A presidente Dilma Rousseff não é mais a mesma. E não será até outubro de 2014. Os berros e a permanente irritação deram lugar a brincadeirinhas pretensamente bem-humoradas. Descontração ao invés da ira, sorrisos e beijocas e não mais a cara fechada, o rosto sisudo. Continue lendo “Canibais”
Ele chega a morder-lhe, sim
O que é preciso para que uma rua se encha de gente? Francis Coppola, no Godfather, part I, enche uma rua de alegria e vizinhos quando Sonny, um dos filhos de Don Corleone, dá uma lição ao cunhado. Continue lendo “Ele chega a morder-lhe, sim”
A bebida amarga
Como beber dessa bebida amarga? Tragar a dor, engolir a labuta?
Eram maus tempos aqueles em que as pessoas se dedicavam ao delicado quebra-cabeça de ressignificar as metáforas que vinham semeadas com inteligência, escondidas entre as dobraduras dos textos de jornal e das letras de música. Continue lendo “A bebida amarga”
Más notícias do país de Dilma (119)
A presidente Dilma Rousseff tem um grave problema com as palavras. Ela não sabe falar em português. Usa um idioma estranhíssimo, muitas vezes absolutamente, rigorosamente incompreensível, indecifrável. Continue lendo “Más notícias do país de Dilma (119)”
Eu neto, tu netas, ele neta
Um dos verbos que mais tenho conjugado nos últimos sete meses é “netar” – e, para todos os que me conhecem, este é um fato muito óbvio. Afinal, meu maior prazer, há sete meses, é exatamente netar. Continue lendo “Eu neto, tu netas, ele neta”
Palavras, conceitos
Ética. A palavrinha de cinco letras e um acento perdeu a vez no regimento interno do Senado. Foi despejada durante a elaboração do novo texto do regulamento. Muita gente protestou, mas a verdade é que ali não havia lugar para ela. Continue lendo “Palavras, conceitos”
Rua Caminho do Carro
Um dia, naquelas minhas frequentes conversas com o Tavinho Moura, apresentei a ele uma lista de títulos de futuras canções, todas referentes à minha querida Diamantina. Nomes lindos e sugestivos de ruas, becos e espaços que eu guardara na memória de minha infância. Continue lendo “Rua Caminho do Carro”
Mais do mesmo
Enquanto as emoções se voltavam para a pretensa nova política encarnada pela aliança Eduardo Campos-Marina Silva, gente de todos os partidos – incluindo a dupla recém-formada – insistia, repetia e promovia as piores práticas. Continue lendo “Mais do mesmo”
Bang-Bang
Os meus melhores bons sempre foram maus. Andam para aí a pregar sermões e até importaram uma açucarada expressão americana – role model –, mas a minha América sempre foi outra, a começar pela América da minha rua. Continue lendo “Bang-Bang”
A costela de Adão
Eis que estavam todos postos em sossego curtindo na sombra os preparativos para a eleição de 2014 quando alguém atirou uma pedra no lago e a marola se fez. Continue lendo “A costela de Adão”
O Más Notícias do País de Dilma volta quinta que vem
Norma
Norma Bengell, para mim, faz lembrar um Brasil que parecia que ia dar certo.
Norma Bengell tem um gostinho de anos dourados – aquele período especialmente rico da cultura brasileira, em que tudo era novo: nova capital, bossa nova, início do cinema novo. Continue lendo “Norma”
A jovem bela senhora
Eu acompanhei atento e de perto, o seu parto. Crescia no útero da nação esperançosa. Todos os olhares cidadãos prestavam atenção àquele momento em que se procurava enterrar as mazelas do passado doído e castrador e encomendar um mundo novo. Continue lendo “A jovem bela senhora”
Lessons from Nélida
Nelida Piñon has left. She has also left her mark on us. Continue lendo “Lessons from Nélida”
As boas e as más meninas
Filha de negociantes ricos, menina milionária da 5.ª Avenida, Dorothy Taylor, por aristocrata distracção, casou-se com o conde Di Frasso, em Itália. Continue lendo “As boas e as más meninas”