Tudo com H…

Tenho um irmão chamado Juarez, que tem um empregado chamado Nico.

Na fazenda São Bento, onde os dois moram, e onde o Nico nasceu e cresceu, de vez em quando acontece: depois de nove meses de prenhez, uma novilha tem a primeira cria. Continue lendo “Tudo com H…”

A Cadeira do Visconde

Só bem olhando é que se percebia que aquela não era uma cadeira comum. Tinha o encosto alto, e, tanto quanto o assento, era revestido com veludo verde-musgo. Os braços e detalhes do espaldar do móvel revelavam artísticos trabalhos. Flores, pequenas flores em relevo. Continue lendo “A Cadeira do Visconde”

Minha cidade em dois tempos

Era um simples vilarejo onde alguns moravam e outros passavam. Era um vale ao pé da montanha, a Serra do Curral. Desenharam aqui a capital republicana, cidade planejada, sonhada para ser perfeita. Operários a construíram: paredes, casas, ruas e avenidas. E foram morar na periferia. Funcionários públicos ocuparam os lugares nobres. Continue lendo “Minha cidade em dois tempos”

Uma canção de Chico, outra também

Há alguns meses – setembro, outubro – um e-mail de Leonel Prata me contava que ele estava trabalhando na edição de um livro sobre a obra do Chico. O Buarque, é bom que se esclareça. Afinal, convivemos com Chicos e mais Chicos, todos merecidamente conhecidos. Continue lendo “Uma canção de Chico, outra também”

O dia em que Lana Turner se apaixonou por um piloto brasileiro

Durante a Segunda Guerra, os grandes astros de Hollywood dos anos 30 e 40 costumavam visitar as bases americanas espalhadas pelo mundo. Chegavam discretamente em vôos especiais das Forças Armadas americanas, faziam o que tinham que fazer e, discretamente, iam embora. Segundo a crença geral, o moral dos soldados crescia com a simples aparição dos artistas. Continue lendo “O dia em que Lana Turner se apaixonou por um piloto brasileiro”

As águas rolaram

Num concurso para ver quem bebia mais cachaça e não caísse, o meu querido amigo era um David diante de um Golias. Um gringo pra lá de forte, musculoso, largo e alto era seu adversário. Uma potência em deglutir destilados. Continue lendo “As águas rolaram”

Fim de férias

Fico igual barata tonta, rodando em volta da estante de livros, querendo garimpar, no meio dos poetas que me cercam, idéias que me iluminem nesse momento noturno em que os fiéis já deixaram a igreja, agora em silêncio, e a noite desce tranquila sobre os nossos ombros. Continue lendo “Fim de férias”

O mistério de Villa-Lobos

No dia 17 de novembro passado, fez 50 anos que Heitor Villa-Lobos morreu. Tido como o maior compositor brasileiro de todos os tempos, muito já foi escrito sobre ele, até um filme contando sua saga resvalou pelas telas. Porém, por incrível que pareça, a maior parte das mais de 1.000 obras que deixou permanece desconhecida para muita gente, com efeitos mais danosos para seus cultores, naturalmente. Continue lendo “O mistério de Villa-Lobos”

As barreiras

Caem barreiras, mas não aquelas que isolam e dividem as pessoas, as dos preconceitos e das intolerâncias. Caem barreiras de barro, de terra, que matam pessoas felizes a festejar um novo ano. O que une o que se passa na Ilha Grande e outros lugares do Brasil e o livro/disco primoroso que ouço e leio no primeiro dia de 2010? Continue lendo “As barreiras”