O maior inimigo do governo Lula

Bem ao contrário de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem problemas de cognição. Muitíssimo ao contrário: Lula é um homem extremamente inteligente, esperto, safo. Também muito diferentemente do outro, Lula é bem preparado para a tarefa de administrar, resolver problemas, dirimir dissensões, liderar, delegar poderes. Governar, enfim. Continue lendo “O maior inimigo do governo Lula”

Suely

Suely era tão paulistana que nasceu no dia do aniversário da cidade. Em um hospital da Moóca, como me contou algumas vezes – mas já não lembro mais exatamente por que a Móoca, se era lá que seus pais moravam, antes de se mudarem para a Casa Verde. Parque Peruche, mais exatamente. Continue lendo “Suely”

O inimigo número 1 do governo é Lula

Quando os três maiores jornais do país dizem exatamente a mesma coisa em seus editoriais, no mesmo dia, é bom prestar bastante atenção: a possibilidade de eles estarem defendendo o ponto de vista que é melhor para o Brasil é imensa – para não dizer total, absoluta. Continue lendo “O inimigo número 1 do governo é Lula”

Acabou

O Capitão das Trevas sai de cena do jeito que sempre foi: grosseiro, tosco, sem um pingo de educação, de respeito às instituições e às pessoas.

Em seu primeiro pronunciamento após os dois meses de silêncio, falou como sempre falou: de maneira confusa, sem clareza, sem limpidez. Mas o recado que tentou passar para seu gado poderia ser resumido em algo assim:

– Eu bem que tentei dar o golpe, mas, pô, não tive a ajuda que eu esperava. Aí não deu, então desculpa aí qualquer coisa, talkey?

Um monstro. Um rato. Um verme.

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Riocentro às avessas

Quiseram repetir o Riocentro e se deram mal. Em 30 de abril de 1981 a bomba explodiu no colo de um dos dois militares à paisana que estavam dentro de um Puma estacionado em frente ao centro de convenções no Rio de Janeiro. O que estava manuseando a bomba morreu despedaçado na hora e o outro, que estava na direção, foi levado em estado gravíssimo para o hospital. Continue lendo “Riocentro às avessas”

O prazer de remar contra a maré

Fiquei profundamente, apatetadamente triste com a eliminação do Brasil na Copa do Mundo do Catar. Ao mesmo tempo, vi que estava tendo reações completamente diferentes das de boa parte das pessoas. E, diacho: não acho ruim essa coisa de remar contra a maré, não. De forma alguma. Continue lendo “O prazer de remar contra a maré”

O Brasil devastado (1)

Vai ser muito difícil o Brasil ter um quadro completo da destruição deixada, em todas as áreas, pelos quatro anos de desgoverno de Jair Bolsonaro. É muita destruição – ampla, geral, irrestrita –, desde os efeitos mais visíveis no desmonte das estruturas dos Ministérios, em especial os da Educação, Saúde e Meio Ambiente, até a erosão de valores morais e do respeito à ordem constitucional. Continue lendo “O Brasil devastado (1)”

Os golpistas estão trabalhando a toda

“Já se passaram três semanas das eleições, e o movimento golpista segue vivo. Apesar de politicamente isolado e sem expectativa razoável de êxito, continua mobilizado num patamar elevado, ainda que decrescente.” Esse é o início do artigo de Pablo Ortellado no Globo deste sábado, 19 de novembro, em que, por volta do meio-dia, havia 27 interdições de rodovias em quatro Estados, e, diante de quartéis em Brasília, no Rio, em São Paulo e outras capitais, manifestantes bolsonaristas continuavam questionando a vitória de Lula e pedindo nova eleição e intervenção militar. Continue lendo “Os golpistas estão trabalhando a toda”

Run Run se fué pa’l Norte, no sé cuándo vendrá

A gravação do conjunto Inti-Illimani de “Run Run se Fué pa’l Norte”, feita ali por 1970, 1971, tem perto de 4 minutos e meio – e, em sua maior parte, é instrumental. Iletrado, como gosto de brincar. Os belos versos de Violeta Parra ficam na abertura, bem curta, e depois no encerramento. Todo o meio da gravação é instrumental – e o Inti-Illimani é um grupo de instrumentistas absolutamente brilhantes. Continue lendo “Run Run se fué pa’l Norte, no sé cuándo vendrá”

Gal

Gal Costa conseguiu a proeza fantástica de ser, ao mesmo tempo, uma fiel discípula de João Gilberto – voz cool, intimista, branda, macia, controlada – e uma versão baiana de Janis Joplin – voz solta, alta, agressiva, forte, com o canto “explosivo, emocionado, rasgado, rouco, pura emoção”, como ela mesma diria. Continue lendo “Gal”