No afã de abortar a urgência para a votação do projeto Ficha Limpa, aprovado a fórceps na Câmara dos Deputados sete meses e meio depois de lá ingressar por iniciativa popular, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) acabou por despir o governo do qual é líder. Continue lendo “A sociedade que se dane”
Por favor, entenda
Nos dias em que se lembraram a execução de Tiradentes, os cinqüenta anos de Brasília e os vinte e cinco da morte de Tancredo Neves, uns escritos guardados me levaram ao reencontro de mais uma personagem dessa época. Continue lendo “Por favor, entenda”
Os tempos são dunguistas
É preciso que haja um pouco de moral, grandeza e fantasia na vida, caso contrário de que valerá vivê-la? Continue lendo “Os tempos são dunguistas”
Uma onça no pomar
Nos velhos filmes de Tarzan com Johnny Weissmüller, o ruído de um hidroavião monomotor a passar sobre os domínios do Homem Macaco era, em geral, prólogo de boa aventura. Foi isso que senti anteontem quando, atento a ajeitar a linha de pesca, em busca do almoço, escutei o ronco. Continue lendo “Uma onça no pomar”
Apenas um envelope
Dois dias em São Paulo para participar de um seminário sobre propriedade intelectual. Nenhuma chuva enquanto lá estive, mas foi inevitável enfrentar o lento trânsito da cidade. Gastei quase duas horas para me encontrar com meu amigo-irmão Pelão, que me esperava com muitos chopes de vantagem. Continue lendo “Apenas um envelope”
No Brasil ninguém lê ficção brasileira
Olho, com tristeza, mas uma tristeza inominável e profunda, a lista de livros mais vendidos. Pego como referência a revista Veja de fins de abril de 2010: na ficção, lá estão os leitores brasileiros prestigiando nada menos do que 10 entre 10 estrangeiros. Continue lendo “No Brasil ninguém lê ficção brasileira”
O pianista da máquina de escrever
Jorge Sabongi foi ao escritório de uma metalúrgica pedir emprego. Com um pouco de má vontade, é verdade. Não estava interessado em trabalhar. Contava 14 anos. Seu bisavô e seu avô tinham tido escolas de datilografia. Seu pai também tinha uma. Continue lendo “O pianista da máquina de escrever”
Tortura nunca mais. Lei, sempre
A tortura é um dos crimes mais hediondos e uma das manifestações mais degradantes e covardes da natureza humana. Continue lendo “Tortura nunca mais. Lei, sempre”
Dois recados
Em 1991, segundo ano do governo Collor, eu escrevia para um jornal de Belo Horizonte. Esta crônica é daquela época. Submetida a um teste de antiguidade, penso que continua valendo nestes nossos dias atuais, com governantes polêmicos, contraditórios, nada edificantes. Continue lendo “Dois recados”
Chico, gênio da música, total nulidade em política
Então o Chico Buarque vai votar em Dilma. Opa! Mais um motivo para não votar em Dilma. Continue lendo “Chico, gênio da música, total nulidade em política”
A vida e a morte na ilha
Ora, amigos, quem imagina que numa pequena ilha na foz do Rio Amazonas que abriga apenas dois moradores não acontece quase nada, cai em ledo engano. Continue lendo “A vida e a morte na ilha”
Mais clareza por fineza
Chego cedo no trabalho
Pra poder ler meu jornal.
Procuro o noticiário,
Diz que está tudo legal. Continue lendo “Mais clareza por fineza”
Veradiamantinabrasília
Passei o final de semana em Brasília, para rever e homenagear amigos. Aquele céu azul de arrebentar que eu cantei junto com Toninho Horta estava lá. Mas o bom mesmo é saber que tenho pouso seguro e carinhoso por aquelas bandas. Continue lendo “Veradiamantinabrasília”
Os dois países de Lula
Um país está indo bem, com a cabeça no lugar.
O presidente do Banco Central, com a austeridade de um monge, preside a reunião de um comitê de sábios financeiros que aumenta, por unanimidade, em 0,75% a taxa básica de juros, porque a inflação de demanda ameaça ressuscitar o velho e aparentemente adormecido dragão da inflação. Continue lendo “Os dois países de Lula”
Historinhas de redação (2): O Cafa e a lista telefônica
O Inajar de Souza morreu jovem e hoje é nome de avenida da zona norte de São Paulo. Era pessoa amável, e se divertia fazendo o gênero cafajeste. Na redação, havia uma repórter bonita, que vestia com sobriedade, mas, obediente à moda, com a saia acima do joelho. Continue lendo “Historinhas de redação (2): O Cafa e a lista telefônica”