“Devemos cultivar nosso jardim”, ensinava o Cândido de Voltaire, o aluno do dr. Pangloss, que dizia que “tudo vai pelo melhor dos mundos possíveis”. Era a única coisa que Chance Gardner, o personagem de Peter Sellers em Muito Além do Jardim, sabia fazer, além de ver televisão. Continue lendo “Muito além do jardim”
Uma noite na ópera
Groucho Marx, num acesso hiperbólico de auto-ironia, dizia que não frequentava clubes que o aceitavam como sócio.
Groucho Marx era um comediante e a sua profissão não apenas lhe permitia como o obrigava a ser engraçado. Continue lendo “Uma noite na ópera”
Flaubert e os miasmas
“Os olhos de ambos erravam por sobre os montões de pedra das construções, sobre a água repugnante do canal, onde flutuava um molho de palha ,sobre a chaminé de uma fábrica, que se erguia um horizonte; os esgotos exalavam miasmas”. Continue lendo “Flaubert e os miasmas”
Céu sem brigadeiro
Um velho bordão muito popular nas redações de antigamente era “há algo no ar e não são aviões de carreira”.
Isso era vaticínio ou prenúncio, ou puro palpite, quando não teoria conspiratória, indicando a iminência de um fato não corriqueiro que estaria prestes a ocorrer. Continue lendo “Céu sem brigadeiro”
O realismo mágico
Gabo morreu e deixou aí o seu realismo mágico.
Falta um narrador de sua qualidade literária para descrever a espécie de Macondo em que se transformou a novela da Petrobrás, desde o momento que emergiu a tenebrosa história da compra da refinaria de Pasadena até o capítulo da CPI que o governo quer transformar, como Nizan Guanaes quer fazer com a Copa, na CPI de todas as CPIs. Continue lendo “O realismo mágico”
Bonjour, Madame Pluvier
A lenda da Sra. Pluvier, uma militante devotada inventada pela imaginação criadora do ator e cantor franco-italiano Yves Montand, ainda que criada na França em 1956 — há 58 anos, portanto — está mais atual do que nunca. Continue lendo “Bonjour, Madame Pluvier”
O rio da minha aldeia
O problema não é fazer ou deixar de fazer. O problema é noticiar. Continue lendo “O rio da minha aldeia”
Tragédias e farsas
Prometo que não vou citar o Marx do 18 Brumário e dizer que a História se repete a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Embora a tentação seja grande, muitos já o fizeram, e a obviedade pode ser cansativa, às vezes. Continue lendo “Tragédias e farsas”
O fetiche da CPI
A CPI é um fetiche da política brasileira. Entre as várias lendas nem tão lendárias que se institucionalizaram a seu respeito está a frase de autor desconhecido: “Sempre se sabe como uma CPI começa mas nunca se sabe como termina”. Continue lendo “O fetiche da CPI”
Apertem os cintos, o gerente sumiu
Tanto riso
O PMDB só dá alegrias à presidente, ela disse, mas ela não se atreveu a fazer as contas e confessar como essas alegrias saem caro. Continue lendo “Tanto riso”
Os passos dessa estrada
Já conheço os passos dessa estrada/ sei que não vai dar em nada/ seus segredos sei de cor. Continue lendo “Os passos dessa estrada”
Samba do Arnesto
Arnesto morreu aos 99 jurando que nunca convidou Adoniran Barbosa para um samba. Mas, como ensinou John Ford, quando a lenda fica melhor que a realidade, publique-se a lenda. Continue lendo “Samba do Arnesto”
Maduro e os fascistas
Maduro diz que “encarcerará um a um todos os fascistas”.
Quem são os fascistas? Os que Maduro determinar que são. Continue lendo “Maduro e os fascistas”
‘Cria cuervos que te sacarán los ojos’
Não é preciso ter visto o filme de Carlos Saura para entender o significado da célebre expressão espanhola. Continue lendo “‘Cria cuervos que te sacarán los ojos’”
