Existe um mundo em que, em uma floresta maravilhosa, por onde passeia um riacho que vai descansar em um lago onde cintilam estrelas, vivem os homens-livros. Lá estão Madame Bovary, Ulysses, Lolita, Dom Quixote, Peter Pan, Narizinho e todos – todos – os seus amigos. Eles passeiam, por toda a floresta, contando suas histórias. A floresta é uma enorme, interminável biblioteca que anda e fala. Continue lendo “O Kindle, o iPad e o Google”
Artimanha de aposentado
Claudião, o robusto Claudião, é aposentado e mora aqui no meu bairro. Fenômeno típico da realidade brasileira, conseguiu parar de trabalhar aos 45 anos e agora, aos 50, leva um vidaço. Continue lendo “Artimanha de aposentado”
Tancredo
Gosto de ler dicionários, e em especial um, o etimológico de nomes, de Antenor Nascentes. Ele me ajuda muito. Não sou muito chegado a crendices horoscópicas e afins, mas isso nada tem a ver com minhas observações. Continue lendo “Tancredo”
Matrifusia
Segunda-feira, meio da tarde, chave na porta a caminho do trabalho, calor dos últimos tempos – insuportável -, o telefone chama. Continue lendo “Matrifusia”
Ágata
Ágata me contou que veio para esta cidadezinha da Ilha do Marajó faz algumas semanas, e que ainda vai ficar alguns meses. Ela trabalha numa repartição do governo que tem escritório aqui, e está cobrindo o período de licença de uma colega. Continue lendo “Ágata”
Ah, o glamour
Pequenas crônicas que escrevi para meus amigos, em julho de 2009, acrescidas das duas que vão no pé. Continue lendo “Ah, o glamour”
Os pequenos e os grandes
Os acontecimentos me aborrecem, já dizia o poeta. Então eu me transporto para um tempo distante, em que a vida, entre o acordar e o dormir, fluía naturalmente como um rio. Não havia essa inflação de informação irritante, esse desfile de mentira dos poderosos do momento. Continue lendo “Os pequenos e os grandes”
A gente adora essa cama
Há dezenove anos, publiquei, em um jornal de Belo Horizonte, uma crônica que – pensei – retratava momentos do cotidiano familiar. Recebi, de uma especialista em Educação, uma carta indignada, me acusando de deseducar meus filhos e de influenciar leitores e leitoras –sobretudo leitoras – de famílias bem formadas que porventura me lessem. Tanto tempo depois, insisto. Na crônica e no cotidiano. Continue lendo “A gente adora essa cama”
A sabedoria chinesa
Igual a muitas outras pessoas, não estou imune à mítica que se criou em torno da sabedoria chinesa. Muito disso se deve a livros e revistas, mas foi no cinema que o mito se cristalizou. Continue lendo “A sabedoria chinesa”
Bastião
O cientista político, no meio à descrição da vida de determinado governante brasileiro, lembra sua lutas nos bastiões da esquerda. Pronto, é hora de mudar de leitura. Certas palavras têm o poder de me afugentar. Continue lendo “Bastião”
The best of the worst
Para não servir gato por lebre, informo que este artigo resulta de experiências vividas em restaurantes médios da cidade, e em viagens. Aos freqüentadores dos Jardins, serve apenas como curiosidade. Continue lendo “The best of the worst”
A caneta do Oscarito
Se gostasse de exatidões, eu diria que há dezenove anos, em 1991, dediquei esta crônica a minha irmã mais nova, evocando nossas histórias de crianças. Tempos depois – 1997 – aos 51 anos, ela se foi para sempre. Sobramos, a crônica e eu. Continue lendo “A caneta do Oscarito”
A mulher de Errol Flynn
Recebo aqui em Campinas e-mail do jornalista José Leal Paes, hoje morando em Belém do Pará após trabalhar durante bons anos no Estadão. Sua mensagem não poderia ser mais sucinta, apesar do enorme significado. Dizia, apenas: “Morreu ontem, no bairro do Guamá, a mulher do Errol Flynn”. Continue lendo “A mulher de Errol Flynn”
O lixo
O caminhão que recolhe o lixo passa cedo. Para dormir um pouco mais, coloco na rua, de véspera, o saco com as sobras produzidas nos últimos três dias. Constato que ele está pesando uma enormidade. Continue lendo “O lixo”
Tudo com H…
Tenho um irmão chamado Juarez, que tem um empregado chamado Nico.
Na fazenda São Bento, onde os dois moram, e onde o Nico nasceu e cresceu, de vez em quando acontece: depois de nove meses de prenhez, uma novilha tem a primeira cria. Continue lendo “Tudo com H…”
