Em junho de 2003, o Senado rejeitou a indicação de Luiz Alfredo Salomão para a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na época, o PMDB aproveitou-se do ódio de José Sarney por Salomão, que, uma década antes, tentara quebrar o sigilo de Roseana Sarney na CPI do Orçamento, para expor suas insatisfações com o presidente Lula. Continue lendo “Arrogância e lágrimas”
O elogio da França
Quem quer ainda saber do Beaujolais nouveau? Quando é que deixámos de gostar dos franceses! Quando é que eles se tornaram impertinentes e nos começaram a chatear de morte? Continue lendo “O elogio da França”
O ministro e os militares
Lula passou oito anos no poder e teve poucos atritos com militares. Passaram pelo ministério da Defesa José Viegas Filho, o falecido vice José Alencar, Waldir Pires e Nelson Jobim, que foi o que ficou mais tempo – quatro anos – na pasta. Continue lendo “O ministro e os militares”
A saúde do governo
Com média de 5,47 no IDSUS, novo índice criado pelo governo para avaliar o Sistema Único de Saúde, o atendimento público à saúde dos brasileiros agoniza. Menos de 2% da população têm serviços avaliados acima de 7. Mais de 20% amargam o descaso absoluto. E não passam de razoável os cuidados com os 73% restantes. Bom mesmo, estamos em falta. Ótimo, nem sonhar. Continue lendo “A saúde do governo”
Dois cêntimos de infância
Num ápice, salta da eufórica multidão para o silêncio da vasta pradaria que uma desgarrada árvore não chega a interromper. Assim começa “The Lusty Men”, de Nicholas Ray. Continue lendo “Dois cêntimos de infância”
Quando o lixo é lixo
‘’’…esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo”. Continue lendo “Quando o lixo é lixo”
Feliz 2014
Carnaval festejado, a Copa do Mundo voltará ao centro das atenções. A Câmara dos Deputados deve reiniciar a apreciação da Lei Geral da Copa, com falsas polêmicas como bebida alcoólica nos estádios e meia-entrada para estudantes e idosos. Continue lendo “Feliz 2014”
As lágrimas de Fuller
Um carteirista é o seu melhor herói. Precisávamos de um herói que tivesse o orgulho que Richard Widmark tem nos seus dedos. Nem mesmo Maria João Pires tem os dedos desse herói de Samuel Fuller ou o seu profissionalismo amoral. Orgulhamo-nos demasiado das nossas paixões. Talvez devêssemos ter vaidade numa calculada frieza. Continue lendo “As lágrimas de Fuller”
Goulart revisitado
Por alguma razão desconhecida, João Goulart nunca foi considerado uma figura maiúscula ou sequer relevante na história recente do Brasil. Continue lendo “Goulart revisitado”
Samba do crioulo doido
O casamento entre a princesa Leopoldina e Tiradentes, que acaba em proclamação da escravidão – paródia do jornalista Sérgio Porto na sua genial encarnação como Stanislaw Ponte Preta – é fichinha perto da balbúrdia da política paulistana, essa sim, o expoente do samba do crioulo doido que se esparrama pelo país. Continue lendo “Samba do crioulo doido”
O horror do humano ao humano
Se o erotismo é uma forma de aristocracia, então Anatole Dauman é um príncipe da Renascença. Há duas décadas entrevistei-o neste jornal que ainda tem paciência de me acolher. Continue lendo “O horror do humano ao humano”
Lúcio Flávio e o jornalismo
Lúcio Flávio Pinto é um jornalista moderno às antigas. Não seria difícil imaginá-lo com as viseiras dos épicos jornalistas de cinema. Continue lendo “Lúcio Flávio e o jornalismo”
Já deu na vista
Useiro e vezeiro em criar versões para explicar a inexplicável virada de ponta-cabeça que deu após chegar à Presidência da República, o PT insiste na fórmula: travestir suas ações condenáveis – e até as elogiáveis, mas odiadas por alguns dos seus, como a privatização dos aeroportos – em méritos. E, faça-se justiça, operam isso com maestria. Continue lendo “Já deu na vista”
A menina dança?
Camisa e cuecas, sozinho no meio da sala, Tom Cruise, teenager inconsciente, dança o Old Time Rock n’ Roll. O filme é Risky Business que desdenhei nos idos de 80, antes dos intelectuais de Los Angeles (há intelectuais em LA!) me provarem o valor geracional da coisa. Continue lendo “A menina dança?”
Falem, que eu estou em greve
Eu, como a Polícia Militar da Bahia, me declaro em greve. Como não sou uma força armada, a minha greve, ao contrário da deles, é legal. Em vez de escrever, falar e argumentar, vou deixar que eles mesmo falem. Continue lendo “Falem, que eu estou em greve”

