“Viajando num trem rumo ao Oeste, dormi e sonhei um sonho que me deixou triste, sobre mim mesmo e os primeiros poucos amigos que tive. Com os olhos meio úmidos observei a sala em que eu e meus amigos passamos muitas tardes, onde juntos nos protegemos de muitas tempestades, rindo e cantando até as primeiras horas da manhã.” Continue lendo ““Sonhei um sonho que me deixou triste””
Da agenda do vô (47)
No domingo agora, dia 23, Marina, sentadinha na cadeira dela no banco de trás do carro da mãe, olhou para o avô, séria, sem sorrir, e, depois de alguns segundos, levantou o braço em direção a ele. Queria dizer: Me pega pra gente caminhar, vô! Continue lendo “Da agenda do vô (47)”
Sobre suportes físicos, o amor a vida a morte
Jurássico, dinossauro, pré-antigo, cheguei hoje em casa com seis CDs. E feliz da vida.
Os CDs estão acabando. Na verdade – nos dizem todos os dias os arautos da modernidade – todos os suportes físicos estão acabando. Continue lendo “Sobre suportes físicos, o amor a vida a morte”
Quando cheguei a São Paulo
Cheguei a São Paulo achando que ia fazer Cinema na ECA, e aí vendi chucks na Florêncio de Abreu.
Diacho: não me lembro direito o que são chucks. Continue lendo “Quando cheguei a São Paulo”
Georges Moustaki, volume 2
Por Moustaki vesti pela primeira vez na vida um smoking, eu, que tenho ódio de terno, e me enfiei num avião para uma viagem a Paris, eu, que detesto viajar. Continue lendo “Georges Moustaki, volume 2”
Lembranças
Em 16 de julho de 1950 eu estava com 12 anos. Completaria 13 em setembro. Tive uma sorte danada. Um amigo de papai, daqueles apaixonados por futebol, tinha ingressos para todos os jogos da Copa. Seu nome era Hercílio Mota. Continue lendo “Lembranças”
Quadrilha
Ouço pela primeira vez o Uakti tocando Beatles, e penso nos seis graus de separação.
Vi o filme outro dia mesmo – Seis Graus de Separação, tradução literal do título original, de Fred Schipisi, feito em 1993, com Stockard Channing, Will Smith, Donald Sutherland, Ian McKellen, Mary Beth Hurt. Continue lendo “Quadrilha”
Parabéns, Caetano! E obrigado
Uma vez dei uma porrada na Suely no meio de um show de Caetano. Péra lá: não foi uma agressão. Depois explico direito. Com Regina, discuti sobre Caetano ao longo dos dez anos de casamento. Continue lendo “Parabéns, Caetano! E obrigado”
I met my old lover on the street last night
I met my old lover on the street last night.
Não sei se ela parecia tão feliz em me ver. Parecia, acho, um tanto curiosa. Continue lendo “I met my old lover on the street last night”
Dez anos depois
Meu amigo Anélio Barreto me liga e fala do 11 de setembro. Continue lendo “Dez anos depois”
O vestido de noiva no dia em que Getúlio morreu
No dia 24 de agosto de 1954, uma menina-moça cheia de alegria e sonhos foi experimentar seu vestido de noiva. (Uma nuvem branca de filó e rendas.) Continue lendo “O vestido de noiva no dia em que Getúlio morreu”
Reali Jr. e o amanhã
Hoje, assim que levantei da cama, recebi a noticia da morte do jornalista Reali Jr. Continue lendo “Reali Jr. e o amanhã”
Historinhas de redação (9): João Werneck e o foca
– Serginho, Vivaldi escreveu mais de 500 concertos. Ainda não ouvi todos, e muitos deles ainda não ouvi tantas vezes quanto gostaria. Continue lendo “Historinhas de redação (9): João Werneck e o foca”
Liz
Liz Taylor entrou na minha vida com o nome de Leslie. Era uma moça rica do Norte chique, da Nova Inglaterra; um fazendeiro grandão do Texas foi visitar o pai dela, para comprar cavalos. Leslie encantou-se com o cara. O cara, e eu, e mais milhões de pessoas do mundo inteiro nos apaixonamos perdidamente por ela. Continue lendo “Liz”
Montand, Semprun, o Brasil e eu
Aquilo deve ter sido, sem dúvida, uma coisa louca, inimaginável, emocionante, de arrepiar, de dar taquicardia: no Maracanãzinho lotado, Yves Montand anuncia que vai apresentar “Les Bijoux”, de Baudelaire. Continue lendo “Montand, Semprun, o Brasil e eu”


