aos poucos, aquietamo-nos. ele separou-se e me olhou como olharia um pai saído da lenda. eu sorri e falei:
paz, paz, Mercutio, paz.
você fala sobre o nada! Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 53”
Por Sérgio Vaz e Amigos
aos poucos, aquietamo-nos. ele separou-se e me olhou como olharia um pai saído da lenda. eu sorri e falei:
paz, paz, Mercutio, paz.
você fala sobre o nada! Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 53”
vocês sabem que hoje é o dia em que o ano velho se vai embora. e ele quer festa. festa! depois, pra ele, coitadinho, só o grande silêncio e a saudade. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 52”
estamos chegando. passamos a ponte e eu dobro à esquerda. ao virar para entrar na nossa estradinha…
pai, pai! veja! está tudo aceso! Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 51”
um abraço e um beijo.
foi tudo bem?, filho. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 50”
estive de pé, um tempo, assombrado. minha cabeça delira. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 49”
chamei-a de Morte mas acho que me enganei quando a desenhei. é a Vida. seus véus voam de leve e a coroa tem um brilho de lua. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 48”
meio que durmo, meio que devaneio… não sei se tenho febre, mas tremo por um nada. ando de cá para lá, quarto, sala, cozinha, banheiro, quero sair à rua mas trocar-se é tão demorado e eu acabo comendo uma fruta ou um pão com leite se sair à noite comerei algo, não, não sairei à noite. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 47”
me escondo na toca mais escura,
cavo meus túneis protetores,
abro janelas camufladas Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 46”
eis-me aqui, no apartamento. o menino ficou em São Paulo e eu voltei. após uma limpeza, coloquei o mínimo necessário: um colchão no chão, um chuveiro e uma tábua sobre três tijolos. sobre a tábua coloquei vasos com plantas. no chão da sala ainda uma peneira grande cheia de frutas. na cozinha foi deixado um fogãozinho de duas bocas, que funciona. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 45”
mexemo-nos na cama. o menino já deve ter dormido. num momento, meu pai rompe com o silêncio. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 44”
à noite, deitados, pergunto a meu pai:
que música pra hoje?, pai. mas o menino é mais rápido:
pai, ponha uma música… que não seja clássica.
posso escolher? Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 43”
no café, o menino:
pedi uma história de vida e você contou uma história de morte.
nada disso, mocinho. minha história é de vida. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 42”
pai, leia uma história antes de nós dormirmos. uma história de vida.
uma história? vou então ler uma que eu traduzi do Esperanto.
como se chama?
O pássaro todo maravilha. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 41”
na manhã seguinte, durante o café:
vovô, o diabo existe?
existe. diabo é o nome da burrice humana. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 40”
percebi aos poucos que nenhum de nós conseguira dormir. de vez em quando alguém se mexia. meu pai era o mais discreto. finalmente, o menino: