Ele queria estar aqui hoje. Cercado pelos que amou. Chegou mesmo a nos pedir que o ajudássemos a chegar vivo ao dia 16 de maio de 2011. A única contribuição que poderíamos lhe dar era nossa demonstração constante de afeto e companheirismo. Era um desejo puro repleto de alegria de viver. Continue lendo “Os cem anos de meu pai”
Sonho meu
Não o da bela canção de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, mas aquele ou aqueles que nos chegam em uma madrugada fresca de outono, sem muita lógica, sem avisar. Uma cena que invade nosso sono noturno e traz lembranças de pessoas e coisas passadas, arquivadas no fundo do baú da memória. Continue lendo “Sonho meu”
Incomunicável e estrangeiro (2)
Foi um pavor, para mim, minhas primeiras horas no Rio de Janeiro. Sem o telefone e o Moleskine, não estava preocupado, pois poderia ligar para minha casa e pedir os números de algumas pessoas que eu deveria encontrar naquele dia. Fui lá para isso. Continue lendo “Incomunicável e estrangeiro (2)”
Incomunicável e estrangeiro (1)
Há muitos anos viajo levando meu Moleskine, simpática caderneta que a Maria mineira, que foi morar em Portugal, me deu de presente. Desde aquele dia, qualquer que fosse o tamanho da viagem, o livrinho de capa preta me acompanhou. Continue lendo “Incomunicável e estrangeiro (1)”
O púcaro búlgaro e a cultura
Nunca quis matar nenhuma velhinha. Mesmo assim, lembro-me até hoje do impacto que foi ler, em minha adolescência, Crime e Castigo, de Dostoiévski. O drama de Raskolnikov, um jovem que assassina a troco de nada, motivou o escritor russo a escrever um romance que é uma viagem através da alma humana. Continue lendo “O púcaro búlgaro e a cultura”
Nos tempos da Luluzinha
Toda quarta-feira o menino descia de sua casa, lá no alto, ao lado da Grupiara, em direção ao centro, onde se localizava a maioria do comércio. A Grupiara é um monte, em frente à praça de esportes, onde se colhiam os mal cheirosos frutos de jatobá que caíam de árvores enormes. Continue lendo “Nos tempos da Luluzinha”
Na Igreja do Carmo
Chegar a Diamantina é sempre um prazer. Muitas recordações de festa e amizade, lembranças que vão até a comemoração de meus cinco anos, data em que bebi, pela primeira vez, um guaraná quase gelado, resultado das pedras de chuva que caíram no quintal e foram recolhidas em uma bacia. Geladeira era algo, para mim, inexistente. Continue lendo “Na Igreja do Carmo”
Ontem, hoje, amanhã
Meu pai faria cem anos no próximo 16 de maio. Ele queria chegar lá, ao centenário, para comemorar com os seus. Amou a vida integralmente e dizia, Bebel é quem lembra, que a simples presença de uma garrafa de champagne, mesmo fechada, já era um convite para festa. Continue lendo “Ontem, hoje, amanhã”
Thelma
A internet, para quem sabe procurar, reserva surpresas, achados e lembranças. Mas é preciso ter muita ciência, para não cair nessa tsunami de informações excessivas, muitas vezes inúteis e mentirosas. Continue lendo “Thelma”
Depois daquele beijo
Essa a tradução brasileira do título do filme Blow up, de Antonioni. Mas a história de um beijo, que eu vou aqui contar, é singela e bela como são todos os amores. Não guarda conexão alguma com ampliações de fotos tiradas, na ficção, em um parque londrino. Continue lendo “Depois daquele beijo”
Lixo e flores
O Carnaval vinha chegando, mas os pequenos acontecimentos não paravam de preencher os dias de quem abandonou o ofício de folião. Na manhã de quinta-feira, acordo com o barulho de ferramentas do outro lado da encruzilhada/praça de meu bairro. Continue lendo “Lixo e flores”
A Prefeitura mente e me agride
Minha caixa de correios não é lixo. Mas não posso impedir que alguém, da rua, jogue nela suas impropriedades. Foi o que alguém, não sei quem é, porque não assinou seu nome e apenas rubricou com um garrancho, fazendo crer que é funcionário da Prefeitura de minha cidade, jogasse um “papelixo”, um auto de suposta infração cometida por mim. Continue lendo “A Prefeitura mente e me agride”
O perigo está por perto
Ele chega todas as noites por volta das dez e começa a remexer no lixo que as pessoas continuam jogando no passeio da esquina em frente. Junta todos os plásticos que encontra, mais alguns objetos inflamáveis, e põe fogo. Continue lendo “O perigo está por perto”
Filme preferido
Recebi do Bob Tostes, amigo que engrandece esta nossa cidade, um pedido e dois presentes. Os presentes são dois CDs que ele criou em parceria com Marcelo Gaz: Horizonte, que ele deve lançar brevemente, e Suspense (the short night). Continue lendo “Filme preferido”
Mineiro moderno
A internet é uma revolução nas comunicações do mundo e seus avanços não param de deslumbrar as pessoas. Não se sabe onde vai dar esse fluxo que muitos pensam que será contínuo. Continue lendo “Mineiro moderno”