Deu chabu

Esperavam-se as ruas pintadas de vermelho e incendiadas, no último final de semana, depois do rufar dos tambores do ex-presidente Lula. Mais: em um partido estruturado à base da unichefia e do centralismo lulista, a expectativa era a de que todos os candidatos petistas vestissem a farda, pendurassem a estrelinha no peito e fizessem da defesa de Lula o carro-chefe de suas campanhas, particularmente em seus programas televisivos. Continue lendo “Deu chabu”

A cabra e a confiança

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O cronista Nelson Rodrigues não tem culpa nenhuma, mas a cabra vadia tomou conta de nós. Nelson teria gostado muito de Samuel Goldwyn, se o tivesse conhecido. Judeu nascido Gelbfisz na Polónia, passou a Goldfish em Inglaterra e fez-se Goldwyn e produtor em Hollywood. Ora Goldwyn não queria cá saber da cabra vadia: nunca se deixou atormentar pela dúvida que hoje nos corrói a confiança. Continue lendo “A cabra e a confiança”

Rastros do crime

Corruptores e corruptos não registram seus negócios em cartório, não emitem recibos. Tentam não deixar vestígios. Buscam o crime perfeito. Mas quando as investigações de delitos se aproximam dos que se consideram incomuns e, portanto, autorizados a surfar acima da lei, não raro eles tropeçam em suas próprias pegadas. Tornam-se vítimas de seu auto-endeusamento. Continue lendo “Rastros do crime”

Que tal concurso público para corrupto, Lula?

“A profissão mais honesta é a do político. Sabe por quê? Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua encarar o povo e pedir voto. O concursado, não. Ele se forma numa universidade, faz um concurso e está com o emprego garantido.” Continue lendo “Que tal concurso público para corrupto, Lula?”

Sandálias de pescador

Em sua primeira semana como titular, o presidente Michel Temer venceu em diversas frentes: no plano externo, na Suprema Corte e no Senado. Mas continua encalacrado com a rejeição que inspira. E para enfrentá-la sua equipe comete o mesmo erro fatal da deposta ex: abusa da soberba. Continue lendo “Sandálias de pescador”

“Disto tenho certeza: ao iniciar uma briga entre o passado e o presente, acabaremos por perder o futuro”

A reflexão que cito no título é de Sir Winston Churchill, o grande inglês que dispensa apresentações. Ele também dizia que a verdade é incontroversa: o pânico pode ofendê-la, a ignorância diminuí-la, a maldade distorcê-la, mas ao fim, lá estará ela, vitoriosa. Continue lendo ““Disto tenho certeza: ao iniciar uma briga entre o passado e o presente, acabaremos por perder o futuro””

O calcanhar de Temer

Como Aquiles, o presidente Michel Temer também tem seu calcanhar. E não é o grito de “fora Temer” que começou a ecoar nas ruas em manifestações que não devem ser subestimadas. Elas crescerão, mais ou menos, na relação direta da capacidade de o governo se embaralhar nas próprias pernas. Continue lendo “O calcanhar de Temer”

Supremo imbroglio

O país encerrou o mês de agosto com o afastamento definitivo de Dilma Rousseff e a posse do presidente Michel Temer, pondo fim a uma agonia de nove meses. Mas, diferentemente do dito popular, está longe de encerrar o desgosto.  Continue lendo “Supremo imbroglio”

Vai melhorar (13). O poço é muito fundo, mas vai melhorar.

O fundo do poço em que a incompetência, o desatino, a soberba, o voluntarismo de Dilma Rousseff enfiaram a economia brasileira é exatamente isso: fundo. Muito fundo. Quem sabe somar 1 + 1 sabe também que não será nada fácil, nem rápido, tirar a economia da recessão em que ela foi colocada. Continue lendo “Vai melhorar (13). O poço é muito fundo, mas vai melhorar.”