Toda quarta-feira o menino descia de sua casa, lá no alto, ao lado da Grupiara, em direção ao centro, onde se localizava a maioria do comércio. A Grupiara é um monte, em frente à praça de esportes, onde se colhiam os mal cheirosos frutos de jatobá que caíam de árvores enormes. Continue lendo “Nos tempos da Luluzinha”
Na Igreja do Carmo
Chegar a Diamantina é sempre um prazer. Muitas recordações de festa e amizade, lembranças que vão até a comemoração de meus cinco anos, data em que bebi, pela primeira vez, um guaraná quase gelado, resultado das pedras de chuva que caíram no quintal e foram recolhidas em uma bacia. Geladeira era algo, para mim, inexistente. Continue lendo “Na Igreja do Carmo”
Reali Jr. e o amanhã
Hoje, assim que levantei da cama, recebi a noticia da morte do jornalista Reali Jr. Continue lendo “Reali Jr. e o amanhã”
Uma brasileira
Rosemary de Moraes deu anteontem e ontem provas de que é uma mulher de classe, elegante, uma pessoa da qual, em tempos idos, diríamos: que categoria! Continue lendo “Uma brasileira”
Felicidade suprema
Tenho pensado em meus amigos de origem japonesa.
Alguns, de longa, longa data, como Jiro Takahashi, autor do mais belo depoimento que já ouvi sobre o ofício de editor. Anos oitenta, Bienal Nestlé de Literatura, coordenação de Ricardo e Iraty Ramos, amigos de adolescência e de sobrenome, sem parentesco algum. Continue lendo “Felicidade suprema”
Ontem, hoje, amanhã
Meu pai faria cem anos no próximo 16 de maio. Ele queria chegar lá, ao centenário, para comemorar com os seus. Amou a vida integralmente e dizia, Bebel é quem lembra, que a simples presença de uma garrafa de champagne, mesmo fechada, já era um convite para festa. Continue lendo “Ontem, hoje, amanhã”
Thelma
A internet, para quem sabe procurar, reserva surpresas, achados e lembranças. Mas é preciso ter muita ciência, para não cair nessa tsunami de informações excessivas, muitas vezes inúteis e mentirosas. Continue lendo “Thelma”
Nós sonhávamos
Tarde quente de fevereiro, meu filho me passa o telefone.
— Pra você, mãe. Vânia.
— Vânia? Continue lendo “Nós sonhávamos”
Depois daquele beijo
Essa a tradução brasileira do título do filme Blow up, de Antonioni. Mas a história de um beijo, que eu vou aqui contar, é singela e bela como são todos os amores. Não guarda conexão alguma com ampliações de fotos tiradas, na ficção, em um parque londrino. Continue lendo “Depois daquele beijo”
Lixo e flores
O Carnaval vinha chegando, mas os pequenos acontecimentos não paravam de preencher os dias de quem abandonou o ofício de folião. Na manhã de quinta-feira, acordo com o barulho de ferramentas do outro lado da encruzilhada/praça de meu bairro. Continue lendo “Lixo e flores”
Abraço de leitor comovido
Trabalhei com Moacyr Scliar muitas vezes, desde os anos oitenta, na Bienal Nestlé de Literatura, coordenada pelo escritor Ricardo Ramos, amigo pródigo em conhecimentos, amizades e afetos. Continue lendo “Abraço de leitor comovido”
A Prefeitura mente e me agride
Minha caixa de correios não é lixo. Mas não posso impedir que alguém, da rua, jogue nela suas impropriedades. Foi o que alguém, não sei quem é, porque não assinou seu nome e apenas rubricou com um garrancho, fazendo crer que é funcionário da Prefeitura de minha cidade, jogasse um “papelixo”, um auto de suposta infração cometida por mim. Continue lendo “A Prefeitura mente e me agride”
Daqui a pouco, nunca mais
Hoje, o plano era escrever sobre um certo telefonema e um certo vestido de noiva.
No entanto, atropelada pelo final do horário de verão, adio tudo. Minha amiga, no sul de Minas, há de entender. Continue lendo “Daqui a pouco, nunca mais”
O perigo está por perto
Ele chega todas as noites por volta das dez e começa a remexer no lixo que as pessoas continuam jogando no passeio da esquina em frente. Junta todos os plásticos que encontra, mais alguns objetos inflamáveis, e põe fogo. Continue lendo “O perigo está por perto”
Sobre motoqueiros e a Nascimento e Silva, 107
“Rua Nascimento e Silva, 107. eu saio correndo do pivete”…
Avenida General Olímpio da Silveira, eu saio correndo do motoquete… Continue lendo “Sobre motoqueiros e a Nascimento e Silva, 107”
