Brasil é simbólico para Biden

Primeiro presidente dos Estados Unidos a pisar na Amazônia durante o mandato, agenda prevista para este domingo, Joe Biden deve usar o encontro do G20, no Rio, para fixar seu legado como o líder mundial que mais se dedicou às causas ambientais e ao enfrentamento das mudanças climáticas. No mínimo, seu sucessor Donald Trump terá muito trabalho para anular o que foi feito nos últimos anos e, assim, exercer seu negacionismo.  Continue lendo “Brasil é simbólico para Biden”

O mandante

Tá valendo um pirulito de pimenta malagueta grátis para quem vier a público dizer que acredita em alguma linha do malfadado artigo “Aceitem a democracia”, publicado pelo Abominável na incrível Trolha de S. Paulo, jornal que o Tinhoso destratou dia sim outro também nos malditos quatro anos em que desgovernou o país.  Continue lendo “O mandante”

“Toffoli premia a corrupção e pune o erário”

Reportagem da Folha mostrou que decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, a respeito de casos da Operação Lava Jato derrubaram ações em que o Ministério Público cobrava mais de R$ 17 bilhões de envolvidos. Continue lendo ““Toffoli premia a corrupção e pune o erário””

O roqueiro alegre

O cara sentado a uns dois metros de nós cantava junto com o som do bar – mas cantava aos berros, a plenos pulmões saudáveis de quem nunca fumou careta na vida, os pulmões saudáveis da minha filha que, quando começou a berrar naquele velho barco viking do PlayCenter, fez o camarada sentado atrás de mim ficar dizendo, seguidas vezes: – “Desliga ela, tio! Desliga ela!” Continue lendo “O roqueiro alegre”

Drill, baby, drill

A maior parte do mundo está apreensiva, a direita e seu braço extremo comemoram, a esquerda (radical ou nem tanto) e o que restou da social-democracia catam os cacos e ensaiam, ainda sem êxito, entender os motivos da derrota. Um roteiro nada incomum em eleições majoritárias não fosse Donald Trump o protagonista – um herói às avessas, cuja vitória joga no lixo valores civilizatórios cultivados há séculos com luta, suor e vidas. Continue lendo “Drill, baby, drill”

O Dia de Ação de Graças está chegando e veja o que me arrumei

Quem tem a língua comprida acaba pagando o preço. A arte de conversar pressupõe que enquanto um fala o outro escuta e, como no jiu jitsu, vão acontecendo as trocas de posições. Eu conto uma coisa e a pessoa me conta outra – teoricamente deveria ser assim. Porém às vezes acabo falando demais e ouvindo de menos. Continue lendo “O Dia de Ação de Graças está chegando e veja o que me arrumei”

Sailing away to sea

“And high up above my eyes could clearly see / the Statue of Liberty / Sailing away to sea”.

Tradução perde demais, demais – mas é tipo “E lá do alto meus olhos podiam claramente ver a Estátua de Liberdade navegando embora pelo mar”.

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Trump

 Se no Sul do continente surgiu nesta eleição a figura torta e patética do pobre de direita, no Norte surge radiante a figura não menos torta e patética do imigrante de direita.  Continue lendo “Trump”

Ajuste fiscal – agora vai?

O agravamento do cenário econômico emparedou o governo Lula. O presidente corre contra o relógio para apresentar ainda nesta semana seu pacote de ajuste das contas públicas por meio de um corte de despesas. A equipe econômica entrou no modo “agora vai” depois da péssima repercussão da declaração de Fernando Haddad de que não havia pressa para anunciar as novas medidas econômicas. Na verdade, o ministro da Fazenda paga o preço de, quando da aprovação do arcabouço fiscal, ter cometido o erro estratégico de buscar o equilíbrio fiscal exclusivamente pelo aumento da receita. Continue lendo “Ajuste fiscal – agora vai?”

Abstenção

São Paulo nunca teve tantas abstenções no seu eleitorado quanto nesta eleição. Mas não teve o pior índice do país. A campeã do desinteresse eleitoral, entre todas as capitais, foi Porto Alegre. E nem foi o mais alto índice do Estado: o recorde no Rio Grande do Sul se deu em Canoas, onde as abstenções chegaram a 35,72% (contra 34,83% na capital).  Continue lendo “Abstenção”

Só Kamala salva

Aflição e medo. Não era assim que o mundo costumava enxergar as eleições nos Estados Unidos, país símbolo da democracia que até pouco tempo a exalava por todos os poros. Tudo mudou com Donald Trump – e pode piorar ainda mais. Se Trump vencer, consolida-se a ideia de que os fins justificam os meios sórdidos, as mentiras e as ilegalidades. Se perder, ele não aceitará a derrota, assim como fez em 2020, minando ainda mais a confiança dos americanos nos pilares da democracia. Para Trump, modelo para outros democratas de araque, a conta é simples: ou ele vence ou a eleição não vale. Continue lendo “Só Kamala salva”

O abraço dos afogados

As urnas foram cruéis com Lula e Bolsonaro. Naufragou a intenção dos dois de fazer das eleições municipais o tira-teima da disputa presidencial de 2022. No campo de Lula, a esquerda mergulhou em profunda crise de identidade, com seu principal partido, o PT, na “zona do rebaixamento”, como caracterizou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. E Bolsonaro perdeu o status de voz única da direita, amargando derrotas importantes ao confrontar outras lideranças de uma direita que deixou de ser monocromática. Continue lendo “O abraço dos afogados”

“Todas as pessoas que vivem em Brasília são políticos?”

Exatamente. Todos os 3 milhões de habitantes de Brasília, a terceira maior cidade do Brasil. Para quem não sabe, Brasília é maior do que Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Curitiba. Continue lendo ““Todas as pessoas que vivem em Brasília são políticos?””