Um show para a História

Foi o mais fantástico, importante, impactante, histórico, sensacional acontecimento da música pop do mundo desde o Live Aid – os dois concertos simultâneos em Londres e na Filadélfia reunindo todos, todos os grandes grupos e artistas dos países de língua inglesa, no dia 13 de julho de 1985, para arrecadar dinheiro para ajudar as vítimas da fome na África. Continue lendo “Um show para a História”

José Mário Branco

Foi paixão daquelas imediatas, à primeira vista (no caso, à primeira audição). Paixão forte, poderosa. Ouvia as canções de Zé Mário sem parar, de novo, de novo, e de novo de novo. A abertura do disco – ruídos de uma estação de trem, que se ligava à primeira música, “Cantiga para pedir dois tostões”. Continue lendo “José Mário Branco”

Walter Franco, o zen irrequieto

A música popular brasileira é uma coisa tão absolutamente rica, ampla, multifacetada, poderosa e, ao mesmo tempo, o Brasil é tão doido, que um compositor brilhante, genial, respeitado desde o primeiro momento pelos grandes e pela crítica, consegue a proeza de ficar conhecido como o mais maldito dos malditos. Continue lendo “Walter Franco, o zen irrequieto”

Meu primeiro som

Tive meu primeiro som, som mesmo, de verdade, aos 23 anos de idade – e os primeiros discos que comprei para ouvir nele foram Peter, de 1971, o primeiro álbum solo de Peter Yarrow, que era solo mas tinha Paul e Mary cantando com ele, e Come From the Shadows, de 1972, o primeiro de Joan Baez para sua nova gravadora, a A&M. Continue lendo “Meu primeiro som”

Back in the USSR

As coisas da cabeça da gente. Outro dia me ocorreu, e ficou pipocando na minha cabeça, como é inteligente, gostosa, irônica, bem humorada, bem feita, bem sacada, a letra de “Back in the USSR”. Continue lendo “Back in the USSR”

Belíssima Carly

Em 2005, o ano em que fez 60 anos, linda, forte, poderosa, após vencer um câncer, Carly Simon resolveu dar um tempo como compositora e fazer um disco só de covers, de canções dos outros. Gravou então Moonlight Serenade – como o nome indica, uma coletânea de clássicos, de standards da Grande Música Americana. Continue lendo “Belíssima Carly”

Torto feito faca

Dizem que a vida imita a arte. No caso de Belchior, a constatação foi sempre um vaticínio. Basta um conhecimento mínimo de sua obra musical para que o exegeta encontre algum verso que tenha sido transformado em ação durante, logo ou após ter sido concebido e musicado. Continue lendo “Torto feito faca”

Belchior

Belchior não chegou sozinho ao palco da música brasileira. Bem ao contrário. Veio ao mesmo tempo que um bando de outros compositores e cantores: Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Raimundo Fagner, Ednardo, Walter Franco, Gonzaguinha, Luiz Melodia. Continue lendo “Belchior”