Sanatório geral

A Operação Voucher desencadeada pela Polícia Federal no Ministério do Turismo fez mais do que trazer à tona outro escândalo escabroso, desta vez com gravações que ensinam a roubar sem deixar vestígios e quase quatro dezenas de presos. Foi exemplar para ilustrar a balbúrdia que se instalou no país. Continue lendo “Sanatório geral”

Contas com o diabo

Discreta e austera. Até os 100 primeiros dias de governo, esses eram os adjetivos mais freqüentes para definir Dilma Rousseff. Em contraponto com o ex, alguns louvavam a sua assiduidade ao local de trabalho, sua competência gerencial. Embora seja um passado recentíssimo, a presidente já poderia dizer: bons tempos aqueles. Continue lendo “Contas com o diabo”

Política Técnica

Toda vez que dirigentes públicos são flagrados na boca da botija lambendo o mel que não lhes pertence, insiste-se na falácia da opção por quadros técnicos em detrimento dos políticos. Quando agem como gafanhotos famintos então, o tecnicismo vira solução única. Continue lendo “Política Técnica”

O joio

É tiro e queda. Basta a presidente Dilma Rousseff aparecer bem no filme para que o ex apronte das suas, na tentativa de roubar os holofotes para si. Possivelmente não o faz de propósito. É uma espécie de doença, vício, algo incontrolável. E aí não importa se auxilia ou prejudica a sua pupila, se lhe ofusca o brilho. Continue lendo “O joio”

Cria cuervos

Em março de 2008, no Complexo do Alemão, no Rio, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva criava o título de mãe do PAC para a sua ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. “É ela que cuida, cobra, vê o andamento das coisas.” Continue lendo “Cria cuervos”

De rabo preso

Corrupção não é exclusividade deste governo e muito menos do Brasil. Existe desde sempre em qualquer parte do mundo. Rouba-se menos na Dinamarca ou na Finlândia, mas rouba-se. Continue lendo “De rabo preso”

Mexer para não mexer

O desinteresse absoluto da maior parte dos congressistas em mudar qualquer coisa que não seja em proveito próprio parece indicar que, mais uma vez, a reforma política acabará sendo apenas um amontoado de mexidinhas, ora com um, ora outro tempero, para fazer um refogado insosso. E nem de longe servirá para corrigir as mazelas do atual sistema político.  Continue lendo “Mexer para não mexer”

Os segredos de Sarney e Collor

Então está tudo certo. Não passou de mais um mal entendido da série de incompreensões que insiste em perturbar os primeiros meses do governo Dilma Rousseff. A presidente, que antes não queria, depois queria, e agora não quer de novo, enterrou de vez essa história de sigilo eterno para documentos ultra-secretos. Continue lendo “Os segredos de Sarney e Collor”

Segredos e pecados

Sigilo. Essa é a palavra da semana, do mês. Na verdade, uma das prediletas dos governos Lula e Dilma, e dos petistas. Eles mesmos, aqueles que outrora, antes das alegrias e agruras do poder, defendiam transparência e – pasmem – decência na coisa pública. Continue lendo “Segredos e pecados”

Operação salva-Dilma

Depois de exposta como inapetente para as coisas da política e ser colocada em xeque até pelo seu inventor, a presidente Dilma Rousseff emergiu da asfixia que paralisou o governo por quase um mês. E veio à tona sem as máscaras que vestira na campanha eleitoral. Continue lendo “Operação salva-Dilma”

Ibaretama é o Brasil

Encravada no sertão de Quixeramobim, a pequena Ibaretama assistiu na semana que passou à prisão por corrupção de 20 servidores públicos, nove deles vereadores – cinco da situação e quatro da oposição – que recebiam propinas mensais há dois anos. Continue lendo “Ibaretama é o Brasil”

Os donos da crise

Um dia depois de o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), afirmar que o Congresso “corre risco quando o governo perde”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Brasília aludindo à possibilidade de “crise institucional de consequências imprevisíveis”. Continue lendo “Os donos da crise”

Ente que mente

Avalista da estabilidade econômica nos primeiros anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Antonio Palocci sempre foi mais bem quisto pelo capital do que por boa parte de seus companheiros de legenda. Chegou a ser acusado de neoliberal, o que até 2002 era pecado imperdoável dentro das hostes petistas, pelo menos da boca para fora. Continue lendo “Ente que mente”