A presidente Dilma Rousseff está muda. O ex Lula, idem. Há mais de um mês nenhum deles dá um pio. Receio de cobranças sobre a adoção de medidas econômicas ortodoxas, que contrariam o que foi dito em campanha? Difícil crer. Continue lendo “Mudos”
O Cristo redentor de Pasolini
Era eu. Numa mão um livro, na outra uma metralhadora Vigneron. O livro era pequeno e vermelho. Boa para a guerrilha urbana, a metralhadora fora recuperada à FNLA, diziam-me os camaradas. Nunca a disparei, se me desculpam começar a crónica com um anticlímax. Continue lendo “O Cristo redentor de Pasolini”
O sorriso do doutor Levy
Em ‘Torresmo à Milanesa’, Adoniran e Carlinhos Vergueiro falam de dois operários que na hora do rango pegam suas marmitas e sentam num canto para comer e “conversar sobre isso e aquilo, coisas que nóis não entende nada…” Continue lendo “O sorriso do doutor Levy”
Espelho, espelho meu: que PT sou eu?
O PT está vivendo uma aguda crise existencial e procura, dentro de sua própria psique, a verdadeira identidade que o trouxe até aqui, ao início de seu quarto mandato consecutivo no comando do Poder Executivo. Continue lendo “Espelho, espelho meu: que PT sou eu?”
Longe de Davos, perto de Evo
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, desembarca esta semana em Davos, na Suíça, com a tarefa de convencer a elite da economia mundial que o Brasil, agora, entrará nos eixos. Continue lendo “Longe de Davos, perto de Evo”
Aproveitemos para caçar ursos
Era homem para dobrar a natureza. E mulheres, dizem. Mesmo que só o tenham amado metade das que amou, ou com quem se deitou, já daria para fazer um gracioso cordão humano à volta dos estúdios da Fox ou da Warner. Continue lendo “Aproveitemos para caçar ursos”
O Brasil, um viveiro de aloprados
Ontem, aqui neste Blog do Noblat onde faço minha pós-graduação, li dois artigos que se entrechocavam. O Papa Francisco, que anda tão preocupado em aumentar a audiência da Igreja Católica que às vezes exagera em bonomia e simpatia, disse “Se meu bom amigo, o doutor Gasparri, xingar minha mãe, pode esperar que levará um soco. É normal”. Continue lendo “O Brasil, um viveiro de aloprados”
O limite da liberdade de expressão
Quando alguém começa a colocar aspas antes e depois de liberdade de expressão é porque alguma coisa está errada. Continue lendo “O limite da liberdade de expressão”
Saem os bilhões, voltam os centavos
Começou de novo. E, um ano e meio depois das manifestações que sacudiram o país em junho de 2013, governo algum tem noção do que fazer com isso. Muito menos como coibir o vandalismo, o desrespeito com a coletividade, o quebra-quebra. Tudo do mesmo jeitinho: uns poucos provocam, incendeiam lixo, estraçalham vitrines, forçam a reação da polícia, que, como patinho, cai na provocação, arreganha o cassetete, lança gás e atira balas de borracha na turba. Prende e depois solta. Continue lendo “Saem os bilhões, voltam os centavos”
A malcasada
Na América pode haver quem diga: “Estou a pensar em Mel Brooks.” Do Atlântico para cá, a ninguém passa pela cabeça pensar em Mel Brooks. Esclareço os mais novos: é um produtor e realizador mediano. Os seus filmes mais célebres são as comédias The Producers, Young Frankenstein e Silent Movie. Continue lendo “A malcasada”
Eu sou Charlie
Extremistas odeiam a liberdade de expressão. Odeiam jornalistas e é por isso que tantos foram assassinados recentemente. Odeiam pessoas que fazem perguntas, desafiam a autoridade e usam o humor em vez de metralhadoras e facas. (Joan Smith, The Guardian, 7/1/2015.) Continue lendo “Eu sou Charlie”
Até o pescoço, pela liberdade
“Estamos em guerra. Até o pescoço. O Exército Islâmico é o novo nazismo. Quer dominar o mundo, como quando eu era pequeno e vivia sob bombardeio.” Continue lendo “Até o pescoço, pela liberdade”
Novo mandato de Dilma nasce velho
Nas crises alguns governantes se agigantam e entram para a história, como foi o caso de Churchill na Segunda Guerra Mundial. Diante do risco de o Império Britânico desaparecer do mapa, o então Primeiro Ministro disse a verdade a seu povo: “Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, suor e lágrimas. Temos perante nós uma dura provação (…) muitos e longos meses de luta e sofrimento”. Continue lendo “Novo mandato de Dilma nasce velho”
Dilma não corta nem faz bainha
Dilma Rousseff inaugurou o 13º ano de governo petista com o mesmo de sempre: discurso recheado de generalidades, fantasias fabulosas, autoelogios e um amontoado de mentiras. Algumas de descaramento espantoso. Continue lendo “Dilma não corta nem faz bainha”
Das artimanhas do diabo à tosse que não houve
Já sabíamos que o mundo gira e a Lusitana roda. Mas a esse ponto? Quem diria que dona Dilma e o pequeno caporal teriam algo em comum? Pois não é que ambos se coroaram? Napoleão tirou a coroa da mão do Papa Pio VII e a colocou na cabeça. Dona Dilma pegou a faixa e a vestiu com o mesmo garbo do Imperador. Continue lendo “Das artimanhas do diabo à tosse que não houve”