O violonista Baden Powell, todos sabem, é um dos maiores (se não o maior) do País. É tido por muita gente boa como um dos melhores de todo o mundo. É respeitado e aplaudido aqui, e também na França, na Alemanha, na Itália. Pois, Baden Powell resolveu cantar. E o violonista genial é um péssimo cantor. Continue lendo “Os tempos em que o grande Baden tropeçava na voz”
Elis, querendo ser livre, leve e solta
Elis Regina está mudando outra vez. Está começando nova fase. É o que ela mesma diz sobre seu mais recente disco, Elis, lançado pela EMI-Odeon nas últimas semanas de 1980. O disco, diz ela, é “um grande divisor de águas”. Continue lendo “Elis, querendo ser livre, leve e solta”
Quando Milton lotou o Ibirapuera para lançar Sentinela
Nas arquibancadas, nas cadeiras numeradas e nas cadeiras da pista do ginásio do Ibirapuera, a imensa maioria das cerca de 12 mil pessoas cantava, acompanhava o ritmo da música com palmas, os braços estendidos para cima. No palco, havia uma festa de amigos. Continue lendo “Quando Milton lotou o Ibirapuera para lançar Sentinela”
Os belos versos de Chico Buarque encontram seu melhor cantor: Chico Buarque
Vida, o 14º LP de Chico Buarque de Hollanda em 16 anos de carreira, pode dar a impressão de velho. E também de ter sido elaborado e gravado apressada e desleixadamente. Continue lendo “Os belos versos de Chico Buarque encontram seu melhor cantor: Chico Buarque”
Recontando o Titanic, 17 anos antes de “Titanic”
“O ano do Titanic.” Com essas palavras impressas diariamente nos jornais, preparou-se a estréia mundial, ontem (1º de agosto de 1980), em Nova York, do filme Levantem o Titanic. Continue lendo “Recontando o Titanic, 17 anos antes de “Titanic””
Como afundou o navio que nem Deus podia afundar
O marinheiro não teve dúvidas. Quando aquela mulher – a senhora Alberta Cadwell, passageira da primeira classe, que acabara de embarcar no Titanic no porto inglês de Southamptom – perguntou se era verdade que o navio não podia mesmo afundar, ele respondeu:
– Minha senhora, nem Deus poderia afundar esse navio. Continue lendo “Como afundou o navio que nem Deus podia afundar”
Michelangelo
Quase aos gritos, eles discutem:
– Vocês, escultores, trabalham com os músculos, com a força do braço, com o suor imundo.
– Você, que diz que a pintura é mais nobre que a escultura, não sabe nada, não entende nada.
Os dois homens estão em uma das ruas de Florença, falando alto, gestos exaltados, insultos. O primeiro retruca: Continue lendo “Michelangelo”
O sucesso meteórico do Secos & Molhados
Não foi um sucesso qualquer. Foi um sucesso como nunca antes se vira, rápido, incrivelmente rápido, fulminante. Quanto é que seria possível imaginar, mesmo usando muita imaginação, que um conjunto há até pouco tempo desconhecido conseguiria bater o imbatível Roberto Carlos, até mesmo no mês de dezembro, o mês do lançamento anual do disco do então senhor e rei? Continue lendo “O sucesso meteórico do Secos & Molhados”
Luiz Gonzaga Jr., sem aplausos e sem bis
“De tanto andar na corda bamba sou equilibrista
e a platéia aplaudindo e pedindo bis.
Equilibrando a vida e a morte sou malabarista.
E a platéia aplaudindo e pedindo bis.” Continue lendo “Luiz Gonzaga Jr., sem aplausos e sem bis”
Telefone
Paulo discou o número – logo atenderam. Pediu para chamá-la – pediram-lhe para esperar.
Está bem. Continue lendo “Telefone”
Carta
Sua carta chegou hoje. Tremi ao segurar nela. Antes de ler, fiquei um tempão olhando sua letra, observando todas as formas e detalhes, procurando ver suas mãos no que elas escreveram. Continue lendo “Carta”
Mãe
O menino estava sentado na cama, seus olhos fixos num ponto qualquer do chão. A mãe entrou:
– O que está fazendo? Continue lendo “Mãe”