A música popular brasileira é uma coisa tão absolutamente rica, ampla, multifacetada, poderosa e, ao mesmo tempo, o Brasil é tão doido, que um compositor brilhante, genial, respeitado desde o primeiro momento pelos grandes e pela crítica, consegue a proeza de ficar conhecido como o mais maldito dos malditos. Continue lendo “Walter Franco, o zen irrequieto”
Não é o Chico que compõe
Bilhete ao editor:
Servaz, estava este seu companheiro de tantas lutas e tantos assombros almoçando com um grupo de pessoas, quando a conversa se volta para a decisão de Bolsonaro de não assinar o diploma do Prêmio Camões concedido ao Chico Buarque. Continue lendo “Não é o Chico que compõe”
Tudo vai mal
Em 1971, Roberto Carlos e Gal Costa gravaram “Como 2 e 2”, uma das canções mais desesperadamente tristes da música brasileira. Continue lendo “Tudo vai mal”
Antônimos, opostos, antípodas
Gosto de antônimos, de palavras antípodas, de jogos de palavras que são o contrário de sinônimos. Continue lendo “Antônimos, opostos, antípodas”
Ouvir aquelas canções com O Bom e Velho
Minha filha não gosta do Roberto. É um ponto fora da curva, como se diz hoje em dia, porque ela gosta de praticamente tudo de que a mãe dela gostava e de que eu gosto. Continue lendo “Ouvir aquelas canções com O Bom e Velho”
Disco-voador na Benedito Calixto
Na Praça Benedito Calixto, onde ficava, no subsolo de uma loja, o pequenino teatro Lira Paulistana – o palco do que veio a ser conhecido como a Vanguarda Paulista, onde surgiram para o Brasil o grupo Rumo, o Premeditando o Breque que iria virar Premê, Itamar Assunção, Arrigo Barnabé, o Paranga, Passoca – deve ter pousado um disco-voador. Continue lendo “Disco-voador na Benedito Calixto”
Maravilhosa Doris
Há quem menospreze Doris Day. Em especial quem conhece pouco ou quase nada de sua longa, extraordinária carreira, tanto na música quanto no cinema. Em especial entre aquelas pessoas de narizinho empinado que dizem adorar “cinema de arte” e detestar “cinema americano”. Continue lendo “Maravilhosa Doris”
Os discos sem discos
Ouvi hoje pela primeira vez, ainda bem rapidamente, Roberta cantando Gil e Diana cantando Neil, e me peguei fazendo duas perguntas: Continue lendo “Os discos sem discos”
Canção boa não morre no ar
Há canções que não duram mais que a gota de orvalho numa pétala em flor: brilham, depois de leve oscilam e caem como uma lágrima de amor – mas de um amor um tanto chinfrim, rastaquera, nada parecido com o grande amor. Continue lendo “Canção boa não morre no ar”
Ná tem na voz um show
Ná Ozzetti escolheu o Sesc Pompéia para apresentar, em duas noites, as de sábado, 9, e domingo, 10 de fevereiro, o show em que comemora 40 anos de carreira. Não poderia mesmo ser outro lugar: Ná Ozzetti e o teatro do Sesc Pompéia combinam perfeitamente, como feijão com arroz, goiabada e queijo. Continue lendo “Ná tem na voz um show”
Os versos mais exagerados
Adoro os exageros. Não propriamente os materiais, os físicos, tipo soco demais, tiro demais – mas os que não ferem ninguém, a não ser os cultores do pouco, do mínimo. Continue lendo “Os versos mais exagerados”
Legrand, as mulheres, as paixões
A música de Michel Legrand, para mim, está associada a duas das melhores coisas da vida: a beleza das mulheres e a deliciosa dor que é a gente se apaixonar perdidamente. Continue lendo “Legrand, as mulheres, as paixões”
Roberto é Brasil
Roberto é a cara do Brasil. A cara bonita de um Brasil bonito. Continue lendo “Roberto é Brasil”
Ângela
No começo dos anos 90, Ângela Maria estava em um período longe dos holofotes. Lucy Dias quis entrevistá-la para a Marie Claire, que, esta sim, estava no auge do brilho, nova, inovadora, com uma redação de mulheres tão talentosas quanto aguerridas, sob o comando de Regina Lemos. Continue lendo “Ângela”
Canções em Brasileiro
Sessenta anos de bossa-nova! Invejo os amigos pelas boas lembranças que devem ter daquela época. Pena que eu era muito jovenzito, não vivi aquele tempo. Continue lendo “Canções em Brasileiro”