Talvez ela seja uma das personagens mais conhecidas por quem passa – a pé – pela Rua Augusta e suas vizinhanças. Continue lendo “Carregando a vida”
A Guerra e a Paz de Portinari
Meu primeiro contato com sua obra foi na Igrejinha da Pampulha. Seu São Francisco cercado de bichos, entre eles um cachorro, o que acendeu a ira e intolerância de Dom Cabral, bispo metropolitano de Belo Horizonte, que proibiu por muitos anos que ela fosse utilizada como templo religioso. Continue lendo “A Guerra e a Paz de Portinari”
Feliz Natal, garoto
Confesso que jamais havia escutado um assobio igual. Fino, sibilante, penetrante, nem sei direito como defini-lo. A verdade é que passei a escuta-lo em muitas manhãs perto da minha casa, vindo dos lados do Portinho, mais forte ou mais fraco, dependendo do vento. Continue lendo “Feliz Natal, garoto”
Eram muitas vezes
Era uma vez e passou tempo nenhum só uma semana eu li uma frase tão bonita não saiu do meu coração: “Era uma vez e já passou faz tempo eu fiz uma cama de caixotes de maçã e tinha sonhos perfumados toda noite”. Continue lendo “Eram muitas vezes”
Os centenários
Muita gente boa da nossa música popular nasceu em 1910. Deveríamos estar comemorando o centenário de nascimento de Cristóvão Alencar, Copinha, Claudionor Cruz, Custódio Mesquita, Vadico, Luís Barbosa, Haroldo Lobo, Adoniran Barbosa, Leny Eversong, Manezinho Araújo, Nelson Cavaquinho, Nássara, Jorge Veiga e Noel Rosa, este no dia 11 de dezembro. Continue lendo “Os centenários”
Em busca de um autor
No começo dos anos 60, numa Brasília vermelha de tanto barro, eu e ele batíamos bons papos num botequinho de vigésima categoria. O camarada, mineiro, tinha chegado à cidade como peão, pegara em enxadas e carregara pedras, porém, na época, já funcionava como mestre-de-obras. Continue lendo “Em busca de um autor”
Há oito anos
Há oito anos – desde dois mil e dois – recebo um telefonema anual. Um só, de Salvador. Em dezembro. Curtinho, combinando duas coisas. Três, quando há exagero. Continue lendo “Há oito anos”
América
Não a do sul, do norte ou central. É o time que se instalou em minha vida quando eu nem tinha nove anos e andava despreocupada meninice pelas ruas capistranas de Diamantina. Continue lendo “América”
Coisas do Mundo
De vez em quando, ao ver alguém sendo entrevistado, me imagino lá, na berlinda.
Resposta a resposta, ensaio a minha, enquanto espero a alheia. Continue lendo “Coisas do Mundo”
Dois casos d’amor
I
Quando a conheci, em 1991, no século passado, ela estava com 21 anos e não poderia haver coisa mais linda na face da terra. Como ostentava na mão direita vistosa aliança, nem foi preciso perguntar se era noiva. Continue lendo “Dois casos d’amor”
Chi-Chi-Chi-le-le-le!
No deserto do Atacama, o lugar mais seco do mundo, e um dos menos povoados, uma multidão inusitada dividiu, com grande parte do planeta, a comoção de vivenciar uma ressurreição. Continue lendo “Chi-Chi-Chi-le-le-le!”
Escrevendo o futuro
Ler, compreender, escrever. O estudante capaz de dominar esses três momentos está pronto para desenvolver com sucesso sua vida. Continue lendo “Escrevendo o futuro”
É duro brincar nos tempos do politicamente correto
Politicamente correto, na época de Monteiro Lobato, era um deputado, um senador, que agia com correção. Hoje, é uma forma de patrulhamento à lupa de impropriedades existentes, ou supostas, nas manifestações humanas. Continue lendo “É duro brincar nos tempos do politicamente correto”
Relíquia
Madrugada, casa dormindo, quase silêncio – apenas a suavidade da voz de Joan Baez evocando os anos sessenta –, hora de escrever a crônica semanal. Continue lendo “Relíquia”
Infâncias
Carlos Drummond de Andrade disse que não sabia que sua história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. É comum poetas poetarem sobre sua infância, eles que sonham a vida inteira como se meninos fossem. Continue lendo “Infâncias”