Quem perdeu Madeleine Peyroux no Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo tem a chance de vê-la em Bay Harbor, Michigan, daqui a duas semanas – mas é bom comprar ingresso logo, porque o Great Lake Center for the Arts tem capacidade para apenas 525 pessoas. Bem, em novembro ela canta no New Jersey Performing Arts Center – Complex, Newark, NJ, e logo em seguida em Richmond, Virginia. Continue lendo “Maravilhosa Madeleine Peyroux”
Homem com H maiúsculo
Algumas dezenas de milhares de pessoas deram um belíssimo presente a Ney Matogrosso, no Autódromo de Interlagos, no final de uma bela tarde de domingo de início de setembro. Trataram-no bem demais, com admiração, respeito, embevecimento – diferentemente, parece, do que havia feito o público da abertura do Rock in Rio número 1, em 1985. E esse grande artista, dos maiores da música brasileira, nosso melhor produto, demonstrou estar absolutamente feliz com o presente. Continue lendo “Homem com H maiúsculo”
Gordon Lightfoot
A melodia é suave, doçamarga, delicadíssima, e os versos são de uma beleza estonteante, cheios de imagens gostosas como o carinho da pessoa que se ama. Continue lendo “Gordon Lightfoot”
Musas de A a Z
Na alameda da poesia chora rimas o luar. Madrugada e Ana Maria sonha sonhos cor do mar. Por quem sonha Ana Maria nesta noite de luar?
Se você fosse sincera, ô, õ, ô, ô, Aurora, veja só que bom que era, ô, õ, ô,ô, Aurora… Continue lendo “Musas de A a Z”
Run Run se fué pa’l Norte, no sé cuándo vendrá
A gravação do conjunto Inti-Illimani de “Run Run se Fué pa’l Norte”, feita ali por 1970, 1971, tem perto de 4 minutos e meio – e, em sua maior parte, é instrumental. Iletrado, como gosto de brincar. Os belos versos de Violeta Parra ficam na abertura, bem curta, e depois no encerramento. Todo o meio da gravação é instrumental – e o Inti-Illimani é um grupo de instrumentistas absolutamente brilhantes. Continue lendo “Run Run se fué pa’l Norte, no sé cuándo vendrá”
Gal
Gal Costa conseguiu a proeza fantástica de ser, ao mesmo tempo, uma fiel discípula de João Gilberto – voz cool, intimista, branda, macia, controlada – e uma versão baiana de Janis Joplin – voz solta, alta, agressiva, forte, com o canto “explosivo, emocionado, rasgado, rouco, pura emoção”, como ela mesma diria. Continue lendo “Gal”
Preâmbulo ao suelto sobre canções
De repente tocou aqui em casa uma música que me deixou estatelado, embriagado, embevecido diante de tanta beleza. Uma música antiga, que conheço há décadas. Continue lendo “Preâmbulo ao suelto sobre canções”
Que reste-t-il de eu te desejo amor?
Demorei seis anos para saber que Nelsinho Motta havia feito uma versão de “Que reste-t-il de nos amours?”, essa maravilha que é seguramente uma das mais belas pérolas da chanson française, que Charles Trenet e Léo Chauliac escreveram provavelmente em 1942. Continue lendo “Que reste-t-il de eu te desejo amor?”
De pai pra filho, de filho pra pai
Outro dia vi no Caderno 2 do Estadão que estava estreando um filme sobre Laura Pausini. Não conheço coisa alguma de Laura Pausini, a rigor, mas tenho simpatia por ela, assim, do nada, e então, numa dessas noites em que, depois de ficar escrevendo sobre filmes e bebendo algumas, vou me juntar a Mary na sala e lá procuro músicas ao léu, ao random, ao shuffle no YouTube, caí em Laura Pausini cantando “Strani Amori”. Continue lendo “De pai pra filho, de filho pra pai”
A música que enfeitiçou uma geração
Desde que li a notícia da morte de Gary Brooker, não paro de ouvir “A Whiter Shade of Pale”, a canção de 1967 que fez um extraordinário sucesso no mundo todo. Seja botando a música para tocar no YouTube na TV, com as imagens na telona e o bom som do aparelhão, seja ela pairando na minha cabeça, quando não há absolutamente nenhum aparelho elétrico-eletrônico ligado. Continue lendo “A música que enfeitiçou uma geração”
Se você a vir, diga um oi por mim
Você está longe da pessoa que ama demais, desesperadamente; por algum motivo qualquer, não importa saber qual. Você está desesperadamente longe da pessoa que ama demais – e acontece de um amigo seu estar indo para a cidade da sua amada.
E então você pede ao amigo que, por favor, dê um recado a ela. Continue lendo “Se você a vir, diga um oi por mim”
Chico Buarque cancela a arte – e a História
Durante um bom tempo da minha juventude e do início da maturidade, ali entre os 16 e os 40, meus maiores ídolos musicais foram Bob Dylan e Chico Buarque de Hollanda. Não que não sejam mais meus ídolos, agora na velhice; de forma alguma. Continuam sendo, sim, e não deixarão de ser nunca – mas é que, depois de velho, deixei de colocá-los assim numa posição mais alta, e os botei junto com os outros tantos. Continue lendo “Chico Buarque cancela a arte – e a História”
Os canadenses
Prometi fazer uma relaçãozinha – e aí ficou um textinho bom. O amigo me autorizou a publicar. Lá vai:
Então, Gil. Pelo que eu sei, os maiores cantores-compositores de música popular do Canadá são mesmo Leonard Cohen, Neil Young e Joni Mitchell. Continue lendo “Os canadenses”
Fernando Brant e um tempo melhor
Posso estar errado, é claro, mas tenho certeza, poderia até apostar, que pouca gente, mesmo entre os fãs de carteirinha de Milton Nascimento, se lembra de uma canção dele que tem estes belos versos:
“queria ver um filme de amor”
e
“me lembro de um tempo melhor“. Continue lendo “Fernando Brant e um tempo melhor”
Bye, bye, Don. Dê um grande abraço no Phil
Phil, à esquerda na foto, foi embora primeiro, em 2014, poucos dias antes de completar 75 anos. Agora foi a fez de Don, aos 84. Continue lendo “Bye, bye, Don. Dê um grande abraço no Phil”