Há um ano, o Brasil estava sem rumo e à beira do precipício. Pagávamos o preço do voluntarismo, do intervencionismo e dirigismo estatal, frutos de uma loucura chamada “nova matriz econômica”. Mambembe, o país se equilibrava sobre o tripé da insanidade: inflação alta, recessão e juros estratosféricos. Continue lendo “Adeus à insanidade”
O dique do Rio Sena
A onda nacional-populista que ameaçava se espraiar pelo velho continente com a força de um tsunami encontrou seu dique de contenção às margens do Rio Sena. A vitória consagradora de Emmanuel Macron afasta, por pelo menos cinco anos, o fantasma de o extremismo xenófobo e racista levar a Europa a ingressar nas trevas de uma nova idade média. Continue lendo “O dique do Rio Sena”
Esqueçam o que defendi
No início dos anos 80 nascia no ABC paulista o chamado sindicalismo combativo, tendo como bandeiras a modernização das relações de trabalho por meio de livres negociações entre patrões e trabalhadores e o fim da unicidade sindical – apenas um sindicato por categoria em uma mesma base territorial – com a consequente adesão do país à Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho, consagradora do princípio do pluralismo sindical. Continue lendo “Esqueçam o que defendi”
As veias abertas da social-democracia
As urnas francesas deixaram expostas as vísceras da social-democracia européia, mergulhada na sua maior crise pós Segunda Guerra Mundial. Por mais de 60 anos, os social-democratas foram hegemônicos no seio da velha classe operária e erigiram-se em poder graças à idéia-força do binômio igualdade-liberdade. Agora, estão sendo desidratados à direita e à esquerda. Continue lendo “As veias abertas da social-democracia”
A bomba mãe e a lanterna de Diógenes
A mãe de todas as bombas – a delação da Odebrecht – gerou a maior escuridão na vida política nacional desde o advento da República. Nela, todos os gatos parecem ser pardos, embora haja matizes de cinza entre eles. Continue lendo “A bomba mãe e a lanterna de Diógenes”
Educação: a segunda revolução
O Brasil dá, finalmente, passos significativos para deixar de ser retardatário na educação e pôr um pé no século XXI. Com a definição de uma base curricular comum para todas as escolas do país, criam-se as condições para que todos os fatores do sistema educacional estejam alinhados. Se o currículo vai mudar, a formação dos professores e o sistema de avaliação deverão acompanhar esse movimento. Essa é a chave para o sucesso. Continue lendo “Educação: a segunda revolução”
Reforma em dois tempos
Se a política é a arte do possível, como afirmava Otto Von Bismarck, se faz necessário convergir para uma reforma política consistente e palatável à opinião pública, para que não se aprofunde mais ainda o fosso entre a sociedade e seus representantes. O desafio é dar passos na direção de uma reforma capaz de contribuir para a superação da gravíssima crise de representação. Continue lendo “Reforma em dois tempos”
Nas mãos da França
Sessenta anos após o Tratado de Roma – embrião da União Européia, com um mercado de 500 milhões de pessoas que uniu rivais históricos e construiu a paz entre os países membros -, joga-se na França o destino do bloco. Continue lendo “Nas mãos da França”
Expediente de ocasião
Em meio à renúncia de Jânio Quadros, em agosto de 1961, o jeitinho brasileiro levou nossas elites a adotar o sistema parlamentarista para contornar o conflito entre os militares, que não queriam a posse do vice João Goulart, e as forças perfiladas no respeito à legalidade e à Constituição. Continue lendo “Expediente de ocasião”
Anatomia de um desastre
Só agora, com a divulgação da queda do PIB de 2016, temos a verdadeira dimensão da tragédia construída ao longo dos governos Lula-Dilma, que fez a economia brasileira retroceder aos níveis de 2010, com uma queda nunca vista em nossa história. Não deixa de ter razão o jornalista Clovis Rossi ao caracterizar a queda em 10% da renda dos brasileiros e a geração de um exército de 13 milhões de desempregados como um crime de lesa pátria. Continue lendo “Anatomia de um desastre”
A mãe de todas as batalhas
Costuma-se chamar de mãe de todas as batalhas aquela determinante para o desfecho da guerra. Na batalha de Waterloo, os deuses da vitória sorriram para o Duque de Wellington, enquanto Napoleão amargou o fel da derrota. O mesmo aconteceu com os alemães em Verdun, na Primeira Guerra Mundial, e nas ruas de Stalingrado se deu a inflexão da Segunda, com a ruína de Hitler. Continue lendo “A mãe de todas as batalhas”
O legado de Serra
Pode-se indagar se a rápida passagem do senador José Serra no Ministério das Relações Exteriores deixou um legado para o seu sucessor. A resposta é sim, se for considerada a brutal inflexão da política externa brasileira sob seu comando, quando comparada à política terceiro-mundista e ideologizada da era do lulo-petismo. Continue lendo “O legado de Serra”
A economia salva
Nos últimos meses de 2016 havia um clima de baixo astral na economia, com muitos analistas vaticinando a invasão da agenda da recessão – inflação alta, aumento do desemprego e PIB em queda livre – no ano de 2017. Continue lendo “A economia salva”
Rasgaram a fantasia
A crise, por si só já suficientemente grave, está a um passo de se transformar em crise de autoridade. Continue lendo “Rasgaram a fantasia”
Conteúdo local e interesse nacional
Dois artigos – um do presidente da Petrobrás, Pedro Parente, e outro do presidente da Fiesp, Paulo Skaf – jogaram luz sobre o debate da Política de Conteúdo Local (PCL). Não se trata de uma polêmica academicista. Continue lendo “Conteúdo local e interesse nacional”