O livro de memórias de Roger Vadim é tão absolutamente repleto de casos incríveis, de incidentes espetaculares, de momentos fantásticos, que o leitor tem todo o direito de duvidar um pouco. De gritar truco! De achar que ali tem muita ficção, criada por uma cabeça especialmente imaginativa, criativa. Continue lendo “O homem que viveu com Bardot, Deneuve e Fonda”
O lugar de ser inútil
Fernando Pessoa disse que “o poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.” Manoel de Barros diz que o poeta é um vidente, vê coisas que não existem. Poeta é o sujeito que inventa. Continue lendo “O lugar de ser inútil”
O que será de Macondo?
Há dois mil anos, num vilarejo poeirento e esquecido da Palestina, chamado Nazaré, um anjo apareceu na casa de uma moça de nome Maria e anunciou-lhe que ela seria mãe, embora nunca tivesse se deitado com um homem. Continue lendo “O que será de Macondo?”
Três livros
Não alcanço as palavras justas para dizer de minha admiração pela Vera Brant, minha prima querida. Sua casa é paraíso da inteligência, sensibilidade e amizade. Recebi pelo correio seu mais recente presente, um livro com sua correspondência com Alice Brant, pseudônimo de Helena Morley, autora da obra-prima Minha vida de menina. Continue lendo “Três livros”
O ouro de Londres
A época é 1972, 1973 – eu, com 22, 23 anos, trabalhava no Jornal da Tarde, já como copy-desk, e em parte por isso tinha abandonado a ECA-USP; namorava Suely, nos casaríamos no final de 73. Ian McEwan, um ano e meio mais velho do que eu, certamente já tinha se formado, com louvor, em uma das grandes universidades inglesas. Continue lendo “O ouro de Londres”
Pérolas do Febeapá
Mexendo em meus livros, notei um volume de capa cor de abóbora, com letras pretas. Era o Febeapá, edição de 1966. Continue lendo “Pérolas do Febeapá”
Advertência: Jo Nesbø causa dependência
O escritor norueguês Jo Nesbø inicia a narrativa de O Redentor, seu romance de 2005, usando elipses e, logo em seguida, um formidável entrelaçamento de três ações paralelas, envolvendo diferentes personagens em cada uma delas. Continue lendo “Advertência: Jo Nesbø causa dependência”
pássaros poemas
Queria falar da felicidade, do desejo consciente e inconsciente de ser feliz. É algo que se traz da infância, do companheirismo com a meninada, dos jogos de rua, da molecagem diária. Quanto mais o tempo passa para mim mais me convenço de como é necessário que todos busquemos ser felizes. Continue lendo “pássaros poemas”
Strange fruit, a canção, o livro e as lições
Árvores do Sul criam estranho fruto / Sangue nas folhas / Sangue na raiz / Corpos pretos balançando na brisa do Sul.
Está sendo lançado agora no Brasil o livro que conta a história da canção que abre com esses versos. Continue lendo “Strange fruit, a canção, o livro e as lições”
Guardar ou não guardar, eis a questão
Dias atrás, decidi me desfazer da belíssima coleção Os Pensadores, que a Abril Cultural lançou nos anos 70. Continue lendo “Guardar ou não guardar, eis a questão”
Abrindo mão dos Pensadores
Estou abrindo mão de 30 volumes da coleção Os Pensadores, aquele maravilhoso trabalho da Abril Cultural, lançado originalmente nos anos 70. Continue lendo “Abrindo mão dos Pensadores”
Sobre Os Maias de Eça
Uma das muitas características fascinantes de Os Maias é a forma com que Eça de Queiróz lida com o tempo, a cronologia. Continue lendo “Sobre Os Maias de Eça”
Esperanto? Pra quê? (4) Qual é a cultura do mundo?
Você já ouviu falar em Shakespeare? Camões? Balzac? Goethe? Tagore? Garanto que já. A cultura internacional faz pipocar aqui e ali nomes que aparecem e não mais se apagam. Continue lendo “Esperanto? Pra quê? (4) Qual é a cultura do mundo?”
Um soco no estômago: “Precisamos Falar sobre o Kevin”
Lionel Shriver escreveu um thriller psicológico em que questiona o mito da maternidade, a ambivalência de uma mulher entre o casamento e a carreira e a formação de um psicopata. De forma ao mesmo tempo perturbadora e dilacerante. Continue lendo “Um soco no estômago: “Precisamos Falar sobre o Kevin””
Os poetas
Os poetas escrevem versos e os enviam aos leitores como carta de náufrago. Não têm esperança de serem muito lidos, mas almejam pelo menos a atenção dos colegas de profissão. Continue lendo “Os poetas”