O pupilo

Com ajuda escancarada da propaganda oficial do Planalto, a máquina eleitoral do PT começa a ajustar o foco na cidade de São Paulo, onde o ex-presidente Lula quer eleger prefeito o seu mais novo protegido, o ministro da Educação Fernando Haddad. Continue lendo “O pupilo”

Para trás é que se anda

Encontros com presidentes das grandes potências e um discurso na Assembleia Geral da ONU que, se não foi marcante ou inovador, teve mais elogios que críticas. Se os dias de Nova York foram dourados para Dilma, o mesmo não se pode dizer para o país que ela governa. Por aqui, andou-se a passos largos rumo ao atraso, muito mais perto do quinto que do primeiro mundo. Continue lendo “Para trás é que se anda”

Gente de bem

Exatamente um ano atrás, Erenice Guerra, amiga do peito e sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil, deixava o Palácio do Planalto sob a acusação de tráfico de influência. Fechava, assim, o ciclo de dois mandatos do presidente Lula – um governo que pode se gabar de ser o protagonista do maior e mais sofisticado esquema de corrupção já engendrado no país. Continue lendo “Gente de bem”

Extraléxico

Rapinar, furtar, afanar, depenar, escorchar, saquear, pilhar, surrupiar, bifar, gualdripar, suquir. A língua portuguesa é farta em definições para o verbo roubar. Há palavras para todo tipo de ladroagem. Roubar gado é abigear; furto de coisa pequena é sisar, carchear é rapar o adversário morto em batalha. Roubo pode ser estruncho, ranfo, gaziva. Continue lendo “Extraléxico”

Sanatório geral

A Operação Voucher desencadeada pela Polícia Federal no Ministério do Turismo fez mais do que trazer à tona outro escândalo escabroso, desta vez com gravações que ensinam a roubar sem deixar vestígios e quase quatro dezenas de presos. Foi exemplar para ilustrar a balbúrdia que se instalou no país. Continue lendo “Sanatório geral”

Contas com o diabo

Discreta e austera. Até os 100 primeiros dias de governo, esses eram os adjetivos mais freqüentes para definir Dilma Rousseff. Em contraponto com o ex, alguns louvavam a sua assiduidade ao local de trabalho, sua competência gerencial. Embora seja um passado recentíssimo, a presidente já poderia dizer: bons tempos aqueles. Continue lendo “Contas com o diabo”

Política Técnica

Toda vez que dirigentes públicos são flagrados na boca da botija lambendo o mel que não lhes pertence, insiste-se na falácia da opção por quadros técnicos em detrimento dos políticos. Quando agem como gafanhotos famintos então, o tecnicismo vira solução única. Continue lendo “Política Técnica”

O joio

É tiro e queda. Basta a presidente Dilma Rousseff aparecer bem no filme para que o ex apronte das suas, na tentativa de roubar os holofotes para si. Possivelmente não o faz de propósito. É uma espécie de doença, vício, algo incontrolável. E aí não importa se auxilia ou prejudica a sua pupila, se lhe ofusca o brilho. Continue lendo “O joio”

Cria cuervos

Em março de 2008, no Complexo do Alemão, no Rio, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva criava o título de mãe do PAC para a sua ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. “É ela que cuida, cobra, vê o andamento das coisas.” Continue lendo “Cria cuervos”

De rabo preso

Corrupção não é exclusividade deste governo e muito menos do Brasil. Existe desde sempre em qualquer parte do mundo. Rouba-se menos na Dinamarca ou na Finlândia, mas rouba-se. Continue lendo “De rabo preso”

Mexer para não mexer

O desinteresse absoluto da maior parte dos congressistas em mudar qualquer coisa que não seja em proveito próprio parece indicar que, mais uma vez, a reforma política acabará sendo apenas um amontoado de mexidinhas, ora com um, ora outro tempero, para fazer um refogado insosso. E nem de longe servirá para corrigir as mazelas do atual sistema político.  Continue lendo “Mexer para não mexer”