Vacas fardadas

 Depois dos últimos acontecimentos, sou obrigado a admitir que a Polícia Federal não quer mesmo que eu fique de férias. Outra vez tenho que interrompê-las para não perder o que pode ser o capítulo final da novela golpista, lançada com a reeleição da Dilma, em 2014, e consumada com seu impeachment, dois anos depois. Continue lendo “Vacas fardadas”

Matou a Família e Foi ao Cinema!

Lendo as notícias da semana, me veio logo à mente esse filme de 1969, dirigido por Júlio Bressane.

“Matou a Família e Foi ao Cinema” conta a história de um jovem carioca de classe média baixa que assassina os pais a punhaladas e sai de casa em seguida pra assistir ao filme “Perdidos de Amor”.  Continue lendo “Matou a Família e Foi ao Cinema!”

Pescarias

Todo mundo sabe que pai Jair gosta de pescar. Gosta tanto que foi autuado e multado por fiscal do Ibama em Angra dos Reis por estar pescando em águas proibidas, reservada à reprodução da fauna e flora marinhas. Tempos depois, já entronado na Presidência da República, o protoditador demitiu o fiscal e em seguida, em mais uma vingancinha infantil, desmantelou o Ibama de norte a sul do Brasil.  Continue lendo “Pescarias”

Sossego!

Chega um dia em que algumas pessoas que moram nas cidades grandes, ou mais ou menos grandes, têm seu momento de stress e começam a pensar em morar no campo pra fugir do trânsito, dos escapamentos turbinados, dos motoboys que vão se esgueirando entre os carros tocando a buzina nas orelhas dos motoristas, enfim…

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Notícia: o crime da mala

No texto anterior, este que vos escreve citou rapidamente o nariz de cera, prática usada nos jornais de há muitas décadas. Era uma espécie de preâmbulo, que antecedia a notícia propriamente dita. Agora, para melhor entendimento, reproduzo trecho da primeira página de O Estado de S. Paulo na edição de 9 de outubro de 1928. Continue lendo “Notícia: o crime da mala”

Agradáveis locais de trabalho

Nariz de cera (texto com obviedades que no século passado abria as notícias dos jornais):

O conforto no trabalho, tão desfrutável nos dias de hoje, não era possível em outros tempos porque dependia-se da papelada. E esta, documentos, ofícios, correspondência, notas fiscais, achava-se guardada nas gavetas dos portentosos arquivos de aço e outros meios físicos. A informática facilitou tanto as coisas, que, hoje, até mesmo as mesas de escritório e as salas de reunião estão ficando dispensáveis.

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Um cão bem-falante

Terminado o almoço, peguei um cafezinho, sentei-me na poltrona, liguei a televisão… e não houve tempo para mais nada. A campainha do portão da rua soou. Ora, quem viria incomodar um pacato idoso em uma hora destas? Espiei pelo olho mágico (o visor da porta da rua), e não vi ninguém. Havia ali apenas um cachorro. Essa criançada apronta, pensei.

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