Um presente, uma surpresa, uma coisa fantástica

“Em janeiro de 1954 minha avó chegou com uma revista e me disse; – ‘Olha o que eu encontrei na banca de jornal. Vai sair todo mês e eu vou comprar para você.’ Era o primeiro exemplar da revista CINELÂNDIA, com a Terry Moore na cada, de rabo de cavalo, shortinho e blusa xadrez amarrada na cintura. Depois de uns meses, a edição passou a ser quinzenal e a promessa continuou até o último exemplar, em meados de 62! Continue lendo “Um presente, uma surpresa, uma coisa fantástica”

É mole?

O problema na vida de Moleza era mais do que crise existencial. Não gostava de nada. Os pais, Moacir e Valeza (o que dera em Mo+leza), tentavam estimulá-lo a ir ao cinema… Nada conseguiam. Leitura de um livro causaria arrepios 

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Um acordo de canalhas

Javier Milei deve estar enfurecido, ainda que o adjetivo passe longe do baixo calão que o presidente argentino costuma usar quando contrariado. Depois de lamber as botas de Donald Trump – na posse, antes e depois dela -, Milei viu seu ídolo escolher a Venezuela como primeiro destino externo de uma delegação oficial de seu governo, chefiada pelo líder republicano Richard Grenell. Uma traição ao único presidente sulamericano aliado de primeira hora. Continue lendo “Um acordo de canalhas”

Marianne Faithfull

A garotinha linda demais, mais bela que qualquer boneca Barbie, que cantava com a voz mais doce do mundo “As tears go by” e “Scaborough Fair”, me deixou profundamente impressionado quando a vi madura, depois de muita história, muita droga, muita barra, fazendo aquele papel impressionante em Irina Palm (2007). Meu, que coragem! Continue lendo “Marianne Faithfull”

De volta à terrinha dos canastrões

O que posso dizer é que sobrevivi e foi fantástico!

For God sake, estive livre uns bons dias do medíocre cotidiano, do prevaricou ou não prevaricou, tomou vacina ou não tomou, as joias foram presentes ou muamba, Avenida Brasil e suas balas perdidas, o Mauro Cid, o laboratório que doava HIV, do ministro apalpante, as rachadinhas, oops, esse mais parece titulo do selo Brasileirinhas, enfim… Continue lendo “De volta à terrinha dos canastrões”

Sinal vermelho para Lula

Até agora a avaliação do governo Lula expressava a divisão do país praticamente ao meio, quadro que vinha desde a eleição presidencial. Quem era eleitor de Lula avaliava positivamente o governo, aprovando seu desempenho. Quem não votou no presidente se posicionava de forma oposta, avaliando negativamente sua gestão. As oscilações, para um lado ou para o outro, aconteciam na margem de erro das pesquisas, em um quadro praticamente congelado. Continue lendo “Sinal vermelho para Lula”

A gambiarra da vez

Sem explicar como pretende agir – “nós não queremos antecipar nem especular antes de concretizar os estudos para que possam ser anunciados” -, o ministro Rui Costa, da Casa Civil, anunciou que “serão anunciadas ponto a ponto” medidas de redução de impostos para baixar o preço dos alimentos, tendo como parâmetro as cotações internacionais de produtos similares. O anúncio sem anunciar o que será anunciado traduz com clareza o improviso das ações do governo Lula, quase sempre reativas, feitas no afogadilho depois de o caldo derramar.   Continue lendo “A gambiarra da vez”

And the Oscar goes to…

Este ano o Brasil tem dois concorrentes de peso ao tão cobiçado Oscar. Fernanda Torres, brilhantíssima, foi indicada para concorrer como melhor atriz pelo seu desempenho em “Ainda Estou Aqui”, que também concorre ao prêmio de melhor filme e melhor filme internacional.

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O chapelão de Melania

Para mim, o grande sucesso, disparado o maior de todos, na festa da posse do Napoleão dos EUA não foi o Napoleão. Foi o chapelão, preto retinto com fita branca ao redor, a aba larga, fina e reta, enchapelado pela bela Melania, vestida de preto da cabeça aos pés.  Continue lendo “O chapelão de Melania”

Nova ordem

A nova ordem mundial que, dizem, instala-se hoje pela voz do novo Napoleão de hospício a sentar numa cadeira presidencial, começa pela tomada do canal dos panamenhos, a  tomada do Canadá dos canadenses e a tomada da Groenlândia dos dinamarqueses. Tal como fizeram no século 19, quando tomaram dos mexicanos os territórios que representam, a partir de então, quase todo o sul e o sudoeste dos Estados Unidos (Texas, Novo México, Arizona, Califórnia y otras cositas más).  Continue lendo “Nova ordem”

O longo caminho para a democracia

Quarenta anos após, persiste uma visão preconceituosa  sobre a forma como o Brasil deixou a ditadura para trás, com a vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, recebendo 480 votos contra 180 dados a Paulo Maluf e 26 abstenções. Continue lendo “O longo caminho para a democracia”