Jamais poderia imaginar que viveria para ver o dia em que o Comando do Exército Brasileiro se ajoelharia diante de um capitãozinho insubordinado, mau militar, terrorista, que jamais respeitou hierarquia e planejava explodir bombas em quartéis. Continue lendo “Assim reagiram os jornais neste dia nacional da vergonha”
Globo e Estadão erraram
Muita gente, e muita gente boa, demonstrou sua indignação com a pouca importância que dois dos três grandes jornais do país deram, em suas primeiras páginas deste domingo, 30/5, às manifestações contra o desgoverno Jair Bolsonaro em quase todas as capitais, no Distrito Federal e em diversas cidades do interior. Continue lendo “Globo e Estadão erraram”
Um jovem exemplar
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, morreu ainda no início de sua trajetória política, mas isso não impediu que esse jovem quadro do PSDB desse muitas lições inclusive para os veteranos que parecem ter esquecido qual é a verdadeira missão dos homens públicos. Continue lendo “Um jovem exemplar”
O diagnóstico – e como sair do buraco
Rivais há décadas, às vezes até inimigos, os dois grandes jornais nacionais feitos em São Paulo publicaram neste domingo, 9 de maio, editoriais que são fascinantemente complementares. Continue lendo “O diagnóstico – e como sair do buraco”
Lie, o caráter perfeito
Tive o privilégio, a sorte grande maior que ganhar na Loteria, de trabalhar em algumas das redações mais alegres, mais aparentemente bagunçadas, caóticas – e também mais criativas – de que se tem notícia no Brasil. A do Jornal da Tarde ao longo de todos os anos 70 e metade dos 80, a da revista Afinal criada por Fernando Mitre, a da nova Agência Estado reinventada no final dos anos 80 por Rodrigo Mesquita e uma penca de gente extraordinária, a da revista Marie Claire sob a direção de Regina Lemos, possivelmente a redação mais democrática que já houve. Continue lendo “Lie, o caráter perfeito”
A lauda em branco
A maior angústia de um repórter, depois de um dia de trabalho na rua, desses que não dá nem para almoçar, era, antigamente, ficar olhando para a lauda de papel em branco, ou ter a sensação de que ela olhava para ele, sem que no meio de campo surgisse a bola a ser chutada; isto é, a inspiração para cravar a primeira linha. Continue lendo “A lauda em branco”
Dirceu Martins Pio
Dirceu Martins Pio tinha maneiras suaves, um jeito extremamente calmo, manso de falar. Não me lembro de ter visto o Pio bravo, berrando no meio de uma discussão. Embora paulista, e com muitos anos de Paraná, onde se radicou, parecia um mineirim – essa coisa que imaginamos para os mineiros, sujeito tranquilo, sempre de boa paz. Continue lendo “Dirceu Martins Pio”
Do Tocantins aos sons dos tempos do onça
Para ouvir a valsa “Carrossel”, com André Kostelanetz e sua orquestra de concerto, girei várias vezes a manivela, movi o braço com a peça onde se encaixa a agulha e baixei-os sobre o disco que girava. Gesto comum nas primeiras décadas de 1900. Se não citei uma corneta, é porque meu gramofone não tem o dispositivo. É um modelo portátil. Continue lendo “Do Tocantins aos sons dos tempos do onça”
José Maria Mayrink
Os jornalistas que cobriam as Assembléias Gerais da CNBB, em Itaici, circulavam pelos belos jardins do lugar, onde podiam entrevistar os bispos fora dos momentos de reunião. Já acompanhar os trabalhos no auditório onde se reuniam era um tanto penoso. Não para o Mayrink. Continue lendo “José Maria Mayrink”
Shazam! – e o repórter voava
Anotações de um confinado.
Um simples telefonema pode transformar um sujeito cansado, tarde da noite, em um enviado especial. Então… À uma e meia da madrugada, os últimos convidados de uma festa tinham saído. Este que vos escreve já estava no quarto, olhando amavelmente para a cama. O telefone toca, Haydeé atende. “É o Mitre.” Continue lendo “Shazam! – e o repórter voava”
Laerte Fernandes
Educado. Simpático. Sempre sorridente. Prestativo. Discreto. Um gentleman. Um excelente caráter. É impressionante como os mesmos conceitos foram sendo usados nas últimas horas pelas pessoas que conviveram com Laerte Fernandes, ao saberem de sua morte. Continue lendo “Laerte Fernandes”
O fake e a mentira
A opção por não aprender
O Mitre gostava de contar de uma vez em que foi entrevistar Jânio Quadros, ali pelos anos 80, e perguntou para o ex-presidente, acho que antes de ele se eleger prefeito de São Paulo, “há quanto tempo atrás” havia acontecido tal evento. Continue lendo “A opção por não aprender”
A PEC do reitor da UERJ estava em caixa alta
Nos velhos e bons tempos, quando se usava essa expressão, e não se supunha a existência da informática e do Google, os jornais eram escritos para entendimento “do engenheiro ao lixeiro (hoje coletor)”. Não usavam linguagem técnica como o economês ou o juridiquês, sem “traduzi-las” para o leitor. Tão pouco o deixavam sucumbir à hermética das siglas. Isto, se bem lembro, valia também para o noticiário da tevê. Continue lendo “A PEC do reitor da UERJ estava em caixa alta”
A polícia é a última a aparecer
Anotações de um confinado.
Notas de um repórter.
A diferença entre as anotações do primeiro e as notas do segundo é um século. Continue lendo “A polícia é a última a aparecer”