Olhos mareados, voz embargada, choro. Não fosse um rol de deslavadas mentiras, o discurso de José Sarney na última sessão em que presidiu o Senado seria de fazer orgulho. A ele, ao Parlamento, ao País. Continue lendo “Aprendiz de Sarney”
Quosque tandem?
Meu baú de esperança parece não ter fundo. Por mais que os fatos insistam em jogar baldes e baldes de água fria em minhas crenças eu, teimoso, costumo agir como diz a minha letra de “Coração Civil”: “se o poeta é o que sonha o que vai ser real, bom sonhar coisas boas que o homem faz e esperar pelos frutos no quintal”. Continue lendo “Quosque tandem?”
Noites de ponta e mola
A ponta e mola brilhou numa noite dos meus 14 anos. Voltei a vê-la em The Outsiders e Rumble Fish de Francis Coppola, filmes que depois me mostraram o espectáculo da morte a que aos 14 anos não assisti. Mas conto.
Nós destruímos o Parlamento
1988:
Ulysses Guimarães. Mário Covas. André Franco Montoro. Continue lendo “Nós destruímos o Parlamento”
Quantas palavras são necessárias para um bom entendimento?
Se o ouvinte ou leitor for inteligente e de boa fé, basta meia palavra ou até somente uma sílaba.
Se ele for pouco inteligente, mas de boa fé, com paciência e calma um bom amigo ou um professor dedicado conseguirá que ele compreenda o que lê ou ouve. Continue lendo “Quantas palavras são necessárias para um bom entendimento?”
O espírito do tempo
Assombrados, vemos um senador que foi obrigado a deixar a presidência do Senado por ligações suspeitas com empreiteiras e por uso de notas fiscais falsas voltando à presidência do Senado. Continue lendo “O espírito do tempo”
Más notícias do país de Dilma (84)
Nos últimos sete dias, o Brasil ficou sabendo, por exemplo, que, mesmo com as incríveis, fantásticas manobras contábeis, as contas públicas tiveram o segundo pior resultado da história em 2012; as empresas estatais federais encerraram o ano investindo R$ 7,7 bilhões a menos do que poderiam; a Previdência fechou 2012 com déficit de mais de R$ 42 bilhões, 9% a mais que em 2011. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (84)”
Um partido para Marina chamar de seu
Marina Silva é igual a Gilberto Kassab. Pode, à primeira vista, não parecer: ela tem uma história de vida respeitabilíssima, um passado glorioso. Mas Marina, hoje, é igual a Kassab. Continue lendo “Um partido para Marina chamar de seu”
garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 13
13. Joaninhas, brincadeiras, diversões, raios de luz nunca apagados
Dalton Trevisan, no conto O Espião, escreve que aquelas meninas nunca sorriam. Mentira! Acho que é mentira! A alma da criança não é uma corda eternamente esticada. Há de haver, aqui e ali, longe da palmatória e logo depois da comida, momentos fugazes em que a canção suba, o sorriso brote, o brinquedo distraia. Continue lendo “garças e abutres chegados da terra do urubu-rei. capítulo 13”
Supremo forte
Os Poderes são três, mas só um tem a força das armas e o controle efetivo da execução orçamentária. Será esta a origem da surpresa pública ao um deles se pronunciar de forma independente nos dias de hoje? Continue lendo “Supremo forte”
Eterna Mestra
Impossível escrever sobre a Magda sem voltar a 1962, em Belo Horizonte. À Rua Carangola, que abrigava o prédio grande e moderno da FAFICH e, pertinho, o pequeno e antigo, do Colégio de Aplicação. Continue lendo “Eterna Mestra”
Candidatos demais, idéias de menos
A 21 meses da eleição presidencial, a disputa de 2014 já turva o debate político. Chega antes da hora e, de novo, com viés atravessado. Seja qual partido for, fala-se de candidatos e candidaturas, mas não há uma citação sobre ideias, ou, minimamente, sobre o que pensam para o País, se é que pensam. Continue lendo “Candidatos demais, idéias de menos”
O primeiro mês
Em janeiro, a cidade não parece a mesma dos outros meses. Tempo de férias para alguns, é hora de ir para as praias, esticar as pernas na areia, sem lenço, horário ou documento. Os mineiros assumem o controle do litoral brasileiro, com sua graça, sua descontração, sua fome de aproveitar tudo o que merecem. Continue lendo “O primeiro mês”
A esplêndida luz do mal
Jurei que John Wayne era o meu único herói. Protestos de fidelidade cheiram sempre a mentira. Tenho tantos, mais heróis, que imagino só meus. Como Lord Jim que se refez herói carregando às costas um fardo de negra culpa. Continue lendo “A esplêndida luz do mal”
No 130º aniversário do filho de Gepetto
É injustiça não haver em todo o Brasil nem uma estátua em homenagem a Pinóquio. Ele é, queiramos ou não, um de nossos Pais da Pátria. Continue lendo “No 130º aniversário do filho de Gepetto”