Ao advertir que neste ano não encarnará o “Lulinha paz e amor” e que está pronto para revidar o “jogo rasteiro” da oposição e os chutes “do peito para cima”, o presidente Lula propositadamente elevou o tom, antecipando a escala e os instrumentos que pretende usar para tentar eleger a sua sucessora. Continue lendo “O capoeirista”
Eu vi “Disparada” tomar forma (e outras histórias dos festivais)
Em 1966, a cantora Maria Odette defendeu a música “Boa Palavra”, de Caetano Veloso, no II Festival do Música Popular Brasileira da TV Excelsior, e ficou com o quinto lugar. Caetano era ainda um jovem baiano que não se arriscava a subir no palco para cantar. Hoje canta e fala… até demais! Continue lendo “Eu vi “Disparada” tomar forma (e outras histórias dos festivais)”
Cyd Charisse
Este é que é o grande e fascinante paradoxo: agora que a atriz e dançarina Cyd Charisse morreu, a triste notícia não mexe um milímetro com a certeza que sempre tive sobre a sua eternidade. Nem fez muitos filmes, porém todos que rodou foram absolutamente maravilhosos. Continue lendo “Cyd Charisse”
Meu irmão de longe
Não nascemos do mesmo pai nem da mesma mãe, mas tenho, cada dia mais, certeza de que nos sentíamos irmãos.
Não nascemos nem no mesmo país, mas tenho, cada dia mais, certeza de que falávamos a mesma língua. Continue lendo “Meu irmão de longe”
Só os políticos lucram com o voto obrigatório
Pelo simples fato de ser uma imposição, tudo aquilo que é obrigatório tende a ser rejeitado ou feito com alguma má vontade. Continue lendo “Só os políticos lucram com o voto obrigatório”
Juízes de futebol, gatunos ou não
O gatunos do título devo a Nelson Rodrigues, que teceu as mais saborosas crônicas sobre o juiz ladrão. Como diria ele, vamos aos fatos, pelo menos a um deles: Continue lendo “Juízes de futebol, gatunos ou não”
Chove lá fora
E pinga aqui dentro, como se costuma dizer em Minas. Mas chover lá fora me lembra a canção de Tito Madi e a interpretação de meu amigo Agostinho dos Santos. Ele que estava em um avião errado em dia errado. Ele que foi minha primeira perda de amizade e música. A água que cai no pátio, na casa e na rua, refresca o fim de tarde e nos prepara para uma noite amena. Continue lendo “Chove lá fora”
Dalva, Herivelto, amarcord.
Dalva de Oliveira e Herivelto Martins? Claro que me lembro! Eu me lembro??
Existe um tipo de mentira que não transforma o mentiroso em pecador: é aquela, resultado de uma traição da memória. Continue lendo “Dalva, Herivelto, amarcord.”
Todo amor para a guerra
Não, meus amigos. Isto não é uma declaração belicista. É um problema de acento. Como ocorreu na segunda-feira, 21/12. Washington já estava coberta de neve, e o portal do Globo dava o título: “Neve para a capital dos Estados Unidos”. Mais neve, não chegava tanto? Continue lendo “Todo amor para a guerra”
Muito além da lógica
Daqui a 10 meses, mais de 130 milhões de brasileiros irão às urnas para eleger o 36º presidente da República e, até o dia 3 de outubro, será elaborado e consumido todo tipo de teses e prognósticos sobre as variáveis do quadro sucessório, como se eleição obedecesse a alguma lógica. Continue lendo “Muito além da lógica”
Os preconceitos de Boris e os outros preconceitos
Companheiros e companheiras, às armas: está decretada a luta de classes. Ou melhor: a volta da luta de classes. Nunca vi tantas almas boas em semelhante transe de apaixonado delírio pelos garis, essa notável e humilde classe trabalhadora, que um membro da elite desalmada e corrupta e da imprensa golpista ultrajou e ofendeu. Continue lendo “Os preconceitos de Boris e os outros preconceitos”
Sobre “Dalva e Herivelto”, Globo, liberdade de imprensa, MPB
A Rede Globo está prestando um serviço inestimável à cultura brasileira. A minissérie Dalva e Herivelto, Uma Canção de Amor, pelo que mostrou nos dois primeiros episódios (exibidos nos dias 4 e 5 de janeiro), é um monumento. Continue lendo “Sobre “Dalva e Herivelto”, Globo, liberdade de imprensa, MPB”
E brilhavam as estrelas
Faz poucos dias fiz rápida viagem à ilha na foz do rio Amazonas onde mantenho um franciscano tugúrio. Fui apenas acariciar as paredes da casinha, beijar os seculares troncos da floresta, pilastras da catedral do verde, e juntar folhas secas no chão para esfregar em minha pobre cabeça na esperança de que restos de seiva me alcançassem a alma. Continue lendo “E brilhavam as estrelas”
Um ano que poderia ser novo
Fernando Collor de Melo tinha se sagrado o primeiro presidente da República eleito pelo voto popular depois de 20 anos de regime militar e do pacto nacional pró-Tancredo Neves que acabou coroando José Sarney por longos cinco anos. Continue lendo “Um ano que poderia ser novo”
O filho de Dona Diva
Não sabia da Dona Diva, mas acompanho com atenção, há muito tempo, o filho dela. Erasmo Carlos é uma unanimidade para quem o conhece, mesmo de longe. Continue lendo “O filho de Dona Diva”
