O idoso se desculpa por dar tratos à bola e tentar fazer graça com assunto sério, como a pandemia e a outra praga que assola o País. É preciso preencher o tempo…
País estranho, este. Em plena pandemia, um general assume o Ministério da Saúde e preenche os cargos com militares. Se tivermos uma guerra, o que acontecerá? Um médico vai comandar o Exército, e atacar o inimigo com pelotões de enfermeiros, assistentes de enfermagem, socorristas?
É preciso todo cuidado para a liberação dos jogos de futebol, mesmo sem torcida. Li que os jogadores vão receber instruções para não comemorar gol, etc.. Da minha parte, tenho uma sugestão para garantia total de que não haja risco. Proibir o uso de bola.
O Ministério da Saúde lançou um documento técnico apócrifo sobre o uso da tubaína, digo, cloroquina no tratamento de doentes com o coronavírus. Logo recolheu a peça, e lançou outra, agora com informações mais detalhadas e assinaturas de responsáveis. Pensou-se também em pedir para o Ministério da Educação que revisasse o texto. A ideia foi abandonada quando o próprio ministro Weintraub ofereceu-se para a tarefa.
Esse pessoal não aprende. Regina (rainha, na origem latina) Duarte foi coroada secretária da Cultura com muita festa, e deu no que deu. O próximo candidato, se for aceito, pode ter seu destino escrito no nome. Mário Frias.
O Bolsonaro que se reuniu por videoconferência com os governadores não lembrou em nada aquele dos palavrões no encontro de ministros que incluiu Moro. Ou o que destratou esses mesmos governadores nas últimas semanas. Desta vez, mostrou-se comportado e prometeu assinar (finalmente) o socorro aos Estados. Pergunta que fica no ar é: qual dos dois vai aparecer no habitual weekend show de fim de semana?
Enem, partidas de futebol com torcida, eleições – há condições de liberar antes de que haja inteira segurança de que o perigo passou? Olho nos apressadinhos…
Maio de 2020
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