Impossível escrever sobre a Magda sem voltar a 1962, em Belo Horizonte. À Rua Carangola, que abrigava o prédio grande e moderno da FAFICH e, pertinho, o pequeno e antigo, do Colégio de Aplicação. Continue lendo “Eterna Mestra”
Cadê seu pai, vô?
Um no colo do outro, avô e neto conversam. Continue lendo “Cadê seu pai, vô?”
Conversa antiga
(Sábado frio, chuva fina, melhor sossegar em casa, ler um livro. Antigo, de preferência. Combina com dias assim, mais sombra que luz. Continue lendo “Conversa antiga”
Tardinha, noitinha
— A gente já não pode mais se espantar com coisa nenhuma nesse mundo, compadre.
Na cozinha da fazenda, mesa de madeira, bancos também, chão de tijolos, fogão de lenha, paredes enfumaçadas, a cena se repetia, diariamente. Continue lendo “Tardinha, noitinha”
Viagens sem volta
Há poucos dias, ao terminar a leitura de Crônicas de Papel, livro simpático, e publicação cuidadosa da Editora Mercuryo Jovem, fiquei pensando em sua autora, Januária Alves. Continue lendo “Viagens sem volta”
Filhos únicos
Mais de dez da noite, o ônibus deixa a rodoviária simples, no interior mineiro, e toma o rumo da maior cidade do país. Poucos metros adiante, procura o acostamento: Continue lendo “Filhos únicos”
Sonho brasileiro
Quase nove da noite, chuvinha chata – ir pra casa, nem pensar –, converso com o porteiro do prédio em que trabalho.
O sotaque nordestino me conta que seu dono acalenta um sonho antigo, nascido há tempos, antes de vir pro sul. Continue lendo “Sonho brasileiro”
Passear, tão somente
Sábado, dez da manhã, vou passear – coisa antiga – no Mercadão, como é chamado, carinhosamente, o Mercado Central. Continue lendo “Passear, tão somente”
O destino desfolhou
Na rua, relâmpagos e trovões. Dentro de casa, conversas e lembranças.
Entre uma e outra xícara de café, eu me perguntava, naquela noite escura e molhada, por que levara tanto tempo para conhecer os olhos miúdos e atentos, e o riso largo e ruidoso de minha tia Olinda. Continue lendo “O destino desfolhou”
Uma da tarde, quase duas
Uma da tarde, quase duas. Hora de ficar em casa, sem inventar.
Hora – por exemplo – de almoçar. Salada, arroz, feijão, couve, angu. Ah, pimenta. Ah, malagueta. Continue lendo “Uma da tarde, quase duas”
Relíquia sem cofrre
Passaporte vencido, lá fui eu em busca de um novo. Com preguiça, confesso.
— Acesse o site da Polícia Federal, é fácil –, disseram. Continue lendo “Relíquia sem cofrre”
Livros da Fernão Dias
Algumas seis vezes por ano, quando a saudade começa a falar alto, ou quando precisam de mim – coisa rara –, tomo o rumo de Minas. Continue lendo “Livros da Fernão Dias”
Mudei eu
Há algum tempo, década de noventa, publiquei, durante dez anos, sei lá quantas mil crônicas em um jornal semanal. Os assuntos, sedutores, sobravam. Continue lendo “Mudei eu”
Eternidade
Passamos três dias no interior de Minas, minha irmã, meu irmão e eu. Na fazenda onde crescemos, sonhamos, aprendemos, desaprendemos. Vivemos. Continue lendo “Eternidade”
Atalhos e trilhas
Uma vez, em uma escola, uma garota – treze, quatorze anos –, saia curta, cabelos compridos, olhos atentos, jeito de quem sabia das coisas, quis saber se eu me considerava diferente dos outros mortais.
— Outros mortais? Continue lendo “Atalhos e trilhas”