais de R$ 17 bilhões de envolvidos. Continue lendo ““Toffoli premia a corrupção e pune o erário””
O roqueiro alegre
O cara sentado a uns dois metros de nós cantava junto com o som do bar – mas cantava aos berros, a plenos pulmões saudáveis de quem nunca fumou careta na vida, os pulmões saudáveis da minha filha que, quando começou a berrar naquele velho barco viking do PlayCenter, fez o camarada sentado atrás de mim ficar dizendo, seguidas vezes: – “Desliga ela, tio! Desliga ela!” Continue lendo “O roqueiro alegre”
Drill, baby, drill
A maior parte do mundo está apreensiva, a direita e seu braço extremo comemoram, a esquerda (radical ou nem tanto) e o que restou da social-democracia catam os cacos e ensaiam, ainda sem êxito, entender os motivos da derrota. Um roteiro nada incomum em eleições majoritárias não fosse Donald Trump o protagonista – um herói às avessas, cuja vitória joga no lixo valores civilizatórios cultivados há séculos com luta, suor e vidas. Continue lendo “Drill, baby, drill”
Sailing away to sea
“And high up above my eyes could clearly see / the Statue of Liberty / Sailing away to sea”.
Tradução perde demais, demais – mas é tipo “E lá do alto meus olhos podiam claramente ver a Estátua de Liberdade navegando embora pelo mar”.
Perigo à vista
Com a escolha dos prefeitos das 51 cidades que foram ao segundo turno, o Brasil encerra neste domingo o vigésimo ciclo eleitoral pós-ditadura (9 federais e 11 municipais) carregando vícios no sistema, que privilegia candidatos com pedigree e dinheiro, e no conteúdo – sem propostas, sem programas. Um risco para o qual os políticos têm de tomar tento. Continue lendo “Perigo à vista”
Ninguém dá bola para vereador
O Brasil chega às eleições municipais deste domingo reincidindo no erro de sempre: ninguém dá bola para vereadores. O eleitor não sabe em quem votar e depois que vota não se lembra em quem votou. O pouco caso com essa primeira etapa, a da vereança, produz parlamentos locais pífios, comprometendo a base da democracia representativa e, consequentemente, todo o sistema político. É como desejar obter PhD sem alfabetização. Continue lendo “Ninguém dá bola para vereador”
Cuidado: a IA pode errar
Não se deve confiar cegamente nos textos escritos por inteligência artificial. Podem apresentar viés, podem tomar partido em questões polêmicas e fazer afirmações categóricas em temas sobre os quais há dúvidas ou diferentes visões. Podem, pura e simplesmente, errar. Continue lendo “Cuidado: a IA pode errar”
Eu preferiria um segundo turno Boulos x Nunes
Me entristece demais, na verdade me apavora a possibilidade de um segundo turno para a Prefeitura de São Paulo entre Pablo Boçal e Guilherme Boulos – e, diabo, isso agora, neste momento, faltando poucas horas para o início da votação, parece que é algo plausível. Até mesmo provável. Continue lendo “Eu preferiria um segundo turno Boulos x Nunes”
O cordão dos toffolizados cada vez aumenta mais
“Um ano após anular as provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht, Dias Toffoli batiza uma corrida de delatores em busca dos mesmos benefícios processuais dados a Lula da Silva”, disse, em editorial, O Estado de S. Paulo, no dia 14/9. E cravou: “É o ‘Efeito Toffoli’, algo que, sem qualquer prejuízo semântico, também pode ser chamado de festim da impunidade”. Continue lendo “O cordão dos toffolizados cada vez aumenta mais”
“A impunidade ganha um nome”
José Antonio Dias Toffoli não teve a alegria de ver seu nome entre os aprovados em nenhum dos dois concursos de ingresso na magistratura do Estado de São Paulo a que se submeteu – mas fez por merecer um título muito mais difícil, o de ter seu nome transformado em nova palavra do idioma. Continue lendo ““A impunidade ganha um nome””
Não tinha outro jeito. Mas é uma tragédia
Diante da prepotência, da insolência, das seguidas agressões às instituições brasileiras pelo bilionário sul-africano ativista de extrema direita, não havia opção: a Justiça era obrigada a reagir. Continue lendo “Não tinha outro jeito. Mas é uma tragédia”