Eppur si muove!

No mesmo dia em que os jornais de todo o mundo publicavam páginas sobre a perda da Rainha Elizabeth II, a última das grandes personalidades públicas do pós-Guerra, duas informações serviram para mostrar que, apesar de tudo, apesar de tantos desacertos, tantos erros, tantos problemas, tantos trumps, bolsonaros, orbans e putins, a civilização caminha. Continue lendo “Eppur si muove!”

De pai pra filho, de filho pra pai

Outro dia vi no Caderno 2 do Estadão que estava estreando um filme sobre Laura Pausini. Não conheço coisa alguma de Laura Pausini, a rigor, mas tenho simpatia por ela, assim, do nada, e então, numa dessas noites em que, depois de ficar escrevendo sobre filmes e bebendo algumas, vou me juntar a Mary na sala e lá procuro músicas ao léu, ao random, ao shuffle no YouTube, caí em Laura Pausini cantando “Strani Amori”. Continue lendo “De pai pra filho, de filho pra pai”

As crianças contra o dragão da maldade

Exatamente no momento em que o desgoverno do Capitão das Trevas fez o que talvez seja o mais patético de todos os seus gestos a favor do coronavírus – a divulgação da “nota técnica” dizendo que o kit covid é eficaz e a vacina, não –, milhares e milhares e milhares de crianças saíam alegrinhas dos postos de vacinação Brasil afora, e os pais, orgulhosos, aliviados, felizes, publicavam suas fotos nas redes sociais.

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“Por que tantos brasileiros endeusam louros?”

O site Quora, criado nos Estados Unidos e atualmente publicado em diversas línguas, inclusive o Português, se propõe a responder a dúvidas das pessoas – qualquer tipo de dúvida, pergunta, questão. Tem de tudo no site, é claro; há perguntas sérias, sobre assuntos importantes, pertinentes – e há muitas que Millôr Fernandes certamente adoraria colocar no Ministério das Perguntas Cretinas que criou na revista O Cruzeiro. Continue lendo ““Por que tantos brasileiros endeusam louros?””

Maria Helena

Professora, tradutora, Maria Helena era uma mulher culta. Culta, educada, cultivada. Tinha um conhecimento enciclopédico, uma cultura geral admirável, um conhecimento de literatura de deixar a gente com inveja. E sabia escrever. Tinha esse dom. Continue lendo “Maria Helena”

Maria Helena

Boa noite, minha minina.

A voz rouca, com sotaque e carinhosa, do outro lado da linha do telefone – sim, falávamos, falávamos muito ao telefone, sem essa de zap ou outro meio, apenas atentas aos minutos e ao custo dos interurbanos – já era um alento. Significava que ela estava com vontade de falar mesmo já sendo até um pouco mais tarde na noite. Continue lendo “Maria Helena”

Não tem que ser tudo essa porcaria

Foi por puro acaso que aconteceu de eu ver toda a apresentação das oito finalistas de skate na Olimpíada de Tóquio, nesta segunda-feira, 26 de julho. Foi também por puro, absoluto acaso – o iPod fica sempre no modo shuffle, randômico – que, umas poucas horas depois de ter ficado conhecendo esse encanto, essa coisa linda que é a garotinha Layssa Leal, ouvi a canção do Secos & Molhados que admiro desde muito antes de Layssa nascer, mas fazia anos que não ouvia. Continue lendo “Não tem que ser tudo essa porcaria”

O Brasil de Bolsonaro, não!

Estava pronto para começar a escrever um suelto sobre a garotinha Rayssa Leal e uma canção dos Secos & Molhados, e fui dizer isso para a Mary na sala no momento em que ela via a cerimônia do pódio em que a bandeira brasileira subia em Tóquio, junto com duas bandeiras da Grã-Bretanha, a Union Jack, pela prata de Fernando Scheffer. Continue lendo “O Brasil de Bolsonaro, não!”