Por que insistem em chamar de “regulação da mídia” , ou “marco regulatório”, ou “controle social da mídia” aquilo que no fundo é uma vontade –com perdão do jogo de palavras – incontrolável de controlar conteúdos? Continue lendo “Censura sem dor”
A desgraça da mentira
12 de agosto de 2005. Lula vestiu o semblante de vítima e foi à TV. Em rede nacional, no horário nobre, o presidente pediu desculpas pelo envolvimento do governo e dos seus no que o país apelidou de mensalão. Continue lendo “A desgraça da mentira”
Ele precisa se mancar
O “cara” está indo embora mas está deixando a casa toda arrumadinha.Vai passar a faixa para dona Dilma no começo do ano novo, mas com a consciência do dever cumprido. Afinal, como ele disse na campanha, dona Dilma é ele, ele é dona Dilma. Continue lendo “Ele precisa se mancar”
Muito longe da guerra do Rio
No quarto dia da guerra do Rio, enquanto ônibus, vans e vidas ardiam em chamas, a presidente eleita Dilma Rousseff discutia a conveniência de dividir o Ministério das Cidades em dois – Habitação e Saneamento – e assim fatiar melhor o bolo entre o PT e os partidos aliados, cada um mais guloso que o outro. Continue lendo “Muito longe da guerra do Rio”
Nada ameaça a imprensa. Nada?
Li num jornal que o ministro Franklin Martins disse que “a imprensa não está nem um pouco ameaçada.” Sempre fico tranqüilo quando ouço o ministro dizer essas coisas. A imprensa é livre no Brasil, embora não seja boa, ele nos ensina. Pode ser que concordemos com ele, embora não pelas mesmas razões. Continue lendo “Nada ameaça a imprensa. Nada?”
Barbáries
Domingo, 21 de novembro. O segundo turno das eleições de Burkina Faso deve terminar daqui a pouco com a recondução do atual presidente Blaise Compaorè, chefe supremo do país desde 1987 depois de um golpe de estado que matou o ex, Thomas Sankara, de quem Compaorè fora ministro. Continue lendo “Barbáries”
O PMDB quer a sua parte
Um “ajuntamento de assaltantes”, como queria Ciro Gomes, ou uma espécie de poder moderador que está aí para não deixar os radicais do PT tirarem a democracia dos trilhos? Continue lendo “O PMDB quer a sua parte”
A noite em que o JT ficou de luto pelo país
Prosaicamente, informo que são vinte para as dez da noite deste 25 de janeiro de 1984. É isso o que marca o relógio, com seu mostrador redondo e grande, no fundo (antes, no começo) da redação. No Congresso, em Brasília, está sendo encaminhada, neste momento, a votação da emenda das Diretas-Já, que estabelece eleições diretas para presidente da República. Continue lendo “A noite em que o JT ficou de luto pelo país”
Trololó
Decididamente, o período de transição da presidente eleita Dilma Rousseff não começou bem. Nem para ela – que assiste a brigas entre partidos aliados, com graus de virulência acima do esperado, e até já teve, antes mesmo de pensar na formação do novo governo, de se desfazer de gente da equipe acusada de corrupção -, nem para ninguém. Continue lendo “Trololó”
Perigo de emboscada
Suspeite de pessoas quando elas se juntam para discutir “regulação” ou “controle social” da mídia. Suspeite mais ainda quando elas se reúnem por iniciativa de um ministro da Comunicação que é ao mesmo tempo chefe de uma TV estatal, mantida à custa de 700 milhões anuais de dinheiro público para uma audiência traço, e que não se cansa de criticar a imprensa independente e profissional, como se fosse um ombudsman público. Continue lendo “Perigo de emboscada”
O camaleão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é mesmo incorrigível. Quer tudo e muito mais. Não lhe basta ser o mais popular governante que o Brasil já teve; é preciso ser unânime. Continue lendo “O camaleão”
Os adjetivos inúteis
Uma das peculiaridades do Brasil, além da inevitável jaboticaba, é que aqui nem o governo e nem a oposição sabem exatamente o que significa ser oposição, e qual o seu verdadeiro papel institucional num regime democrático. Continue lendo “Os adjetivos inúteis”
Por um país sem remendos
Seja qual for o resultado das urnas, chegamos ao dia decisivo das eleições 2010 com amargor na boca. Como uma avalanche, este segundo turno saiu do controle de todos: candidatos, marqueteiros, pesquiseiros. Chegou a produzir um efeito inédito: nunca antes neste país o número de indecisos aumentou tanto na última semana antes do pleito. Continue lendo “Por um país sem remendos”
Um verdadeiro retrocesso
As campanhas políticas, especialmente no Brasil, são ricas em distorções semânticas e em abusos de retórica. Os candidatos – alguns mais do que outros, é bom que se diga – atribuem aos adversários intenções que eles nunca tiveram, crenças que nunca defenderam e ações que nunca realizaram. Continue lendo “Um verdadeiro retrocesso”
Cheiro azedo
Dezenas de mentiras repetidas como verdade, porções desmedidas de agressão ao adversário, intimidação, coerção e patrulhamento permanente, críticas à liberdade de imprensa. Misture os ingredientes, adicione alianças com ex-arquiinimigos, desrespeito às leis e pressão permanente, sem qualquer chance de respiro. Continue lendo “Cheiro azedo”