Quando os Repórteres Usavam Revólveres (4)

Os tacos do piso que cobriam as salas, na Delegacia de Homicídios, estalavam à medida que se andava neles. Muitos estavam soltos. Na sala de Maurício Castilho, o barulhinho irritante não cessava. O delegado andava de um lado para o outro.

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Quando os Repórteres Usavam Revólveres (3)

O que acontece na sala de imprensa? A barulheira das máquinas de escrever cessou. Foi-se o burburinho das conversas cruzadas sobre as cabeças. Os olhares desfocam as laudas; transferem-se para a porta. Aqui, emoldurada pelos batentes, está uma deusa.

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Quando os Repórteres Usavam Revólveres (2)

Um filete de sangue escorreu sob a porta de um apartamento, num prédio muito falado no bas-fonds. O risco vermelho avançou cinco centímetros pelo corredor do terceiro andar. Era um sinal tão pequeno que demorou muito para ser notado.

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Quando os Repórteres Usavam Revólveres (1)

Rago está muito à vontade, neste fim de noite. As pernas cruzadas em cima da mesa. O corpo, jogado de tal forma para trás que a cadeira, sob impacto, apoia-se em dois pés. A única luz acesa coa claridade para um jornal, que tem à frente dos olhos. Manchete velha: SANGUE NA BOCA DO LIXO. A esta hora havia sangue novo em outra parte da cidade. Sabia muito bem disso. Continue lendo “Quando os Repórteres Usavam Revólveres (1)”

Matar ou Morrer, Sem Lei e Sem Alma

(Som de banjo.) Kid Cunha, o perigoso, o tiro mais rápido do Centro Oeste, não faz perguntas. Atira. Abateu o homem que ousou cruzar seu caminho, um imprudente china chamado Glia, com tiros que ricochetearam por todos os lados. Uma bala nada perdida feriu de morte a dona do saloon, e provocou baixas nos frequentadores mais próximos, os que mamavam no balcão. Continue lendo “Matar ou Morrer, Sem Lei e Sem Alma”

Velhos lobos do mar

Até hoje não sei bem como vim parar no Refúgio dos Velhos Camaradas. Buscava apenas um lugar para descansar minha velhice longe das tormentas da cidade. O lugar pareceu simpático; acho que o nome me atraiu. Apenas dois prédios, um voltado para o outro. Continue lendo “Velhos lobos do mar”