Saí de casa às oito e pouco da manhã e às nove estava a bordo do Embra 45, para viajar do aeroporto da Pampulha para o Santos Dumont. Esse era um vôo bom, pois em trinta e poucos minutos desembarcávamos no Rio. Continue lendo “Há dez anos”
Relíquia sem cofrre
Passaporte vencido, lá fui eu em busca de um novo. Com preguiça, confesso.
— Acesse o site da Polícia Federal, é fácil –, disseram. Continue lendo “Relíquia sem cofrre”
Cismas e devaneios
A memória filtra o que deve ser lembrado. Ou põe fatos desagradáveis em algum escaninho tão escondido que nunca será encontrado. É defesa, sobrevivência. Melhor recordar o que de bom fizemos ou fizeram por nós, embora esses também sejam acontecimentos que podem e são esquecidos. Continue lendo “Cismas e devaneios”
O menino e o cavalo
Viver é perigoso, como disse Guimarães Rosa, mas é muito perigoso mesmo. Às vezes nos damos conta de que já vivemos um monte de dias, e queremos sempre mais, e nos lembramos de trapalhadas e estripulias em que nos metemos, saindo ilesos, ou quase, de todas. Continue lendo “O menino e o cavalo”
Trocar casa por apartamento… Brrrr!
Mulheres têm a mania de, na velhice, querer sair de sua confortável casa, com árvores e passarinhos ciscando migalhas do café da manhã, e mudar para um apartamento. A queixa, todos conhecem: a casa é muito grande, dá trabalho. Continue lendo “Trocar casa por apartamento… Brrrr!”
Livros da Fernão Dias
Algumas seis vezes por ano, quando a saudade começa a falar alto, ou quando precisam de mim – coisa rara –, tomo o rumo de Minas. Continue lendo “Livros da Fernão Dias”
Música e vida
Às vezes falta música em minhas crônicas. Não é culpa minha. A vida é que, às vezes, chega muito dura e não abre espaço para boas sonoridades. Continue lendo “Música e vida”
As preciosidades ridículas
Na saída do supermercado, com produtos espalhados em seu carrinho, a senhora olha para os companheiros de infortúnio e protesta. Continue lendo “As preciosidades ridículas”
Lucas
A vida não pára. No mês de junho eu me despedi de minha mãe com um misto de muita tristeza e um pouco de alívio. Não foi, não é mole não. Continue lendo “Lucas”
Minha foto na coluna de óbitos
Ontem abri o jornal e vi minha foto na coluna de óbitos. Estranho, pensei. Será que morri e ninguém me avisou? Pior, não percebi? Continue lendo “Minha foto na coluna de óbitos”
Mudei eu
Há algum tempo, década de noventa, publiquei, durante dez anos, sei lá quantas mil crônicas em um jornal semanal. Os assuntos, sedutores, sobravam. Continue lendo “Mudei eu”
Billy Blanco
Cresci ouvindo músicas brasileiras que entraram definitivamente em minha alma de menino e me acompanham até hoje. Canções e pessoas, naturalmente. Continue lendo “Billy Blanco”
Tristeza e desânimo
Sempre convivi bem com a tristeza, aquela interior vinda de pensamentos que nos pegam de repente, aquela melancolia que toma conta de nós, com ou sem metafísica. Um pequeno choque que nos faz refletir. Esses momentos costumam me levar à criação e à compreensão do que é humanidade, do que somos. Continue lendo “Tristeza e desânimo”
Eternidade
Passamos três dias no interior de Minas, minha irmã, meu irmão e eu. Na fazenda onde crescemos, sonhamos, aprendemos, desaprendemos. Vivemos. Continue lendo “Eternidade”
O que fica
São as lembranças, pequenas ou grandes, recentes ou longínquas, como a primeira recordação de estar vivo. Pés descalços na terra da cidadezinha que continua igual ao que era há mais de meio século. A casa de tantos meninos e meninas, cada qual nascido em um lugarejo de Minas. Continue lendo “O que fica”