Era tão abelhudo que aparecia como papagaio de pirata em selfies. Pessoa sem tato. Recentemente, começou a falar, entre um grupo de amigos, sobre a seca no reservatório da Cantareira. A eles se junta, em dado momento, um senhor muito idoso. E o sujeito ficou falando em volume morto na frente do velhinho.
Foi à festa de aniversário de um menino, filho do vizinho. Chope, salgadinhos, bolo. O salão decorado com bexigas coloridas. No fim da festa, o pai do aniversariante diz: “Bem, estava bom mas acabou. Vamos esvaziar as bexigas”. O pentelho: “Vou primeiro”. E correu para o banheiro.
No dia de seu aniversário foi pior. Ligou para casa. A mulher, nem tchuns. Ele: “Amor, esqueceu que dia é hoje?”. Ela: “Ah, é. Mas não vai dar para fazer nada. Fim de semana a gente come uma pizza”. Naquele exato momento teve o lampejo genial. Ia levar pizza para casa, e gozar a mulher.
À noite, estacionou o carro no jardim. Tirou a roupa. Ficou só de meia. Colocou na boca uma língua de sogra. Na cabeça, um cocar de índio. Na mão esquerda, a pizza. Na direita, um reco-reco.
Com dificuldade, pegou a chave de casa. Abriu a porta da sala. Ué… tudo escuro. Nesse momento os 30 convidados da festa surpresa começam a cantar o Parabéns a Você. E as luzes se acendem.
Julho de 2014
Nota: Tão delicioso quanto o texto acima foi a mensagem que Valdir me mandou junto com ele. É impossível não transcrever:
Pode bem ficar para depois dos artigos em que vocês falam mal da presidenta Dilma, que afinal de contas está forjando um novo Brasil (pobre, sem indústrias, sem futuro).E não levam em conta que o PT conquistará o governo de São Paulo, graças à ascensão firme e inabalável do companheiro Padilha-4%, o impoluto.
Os textos meios sem graça, mas a mensagem é gozadíssima, genial, Padilha o abelhudo! Boa Valdir.