Lindberg e a camisinha

Com tudo o que fez como líder estudantil, Lindberg Farias pode ter passado por porra-louca. Agora está no outro lado, o da camisinha. Todos viram como o hoje senador petista ampliou o projeto de sua colega Maria do Carmo Alves, do falecido DEM, para salvar o País da aids.

A senadora apresentou projeto de lei que obriga os motéis a fornecer o preservativo para a clientela. Lindberg pegou carona e ampliou a exigência a todos os hotéis, pousadas e pensões do território nacional. É verdade que a maioria dos hóspedes desses estabelecimentos vai lá apenas para dormir, mas prudência não faz mal à ninguém.

Já que ficou assim, Lindberg deveria se preocupar em cobrir todas as possibilidades. Cada carro também teria que portar sua camisinha, porque banco de trás tem mil e uma utilidades.

Pena que Lindberg não pensou nisso quando o novo Código de Trânsito impôs aos motoristas o estojo de primeiros-socorros, na época de FHC. Gaze, mercuro cromo, esparadrapo e camisinha. O estojo caiu, mas a camisinha, por eventualmente útil, poderia ter ficado.

Lindberg também deveria ter exigido que se colocassem camisinhas atrás de muros e moitas, em lugares de pouco movimento. E em barrancos idem, pois não há de ser à toa que existe o verbo “barrancar”.

Não seria demais que se baixassem exigências com vistas à Copa do Mundo, caso fique pronto o mínimo para a realização do certame no País. Para acalmar hóspedes estressados com problemas de infra-estrutura, a camisinha, assim que desenrolada, mostraria a frase-símbolo do turismo nacional: Relaxe e Goze.

Abril de 2011

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