O novíssimo truque de Lula

Não se deve levar a sério o que Lula diz. Fala pelos cotovelos, não raro pelos calcanhares, a exemplo da exortação para que militantes arrancassem materiais de adversários das ruas de São Bernardo. E não tem qualquer apreço pela coerência entre o que disse ontem, o que diz hoje e o que dirá amanhã. Muito menos pela verdade. Continue lendo “O novíssimo truque de Lula”

O fim do mundo

O fim do mundo, sim. O começo do mundo, o big bang ou outra hipó­tese mais mítica, pouco me inte­res­sam. Mesmo a ideia de um paraíso cheio de maçãs, uma nudez sem his­tó­ria nem pecado, e uma ser­pente a insinuar-se em con­ver­sas melo­sas, não me farão levan­tar o rabo da cadeira. Continue lendo “O fim do mundo”

O chimpanzé da minha rua

Estive na man­são de Hugh Heff­ner. Em Beverly Hills, coli­nas e flo­resta à volta, tocava-se jazz, play­ma­tes ves­ti­di­nhas, sauna esca­vada na rocha, um jar­dim zoo­ló­gico de ara­ras, mir­ra­dos maca­cos, coe­lhos e supo­nho que coe­lhi­nhas, uns des­par­da­la­dos pink flamingos. Continue lendo “O chimpanzé da minha rua”

Os tapumes de Dilma

Só insanos poderiam criticar a decisão do governo federal de reduzir o custo da energia elétrica em 16,2% para consumidores residenciais e em 28% para a indústria. Melhor seria, porém, se o anúncio não fosse usado como moeda eleitoral e as novas tarifas começassem a valer já. Continue lendo “Os tapumes de Dilma”

Dá-lhe beijos um cão

Dá-lhe bei­jos um cão e só a esse cão Boudu dá bei­jos. Como Édipo ou Ham­let, Boudu devia ser já um arqué­tipo estu­dado nas esco­las. Isto supondo que, con­ti­nu­ando a haver esco­las, nelas se estude ainda Antí­gona, as ter­rí­veis Erí­nias, o velho bode dionisíaco. Continue lendo “Dá-lhe beijos um cão”