Jack

Jack, o Estripador, é uma boa alma. Todos admiram suas maneiras educadas, e nem falamos da destreza na faca. O apelido veio por sua habilidade de açougueiro. Não coube bem a quem se chama Antonio dos Anjos. Continue lendo “Jack”

É mole?

O problema na vida de Moleza era mais do que crise existencial. Não gostava de nada. Os pais, Moacir e Valeza (o que dera em Mo+leza), tentavam estimulá-lo a ir ao cinema… Nada conseguiam. Leitura de um livro causaria arrepios 

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Confortos na selva

Carlinhos era o aluno mais admirado da classe, por sua ousada inventiva. Textos memoráveis, que ora irritavam sua professora (e o diretor da escola), ora os deixavam surpresos e felizes. Só tinha um problema: às vezes escorregava para o absurdo.

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Coisas da Vida

O marido a deixou, sem nada. Sem dinheiro ou pensão do INSS. Foi-se, assim, sem aviso. De uma hora para outra. Ao mesmo tempo em que sofria a ida da filha mais velha para os Braços do Senhor. E, depois do marido, partia também a filha mais nova por carregar nas entranhas um câncer irrecuperável. Tudo acabou. Perdeu o ombro amigo, o colo do companheiro onde se lamentava ou chorava alegrias e os carinhos nas filhas desde sempre. Continue lendo “Coisas da Vida”

“A Arma”, de Fredric Brown

A sala estava calma na obscuridade do início da noite. O dr. James Graham, cientista chave de um projeto muito importante, estava na sua poltrona favorita, pensando. Estava tão silencioso que ele podia ouvir o virar das páginas no quarto próximo em que seu filho folheava um livro ilustrado. Continue lendo ““A Arma”, de Fredric Brown”

Caramba! Roubaram o celular

Quem passa pela Rua São Bento, onde começa a Avenida São João, no Centro de São Paulo, só precisa erguer os olhos para saber as horas. Ali, sob alto pedestal, está um antigo relógio público, com seu grande mostrador. Haverá, nos dias de hoje, quem se importe com ele? A resposta é sim! Ninguém é louco de tirar o celular do bolso para ver as horas e ser atacado por um trombadinha. Continue lendo “Caramba! Roubaram o celular”

Uma praça…

Ah, o banco de praça… Cenas que atravessam os tempos. Lá estão os velhos, sentadinhos, vendo o tempo passar. Outros, piedosos, jogam alimentos aos pombos. Um casal de namorados, uma mãe com seus filhinhos…

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O Filhote – Capítulos XXVIII até XXXI. Fim

CAPÍTULO XXVIII – “MESTRE CILÃO”, “PEDRO SOBRINHO” E “MÃO-DE-GANCHO”

Atrás de “Nhô Bá” e “Dito Nunes”, no meio de um trio seguia Marcílio dos Anjos, o “Mestre Cilão”. À sua direita, bem mais velho que ele, Pedro José de Oliveira, o lendário pescador e caçador “Pedro Sobrinho” e à sua esquerda José de Arimateia, o “Mão-de-Gancho”, conhecido por sua bondade com as crianças e famoso pelas pipas que construía para elas embora em uma das mãos, a direita, só lhe restassem o polegar e o mindinho. Continue lendo “O Filhote – Capítulos XXVIII até XXXI. Fim”