os homens, pai, são muitos animais e muitas são suas ordens e suas famílias e suas espécies e subespécies. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 4”
A Espécie Humana. Capítulo 3
antes de o sol chegar, ainda na semi-obscuridade, percebi que meu pai estava sentado na cama, um colchão no largo chão do sótão. a luz ia chegando lentamente, as sombras se desmanchavam. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 3”
A Espécie Humana. Capítulo 2
há verdades
espalhadas pelo mundo.
umas escondidas e outras iluminadas e num pedestal. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 2”
A Espécie Humana. Capítulo 1
o entardecer silenciou as vozes do mundo. os últimos pássaros teimosos se aninham em seus berços de galhinhos e plumagem. no meio do silêncio eu espero. Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 1”
A Espécie Humana. Capítulo 0
pode o velho conviver com o adulto que ele foi um dia? ou com o menino?, cuja lembrança já está quase de todo apagada! Continue lendo “A Espécie Humana. Capítulo 0”
Um romance, um capítulo por semana
Para quem gosta de escrever, transformar o material escrito em livro sempre foi um grande problema. Dependia-se da boa ou má vontade dos editores, ditadores que, antigamente, funcionavam como árbitros da estética e hoje são, quase sempre, apenas fazedores de dinheiro. Continue lendo “Um romance, um capítulo por semana”
A cruzada das crianças 1939
No ano 39, houve na Polônia
uma sangrenta batalha
que a aldeias e cidades,
numa fúria selvagem, amortalha. Continue lendo “A cruzada das crianças 1939”
O diabo existe?
Na manhã seguinte, durante o café:
Vovô, o diabo existe? Continue lendo “O diabo existe?”
Réquiem para todas as ausências
O último homem está caído ao chão. É sua última queda. A custo encostou-se a uma pedra. Seu corpo dói. O respirar é aflito. Olha as pernas e os pés mas vê apenas ossos e uma pele suja. Continue lendo “Réquiem para todas as ausências”
Mais clareza por fineza
Chego cedo no trabalho
Pra poder ler meu jornal.
Procuro o noticiário,
Diz que está tudo legal. Continue lendo “Mais clareza por fineza”
Comércio internacional de armas
Journal intime d’un marchand de canons, que poderia ser traduzido como Diário íntimo de um vendedor de canhões é uma ficção de Philippe Vasset. O autor é jornalista. E já no Prefácio, adverte: “…por trás dessas histórias, se agita uma realidade globalizada, sobre a qual nada se sabe, ou quase nada. Apesar de ser ficção, todos os episódios aconteceram, os nomes e as datas são verídicos.” Continue lendo “Comércio internacional de armas”
Varsóvia, dia 14 de abril, 17 horas
Liuxa, quatro anos, trepado nos ombros do pai, observa o cortejo. Homens e mulheres vestidos com roupas coloridas, desfilam dançando e rindo. Liuxa não sabe o porquê da festa. Não entendeu o que disse o tio, ao falar de vinte anos de independência. Continue lendo “Varsóvia, dia 14 de abril, 17 horas”
Em algum lugar em todos os lugares
Não se pode dizer que naquele preciso momento houvesse consciência. Não se pode. Não se deve admitir que houvesse memória. Não. Se houver necessidade de um termo que informe sobre o estado daquele exato instante, o único que se aproximaria vagamente é o de noção. Talvez houvesse noção. Noção de existência? Continue lendo “Em algum lugar em todos os lugares”
Lembrando de uma frase de uma canção de Silvio Rodríguez
a gente foi-se juntando aos poucos;
peludos, grunhidos selvagens.
entre berros e pauladas
fomos entendendo o poder da união. Continue lendo “Lembrando de uma frase de uma canção de Silvio Rodríguez”
Historinha das Minas Gerais
Dona Mariquinha
era uma donzela.
Sempre arrumadinha,
sempre na janela. Continue lendo “Historinha das Minas Gerais”