Divisor de águas

A disputa presidencial vai esquentar e será inescapável aos presidenciáveis se posicionar sobre duas grandes questões que tendem a conformar os campos no grande embate nacional. O primeiro deles diz respeito ao modelo a ser seguido para o Brasil alcançar o crescimento sustentado e o segundo se refere ao enfrentamento da iniquidade social. Continue lendo “Divisor de águas”

A turma da carroceria

Leonel Brizola costumava dividir seus aliados entre os que iam na carroceria do seu caminhão e os privilegiados que tinham direito de ir na boléia. Esses eram os aliados históricos com os quais dizia ter afinidade ideológica. Os outros eram companheiros de viagem que poderiam ser espirrados do caminhão quando essa aliança fosse um estorvo. Continue lendo “A turma da carroceria”

Frente Ampla do Populismo

Pedro Parente tinha tudo para ser uma unanimidade nacional. Antes de sua gestão, a Petrobrás ocupava as páginas policiais. Parente herdou uma dívida de R$ 450 bilhões, a maior dívida corporativa do mundo no setor do petróleo. A estatal monopolista vinha de dois anos sucessivos de prejuízo e sua dívida era quase cinco vezes superior à sua geração de caixa quando o recomendável é que seja no máximo de duas vezes. Continue lendo “Frente Ampla do Populismo”

Ciro, paz e amor?

Escaldado por suas derrotas anteriores, Ciro Gomes procura dar copy-paste no “Lulinha, paz e amor”. É como se o espírito do Lula-2002 tivesse baixado no presidenciável do PDT, tal a semelhança entre a estratégia cirista e a de Lula na sua primeira vitória para presidente. Continue lendo “Ciro, paz e amor?”

Cara nova, roupa velha

Em Cuba os sobreviventes da geração da Sierra Maestra – da qual restaram as figuras legendárias de Raul Castro e Ramiro Valdez – dão lugar a uma nova nomenclatura formada no aparato do estado e do Partido Comunista. A face mais visível da troca de guarda é o novo presidente cubano, Miguel Dias-Canel, 58 anos, “eleito” pela Assembléia Nacional por 603 votos entre 604. Provavelmente, só ele se absteve na votação, um gesto de modéstia que Josef Stalin também praticava quando era eleito com 99,99% dos votos dos membros do soviete supremo. Continue lendo “Cara nova, roupa velha”

Candidatura sitiada

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin saiu das eleições municipais em 2016 com enorme cacife eleitoral, tendo à frente uma larga avenida para construir sua pretensão presidencial. Está confinado, agora, em um círculo de giz, não ultrapassando a casa de 8% nas pesquisas, como revelou o Datafolha. Pior: está estagnado nesse patamar há meses e vê concorrentes avançarem em redutos nos quais o PSDB sempre foi bem votado. Continue lendo “Candidatura sitiada”

Lula conduz o PT ao matadouro

A sorte do Partido dos Trabalhadores sempre esteve atrelada a Lula. Estabeleceu-se entre os dois uma relação de dependência, em que, erigido a semideus, o caudilho pensava e decidia por todos. Se no passado a lulo-dependência deu bons frutos, agora pode levar o PT ao isolamento político e eleitoral se for para valer a decisão de sua executiva de Lula ser o candidato “em qualquer circunstância”. Continue lendo “Lula conduz o PT ao matadouro”

Convém levar Bolsonaro a sério

Nem mesmo o mais arguto dos analistas imaginava um ano atrás que Jair Messias Bolsonaro chegaria em março na condição de pole position nas pesquisas, na hipótese provável de a foto de Lula não estar na urna eletrônica. O senso comum era a decantação natural do candidato da extrema direita, assim que Lula ficasse inelegível pela lei da Ficha Limpa. Continue lendo “Convém levar Bolsonaro a sério”