Toda vez da primeira vez de uma arrumadeira em casa, penso no destino de minha coleção de caixinhas. Se é que tenho uma coleção de caixinhas. Continue lendo “Meu segundo pensamento”
Mulher cheia de graça
Na foto, o rosto sereno de uma mulher negra, de óculos, 65 anos. Ela não esconde idade, nem sua história. Formada em filologia alemã pela Universidade de Lisboa, essa moçambicana lutou pela independência de seu país, contra o colonizador português. Continue lendo “Mulher cheia de graça”
Guinle e o tijolo
Para ser franco, acho absolutamente fascinante uma pessoa viver longos 88 anos sem nunca ter trabalhado. Principalmente se, nessa quase centenária vagabundagem, usufruiu sempre daquilo que os trabalhadores classificam como “do bom e do melhor”. Continue lendo “Guinle e o tijolo”
Carregando a vida
Talvez ela seja uma das personagens mais conhecidas por quem passa – a pé – pela Rua Augusta e suas vizinhanças. Continue lendo “Carregando a vida”
A Guerra e a Paz de Portinari
Meu primeiro contato com sua obra foi na Igrejinha da Pampulha. Seu São Francisco cercado de bichos, entre eles um cachorro, o que acendeu a ira e intolerância de Dom Cabral, bispo metropolitano de Belo Horizonte, que proibiu por muitos anos que ela fosse utilizada como templo religioso. Continue lendo “A Guerra e a Paz de Portinari”
Feliz Natal, garoto
Confesso que jamais havia escutado um assobio igual. Fino, sibilante, penetrante, nem sei direito como defini-lo. A verdade é que passei a escuta-lo em muitas manhãs perto da minha casa, vindo dos lados do Portinho, mais forte ou mais fraco, dependendo do vento. Continue lendo “Feliz Natal, garoto”
Eram muitas vezes
Era uma vez e passou tempo nenhum só uma semana eu li uma frase tão bonita não saiu do meu coração: “Era uma vez e já passou faz tempo eu fiz uma cama de caixotes de maçã e tinha sonhos perfumados toda noite”. Continue lendo “Eram muitas vezes”
Os centenários
Muita gente boa da nossa música popular nasceu em 1910. Deveríamos estar comemorando o centenário de nascimento de Cristóvão Alencar, Copinha, Claudionor Cruz, Custódio Mesquita, Vadico, Luís Barbosa, Haroldo Lobo, Adoniran Barbosa, Leny Eversong, Manezinho Araújo, Nelson Cavaquinho, Nássara, Jorge Veiga e Noel Rosa, este no dia 11 de dezembro. Continue lendo “Os centenários”
Em busca de um autor
No começo dos anos 60, numa Brasília vermelha de tanto barro, eu e ele batíamos bons papos num botequinho de vigésima categoria. O camarada, mineiro, tinha chegado à cidade como peão, pegara em enxadas e carregara pedras, porém, na época, já funcionava como mestre-de-obras. Continue lendo “Em busca de um autor”
Há oito anos
Há oito anos – desde dois mil e dois – recebo um telefonema anual. Um só, de Salvador. Em dezembro. Curtinho, combinando duas coisas. Três, quando há exagero. Continue lendo “Há oito anos”
América
Não a do sul, do norte ou central. É o time que se instalou em minha vida quando eu nem tinha nove anos e andava despreocupada meninice pelas ruas capistranas de Diamantina. Continue lendo “América”
Coisas do Mundo
De vez em quando, ao ver alguém sendo entrevistado, me imagino lá, na berlinda.
Resposta a resposta, ensaio a minha, enquanto espero a alheia. Continue lendo “Coisas do Mundo”
Dois casos d’amor
I
Quando a conheci, em 1991, no século passado, ela estava com 21 anos e não poderia haver coisa mais linda na face da terra. Como ostentava na mão direita vistosa aliança, nem foi preciso perguntar se era noiva. Continue lendo “Dois casos d’amor”
Chi-Chi-Chi-le-le-le!
No deserto do Atacama, o lugar mais seco do mundo, e um dos menos povoados, uma multidão inusitada dividiu, com grande parte do planeta, a comoção de vivenciar uma ressurreição. Continue lendo “Chi-Chi-Chi-le-le-le!”
Escrevendo o futuro
Ler, compreender, escrever. O estudante capaz de dominar esses três momentos está pronto para desenvolver com sucesso sua vida. Continue lendo “Escrevendo o futuro”
