A fila era imensa. Se bifurcava, se dividia em duas! Hordas de Gérsons, de brasileiros espertos, furavam a fila em vários lugares, em especial ali, na bifurcação, na esquina de Avenida Antártica com a Rua Padre Antônio Tomás – e não havia ninguém, absolutamente ninguém, para organizar a zorra. Continue lendo “Infra para ver Sir Paul: 0”
Emmylou conta a tragédia de Lillian
A história de Lillian, moça pobre do interiorzão bravo, daquele lugar de fim de mundo de terra vermelha, é triste a não mais poder. É uma daquelas histórias de gente que não teria saída nenhuma na vida mesmo – estava fadada a ser tragédia. Continue lendo “Emmylou conta a tragédia de Lillian”
Bibi Ferreira, que coisa extraordinária
Eu não estava psicologicamente preparado para ver o espetáculo que é Bibi Ferreira canta Sinatra.
É de uma beleza, de uma grandeza, de uma emoção acachapantes, violentas. Continue lendo “Bibi Ferreira, que coisa extraordinária”
Batendo na porta do céu
Bob Dylan e Paul Simon bateram na porta de Deus praticamente ao mesmo tempo. Uma diferença de dois anos – o primeiro numa canção de 1973, o segundo em 1975. Uma diferença mínima; quase nada, ainda mais agora, já tanta água passada sob a ponte. Continue lendo “Batendo na porta do céu”
O Brasil deveria conhecer Regina Dias
A música brasileira é tão esplendidamente rica, tão variada, tão povoada por criadores, intérpretes e instrumentistas magistrais, que muitas vezes grandes artistas, como, só para dar pouquíssimos exemplos, Sidney Miller, Walter Franco, Tavinho Moura, Renato Teixeira, Almir Satter, não são considerados do primeiro time. Ou, no mínimo, não são lembrados como deveriam. Continue lendo “O Brasil deveria conhecer Regina Dias”
A Chico o que é de Chico
Se Chico tivesse escrito na vida somente “Teresinha”, já seria um dos compositores mais geniais do mundo.
Fez algumas centenas de canções. Seguramente mais de uma centena delas são absolutamente geniais. A mais fraca de todas, se é que existe, é ótima. Continue lendo “A Chico o que é de Chico”
Mudanças
Há canções que fazem sucesso extraordinário, tocam no rádio e nos bares e na TV sem parar, grudam na cabeça das pessoas como chiclete – e daí a pouco somem, desaparecem, são esquecidas. E há canções que ficam. Continue lendo “Mudanças”
Duas canções, coincidências demais
O narrador da canção “Demais”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, anda falando demais, bebendo demais, rindo demais, contando anedotas demais. Não larga o cigarro e dirige seu carro depressa demais. Continue lendo “Duas canções, coincidências demais”
Mas, senhor D, I’m so restless
Hoje me deu vontade de ouvir “I’m so restless”. Não uma vontadezinha: uma baita vontade, dessas irremediáveis.
Minha mãe dizia que vontade é coisa que dá e passa. A rigor, a rigor, é bem verdade. Continue lendo “Mas, senhor D, I’m so restless”
“Sonhei um sonho que me deixou triste”
“Viajando num trem rumo ao Oeste, dormi e sonhei um sonho que me deixou triste, sobre mim mesmo e os primeiros poucos amigos que tive. Com os olhos meio úmidos observei a sala em que eu e meus amigos passamos muitas tardes, onde juntos nos protegemos de muitas tempestades, rindo e cantando até as primeiras horas da manhã.” Continue lendo ““Sonhei um sonho que me deixou triste””
Odes à solidariedade
É absolutamente fascinante como são contemporâneas duas das mais belas canções que jamais foram feitas sobre a solidariedade, o ombro amigo. Continue lendo “Odes à solidariedade”
Joan, enfim
Entre a primeira e a segunda canção que Joan Baez apresentou em seu primeiro show na cidade de São Paulo há uma distância de exatos 44 anos.
Continue lendo “Joan, enfim”
Pete Seeger, o imprescindível
Não é muita gente no Brasil que sabe, mas Pete Seeger é uma das figuras mais fundamentais da música popular americana, e portanto do mundo. Sua estatura, importância e influência só podem ser comparadas às de monstros como Louis Armstrong no jazz, George e Ira Gershwin na grande canção, Elvis Presley no rock ou Bob Dylan no conjunto de quase todos os gêneros da música feita nos Estados Unidos. Continue lendo “Pete Seeger, o imprescindível”
Velhinho pré-antigo
Hoje fiquei sabendo, ao ler um texto de Marina Vaz no Caderno 2 do Estadão, que Flávio Tris está lançando seu primeiro CD. Continue lendo “Velhinho pré-antigo”
O Trem das Onze em Israel
Tenho dupla naturalidade: sou paulistano-carioca. Nasci em São Paulo, em 1937, mas vivo no Rio desde 1940. Nem sempre nos damos conta das diferenças entre as duas cidades, na linguagem, na alimentação, no modo de ser e encarar as coisas. Mas elas existem. Continue lendo “O Trem das Onze em Israel”







