Quando, em setembro de 1981, Paul Simon e Art Garfunkel fizeram seu monumental show de reencontro no Central Park de Nova York, diante de meio milhão de pessoas, 11 anos após terem se separado, cantaram, ainda no início do espetáculo, logo após “April come she will”, a música “Wake up, Little Susie”, para alegria da multidão. Continue lendo “Bye, bye, Phil Everly”
Depois que o amor acaba, volume 2
Hoje pela primeira vez prestei atenção à letra de uma determinada música, “About the children”.
É uma melodia belíssima, e uma letra impressionante. Está no meu iTunes, e portanto já devo ter ouvido antes, em casa, ou caminhando. Mas nunca tinha prestado atenção a ela. Continue lendo “Depois que o amor acaba, volume 2”
Sobre Nara – e o básico, o clássico, o eterno
Ouvi agora, por causa de um comentário da Mary, os dois últimos discos de Nara Leão, e me lembrei da frase “You always come back to the basics”. Continue lendo “Sobre Nara – e o básico, o clássico, o eterno”
É melhor ser alegre que ser triste
Uma vez um amigo meu se viu numa situação curiosa, fascinante mesmo: em uma cidade que não era a dele, ficou interessado por duas colegas de trabalho, ambas belas, competentes, atraentes. Continue lendo “É melhor ser alegre que ser triste”
A música é uma arma quente contra o racismo
Quando é que vamos aprender que a cor da pele não significa absolutamente nada, não tem importância alguma? Continue lendo “A música é uma arma quente contra o racismo”
Sobre suportes físicos – e Dylan
Cheguei em casa excitado, feliz feito pinto no lixo, feito Fê diante de Marina, porque trazia um novo suporte físico. Another Self Portrait (1969-1971) – The Bootleg Series Vol. 10. Continue lendo “Sobre suportes físicos – e Dylan”
O livrinho e o Supremo
Primeiro eu digo que sou filho de Juiz de Direito e aprendi, desde menino, a valorizar esse tipo de gente que se dedica a resolver conflitos e aplicar, com conhecimento e sensatez, a Justiça. Mais que a lei, a Justiça, pois a legislação que foge do bom direito não deve prosperar, tem de ser revogada. Continue lendo “O livrinho e o Supremo”
Obrigado, Yusuf
O primeiro show que Yusuf/Cat Stevens apresentou no Brasil – no sábado, 16 de novembro, no Credicard Hall, lugar para umas 7 mil pessoas – foi absolutamente impressionante por uma série de razões. Continue lendo “Obrigado, Yusuf”
Era de madrugada
A lembrança da infância me visita e numa das imagens rememoradas me vejo olhando, da janela da cozinha, para o quintal enorme da casa em que morávamos em Diamantina. Era uma casa que tinha sido, provisoriamente, escola. Tanto que ainda restavam, em cada quarto dela, a inscrição sala 1, 2, ou 3. Continue lendo “Era de madrugada”
Direito à privacidade e liberdade de expressão
Nas democracias, após o estabelecimento do contraditório, nada mais natural do que a revisão de posições. Isto faz crescer quem não fica apegado a dogmas e quem leva em consideração a legítima pressão dos meios de comunicação e da opinião pública. A mudança de posição não é demérito para ninguém. Continue lendo “Direito à privacidade e liberdade de expressão”
Suportes físicos: o cerco se fecha
Hoje eu vi, com estes olhos que a terra há de comer depois de virar cinza, a Compact Blue começar a fechar sua última porta. Continue lendo “Suportes físicos: o cerco se fecha”
Invento o cais
Quando a vida lá fora se faz quase insuportável, quando o mundo pesa nos ombros, a primeira coisa que faço é abrir a tela do computador e me envolver na imagem da Clara e do Lucas no colo do avô. É um oásis, uma vereda no grande sertão de minha vida. Faço como Ronaldo Bastos e Milton: invento o cais. Continue lendo “Invento o cais”
A bebida amarga
Como beber dessa bebida amarga? Tragar a dor, engolir a labuta?
Eram maus tempos aqueles em que as pessoas se dedicavam ao delicado quebra-cabeça de ressignificar as metáforas que vinham semeadas com inteligência, escondidas entre as dobraduras dos textos de jornal e das letras de música. Continue lendo “A bebida amarga”
Norma
Norma Bengell, para mim, faz lembrar um Brasil que parecia que ia dar certo.
Norma Bengell tem um gostinho de anos dourados – aquele período especialmente rico da cultura brasileira, em que tudo era novo: nova capital, bossa nova, início do cinema novo. Continue lendo “Norma”
Sobre suportes físicos, o amor a vida a morte
Jurássico, dinossauro, pré-antigo, cheguei hoje em casa com seis CDs. E feliz da vida.
Os CDs estão acabando. Na verdade – nos dizem todos os dias os arautos da modernidade – todos os suportes físicos estão acabando. Continue lendo “Sobre suportes físicos, o amor a vida a morte”


