Eis que o poeta me chega pelas mãos de uma leitora. Consolo para esses dias em que me debruço sobre o que se passa no mundo. Diante de ditadores de toda espécie, sempre odiosos, o povo do Oriente se levanta em rebelião. Os ditadores sempre caem, mas deixam em seu rastro uma multidão de oprimidos pela violência e a miséria. Continue lendo “O Egito, a poesia e a menina”
Férias de verão
Abro as janelas para o sol entrar. A cidade, depois de um bocado de chuva, amanheceu luminosa. Essa é uma época em que a maioria viaja, pois é tempo de férias escolares, e a gente que permanece em casa fica torcendo para que todos cheguem bem. Que aproveitem as praias, as fazendas, e descansem para o ano que se inicia. Continue lendo “Férias de verão”
Alguma poesia
Mês de janeiro, ótima ocasião para um passeio às livrarias, principalmente aquelas que não se dedicam apenas aos sucessos comerciais, aos mais vendidos e procurados. Continue lendo “Alguma poesia”
Revendo um velho amigo
Estava de bobeira na esquina de um shopping, depois de dar uma olhada nas prateleiras de uma livraria e não me interessar por nada, quando ouço meu nome. Volto e dou de cara com a simpatia absoluta, o jeito de sempre, do Paulinho, movendo-se com naturalidade a bordo de uma cadeira de rodas. Continue lendo “Revendo um velho amigo”
O mundo das mulheres
Encontro na banca de jornais a reedição de um exemplar raro da revista Realidade. Era uma edição toda dedicada à mulher brasileira, proibida pela censura e recolhida em todas as cidades do país. Continue lendo “O mundo das mulheres”
Mulher cheia de graça
Na foto, o rosto sereno de uma mulher negra, de óculos, 65 anos. Ela não esconde idade, nem sua história. Formada em filologia alemã pela Universidade de Lisboa, essa moçambicana lutou pela independência de seu país, contra o colonizador português. Continue lendo “Mulher cheia de graça”
A Guerra e a Paz de Portinari
Meu primeiro contato com sua obra foi na Igrejinha da Pampulha. Seu São Francisco cercado de bichos, entre eles um cachorro, o que acendeu a ira e intolerância de Dom Cabral, bispo metropolitano de Belo Horizonte, que proibiu por muitos anos que ela fosse utilizada como templo religioso. Continue lendo “A Guerra e a Paz de Portinari”
Os centenários
Muita gente boa da nossa música popular nasceu em 1910. Deveríamos estar comemorando o centenário de nascimento de Cristóvão Alencar, Copinha, Claudionor Cruz, Custódio Mesquita, Vadico, Luís Barbosa, Haroldo Lobo, Adoniran Barbosa, Leny Eversong, Manezinho Araújo, Nelson Cavaquinho, Nássara, Jorge Veiga e Noel Rosa, este no dia 11 de dezembro. Continue lendo “Os centenários”
América
Não a do sul, do norte ou central. É o time que se instalou em minha vida quando eu nem tinha nove anos e andava despreocupada meninice pelas ruas capistranas de Diamantina. Continue lendo “América”
Escrevendo o futuro
Ler, compreender, escrever. O estudante capaz de dominar esses três momentos está pronto para desenvolver com sucesso sua vida. Continue lendo “Escrevendo o futuro”
Infâncias
Carlos Drummond de Andrade disse que não sabia que sua história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. É comum poetas poetarem sobre sua infância, eles que sonham a vida inteira como se meninos fossem. Continue lendo “Infâncias”
Já não se olha para o céu
Menino, no interior, eu sabia dos rumos das nuvens, suas formas e presságios. Mas era na noite que eu dirigia meu olhar para o alto, buscando estrelas e lua. Continue lendo “Já não se olha para o céu”
Conversa de mineiros
Para encerrar uma semana de muitas viagens e aeroportos, chego no fim da noite em casa, tomo um banho renovador e entro debaixo das cobertas para umas horas de descanso. Continue lendo “Conversa de mineiros”
Segredos
Em pouco mais de 24 horas, me contaram dois segredos. Notícias boas, uma vinda do Rio e a outra contada por um grande amigo, na mesa de um bar, em frente a dois copos de cerveja. Continue lendo “Segredos”
Num dia de nuvens
Na segunda-feira, no meio de um feriadão, quando muita gente foi para o litoral ou para o interior, medito diante de um céu nublado que pode, ou não, trazer chuva. O que fazer nessa manhã, enquanto aguardo a hora de buscar a neta e passar um dia feliz com ela? Continue lendo “Num dia de nuvens”