Leila e Milton se gostavam, eram amigos. Me lembrei disso no final do dia em que ela faria 80 anos. Não sei onde li sobre isso, e não interessa. O fato é que eram amigos, no Rio de Janeiro em que viviam os dois, a niteroiense da classe 1945 e o carioca da Tijuca mineiro de criação e coração da classe 1942. Continue lendo “Leila”
Cacá Diegues
“Quando começamos, tínhamos 18 ou 20 anos, e éramos modestíssimos, queríamos mudar a história do cinema brasileiro, a história do cinema mundial e se possível todo o planeta.” Continue lendo “Cacá Diegues”
Um presente, uma surpresa, uma coisa fantástica
“Em janeiro de 1954 minha avó chegou com uma revista e me disse; – ‘Olha o que eu encontrei na banca de jornal. Vai sair todo mês e eu vou comprar para você.’ Era o primeiro exemplar da revista CINELÂNDIA, com a Terry Moore na cada, de rabo de cavalo, shortinho e blusa xadrez amarrada na cintura. Depois de uns meses, a edição passou a ser quinzenal e a promessa continuou até o último exemplar, em meados de 62! Continue lendo “Um presente, uma surpresa, uma coisa fantástica”
Marianne Faithfull
A garotinha linda demais, mais bela que qualquer boneca Barbie, que cantava com a voz mais doce do mundo “As tears go by” e “Scaborough Fair”, me deixou profundamente impressionado quando a vi madura, depois de muita história, muita droga, muita barra, fazendo aquele papel impressionante em Irina Palm (2007). Meu, que coragem! Continue lendo “Marianne Faithfull”
No tempo em que a menina Fernanda conquistou Cannes
O texto abaixo foi publicado no número 91 da revista Afinal, com data de capa 27 de maio de 1986. Era assinado por Sérgio Vaz, com Luci Vasconcelos.
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Um monumento. Ah, mas era de direita!
Para Monsieur le Président de la République Française, Alain Delon “desempenhou papéis lendários e fez o mundo sonhar”. “Melancólico, popular, secreto, era mais do que uma estrela: um monumento francês.” Continue lendo “Um monumento. Ah, mas era de direita!”
Aí, mocinho!!! Bang-bang!
Tenho uma fixação infantil pelos filmes de cowboy e pelos heróis do cinema americano, fantasiando e glorificando um bom trecho do século XIX em que o Oeste era ocupado. Estaria sendo civilizado, na opinião deles. Dominado, por certo. Continue lendo “Aí, mocinho!!! Bang-bang!”
And the fucking Oscar goes to…
Na cerimônia de número 94 – meu, 94! é uma história longa, uma tradição imensa! –, o Oscar teve um palavrão, algo que sempre foi absolutamente proibido, um tapa na cara de um ator em outro ator que de forma alguma estava no roteiro. Continue lendo “And the fucking Oscar goes to…”
O Encouraçado centenário – e um garotão que sabe tudo
Tenho visto no Cine Antiqua do YouTube velhos filmes de Hollywood dos anos 30 a 50, que são minha praia preferida. Gosto de todo tipo de filme, ou quase todo (quase todo, porque há os slasher, por exemplo, e aí não dá pé). Mas de fato os clássicos de Hollywood são os de que eu mais gosto, que a rigor mais me divertem. Continue lendo “O Encouraçado centenário – e um garotão que sabe tudo”
Os sites mudaram. E continuam igualinhos
Versão objetiva:
Resisti bastante, o quanto pude, à necessidade de mexer no nome dos meus sites, 50 Anos de Filmes e 50 Anos de Textos. Continue lendo “Os sites mudaram. E continuam igualinhos”
Eva Wilma
Quando Marina Person a entrevistou para fazer o documentário Person, que seria lançado em 2007, Eva Wilma sorria muito, mostrava-se feliz, ao dar seu depoimento sobre o filme São Paulo Sociedade Anônima, e sobre a aventura que foi a viagem que os três – ela, Walmor Chagas e o diretor Luís Sérgio Person – fizeram para participar do Festival dos Festivais, em Acapulco, onde a fita foi exibida e recebeu muitos elogios. Continue lendo “Eva Wilma”
Não tenho nenhuma vontade de ver Mank
Creio que, sem querer, descobri por que não estou interessado em ver Mank, esse filme que todo mundo tem adorado, incensado. Continue lendo “Não tenho nenhuma vontade de ver Mank”
Lovely Rita
Está se espalhando numa velocidade espantosa o vídeo de um número de dança de Fred Astaire e Rita Hayworth ao som de um forró. Continue lendo “Lovely Rita”
Muito, mas muito além de James Bond
Interessante, ou talvez mais apropriadamente esquisito: para mim – ao contrário do que acontece com a imensa maioria das pessoas – Sean Connery não é antes de mais nada James Bond. Continue lendo “Muito, mas muito além de James Bond”
Uma imersão no Japão profundo
Decantado como uma utopia tecnológica tendendo à perfeição, o Japão ostenta ao mundo uma falsa imagem, uma miragem de esplendor econômico a atrair mão de obra estrangeira barata e suprir a enorme carência de trabalhadores braçais. Continue lendo “Uma imersão no Japão profundo”