No self-service de Dalgas Frisch, bem-te-vi come arroz cozido na hora, com sal a gosto. Tico-tico prefere alpiste, e dispensa o pão (que afinal é comida de pardal). E sabiá fica no arroz, mas não rejeita uma boa fruta. Continue lendo “Self-service vipíssimo”
Assim na padaria como no céu
O peito de peru na chapa ganhou os ares! Ainda deve haver padarias de bairro em que o freguês, com dinheiro curto, achega-se ao balcão e pede o sanduíche. O balconista repete a ordem ao chapeiro, vibrante: “Sai um peito de peru na chapa”. Continue lendo “Assim na padaria como no céu”
Volume morto
Em benefício do fígado e do bolso, a lei seca baixou aqui em casa nas segundas e terças. No resto da semana, tomamos os drinques regimentais, em um happy hour tardio. Continue lendo “Volume morto”
O mistério do sofá
Nem Freud explica o sofá. É verdade que o negócio dele era divã. Mas a moderna psicanálise poderia pelo menos nos dizer por que mulheres gostam tanto de sofá. Continue lendo “O mistério do sofá”
O céu é dos drones
Há alguma coisa no ar além dos aviões de carreira. Sim, são muitas e se chamam drones. Voam para executar missões de guerra, ou entregar pizza, com a vantagem de que o piloto fica em terra. Continue lendo “O céu é dos drones”
Família de mudança implora para que levem
Família de mudança vende. Vende, cede, doa, dá, implora para que levem. Só com a casa vendida, e um apartamento em vista, nos demos conta do volume de tranqueiras que havíamos acumulado durante décadas, amorosamente, para enfeitar o nosso lar… Continue lendo “Família de mudança implora para que levem”
O abelhudo
Era tão abelhudo que aparecia como papagaio de pirata em selfies. Pessoa sem tato. Recentemente, começou a falar, entre um grupo de amigos, sobre a seca no reservatório da Cantareira. A eles se junta, em dado momento, um senhor muito idoso. E o sujeito ficou falando em volume morto na frente do velhinho. Continue lendo “O abelhudo”
Regras para tornar civilizado o esporte bretão
Ah, se eu tivesse um cargo de mando nas decisões do futebol. Acabaria com a grosseria e a deslealdade criminosas que se vê nos campos, e está aí o Neymar como prova do que há. Continue lendo “Regras para tornar civilizado o esporte bretão”
Comidinhas caseiras
Em pleno transe da Copa, vem um sujeito (este seu criado) falar em… comidinhas caseiras. Assunto descansado, mas como absorvê-lo na atmosfera de conflito e luta que está no ar? Continue lendo “Comidinhas caseiras”
Boas piadas no país da Copa
Anunciamos a chegada do vôo 746 vindo de Recife. A aeronave já está posicionada no finger 4 do terminal 2. Informamos que o sistema automático de processamento depositará as bagagens no receptor 16, em dez minutos. Continue lendo “Boas piadas no país da Copa”
Gabo
O caixão com o corpo do Gabriel García Márquez teve que ser levado na mão, por trezentos metros. Vencida mais ou menos a metade, um homem que segurava uma das seis alças (parece que era o Vargas Llosa) sentiu-se mal e teve que desistir. Continue lendo “Gabo”
O primeiro Código de Postura que vingou em São Paulo
Chegou à Câmara Municipal de São Paulo, por estes dias, o Plano Diretor que vai ditar rigorosas normas para o crescimento da cidade, a serem dribladas nos próximos 16 anos. No fim dos anos de 1800, quando o primeiro código surgiu, desobedecer era perigoso. Dava até cadeia. Continue lendo “O primeiro Código de Postura que vingou em São Paulo”
O Ernesto nos convidou
RSVP caiu de moda, mas ainda há gente que manda recados em seus convites para festa. Falo isso pensando no Ernesto, pessoa peculiaríssima. Em um bar com os amigos, enquanto todos puxavam seu smartfone, sacou uma calculadora. Continue lendo “O Ernesto nos convidou”
Historinhas de redação (17): o grande Cláudio Abramo
Uma historinha de redação que não é divertida, mas quero contar para lembrar a figura do Cláudio Abramo. Foi um grande diretor de redação, na Folha e no Estado, na época dos jornais em preto-e-branco. Continue lendo “Historinhas de redação (17): o grande Cláudio Abramo”
Leia a matéria abaixo
Renato Pompeu devia estar mesmo muito doente, pois anteontem, sábado, queixou-se a um amigo que não tinha vontade de ler. Renato Pompeu dedicou sua vida ao jornalismo, a ler e escrever. Publicou 22 livros, e resenhou um número incontável de obras. À noite passou mal. Continue lendo “Leia a matéria abaixo”