Madrugada, casa dormindo, quase silêncio – apenas a suavidade da voz de Joan Baez evocando os anos sessenta –, hora de escrever a crônica semanal. Continue lendo “Relíquia”
Será que estou lendo o que estou lendo?
Nos últimos tempos, com uma freqüência que eu gostaria que fosse menor, tenho me perguntado se realmente estou lendo o que estou lendo. Ou ouvindo o que estou ouvindo. Continue lendo “Será que estou lendo o que estou lendo?”
Das prisões do czar imperial às prisões do czar comunista
O título, Sashenka, não chega a ser especialmente atraente, a não ser talvez para pessoas, como eu, fascinadas por tudo que tenha a ver com a Rússia. O autor, Simon Montefiore, não é conhecido, ou, no mínimo, não é famoso. Continue lendo “Das prisões do czar imperial às prisões do czar comunista”
O Guerra e Paz da literatura de lazer
A inspetora Rosa Figuerola, mulher muito grande, bonita, gostosa, malhava cinco vezes por semana, duas horas por dia, mas nunca perdia tempo com romances policiais ou qualquer literatura de lazer. Não que só pensasse no corpo e nunca na mente. Continue lendo “O Guerra e Paz da literatura de lazer”
Os 80 anos do poeta
Setembro chega com o aniversário do poeta Ferreira Gullar, nascido José Ribamar como tanta gente do Maranhão. E o presente quem nos dá é ele, com o lançamento de seu novo livro de poesia, Em alguma parte alguma. Continue lendo “Os 80 anos do poeta”
Pequenas preciosidades
Um pouco antes de começar essa crônica, remexendo em velhos livros, encontrei um de Murilo Rubião, escritor mineiro que só vi uma vez, quando fui à Imprensa Oficial de Belo Horizonte, que ele dirigia, entregar um trabalho ao escritor Jaime Prado Gouvêa. Continue lendo “Pequenas preciosidades”
Uma visão sobre Plínio Salgado
O meu irmão mais velho se chamava Plínio. No início de sua mocidade, flertou com o integralismo. Passou boa parte de sua vida sendo chamado de “galinha verde” – o apelido pespegado pelos comunistas aos seguidores de Plínio Salgado, após o confronto de outubro de 1934, na Praça da Sé, em São Paulo. Continue lendo “Uma visão sobre Plínio Salgado”
Pescador de livros
Uma vez, uma só, sonhei ser repórter em Berlim. Continue lendo “Pescador de livros”
Os poetas no meu caminho
Uma centena de pessoas se reúnem para homenagear Wander Piroli, pessoa, jornalista e escritor de primeiríssima qualidade. Ele se foi, mas sua imagem fica. Falando nele, é como se o víssemos retornar ao nosso convívio. Continue lendo “Os poetas no meu caminho”
No Brasil ninguém lê ficção brasileira
Olho, com tristeza, mas uma tristeza inominável e profunda, a lista de livros mais vendidos. Pego como referência a revista Veja de fins de abril de 2010: na ficção, lá estão os leitores brasileiros prestigiando nada menos do que 10 entre 10 estrangeiros. Continue lendo “No Brasil ninguém lê ficção brasileira”
O Kindle, os livros de papel e a Catherine
Em artigo para esta página, Anélio Barreto demonstra o gosto pelo livro impresso, e o desencanto com o virtual. Ora, imaginemos que uma pessoa, um amigo da gente, vá passar duas semanas em uma ilha sem recursos. Vem a pergunta clássica: “O que você levaria para uma ilha?”. Continue lendo “O Kindle, os livros de papel e a Catherine”
O Kindle, o iPad e o Google
Existe um mundo em que, em uma floresta maravilhosa, por onde passeia um riacho que vai descansar em um lago onde cintilam estrelas, vivem os homens-livros. Lá estão Madame Bovary, Ulysses, Lolita, Dom Quixote, Peter Pan, Narizinho e todos – todos – os seus amigos. Eles passeiam, por toda a floresta, contando suas histórias. A floresta é uma enorme, interminável biblioteca que anda e fala. Continue lendo “O Kindle, o iPad e o Google”
1.100 livros da biblioteca de Mindlin, no seu computador
Há duas bibliotecas em construção na USP para abrigar 17 mil títulos doados pelo empresário e bibliófilo José Mindlin, morto aos 95 anos, no dia 28 de fevereiro de 2010. A primeira, de concreto, pode demorar um ano para ficar pronta. A outra, virtual, está funcionando. Já tem disponíveis cerca de 3.500 documentos, dos quais 1.100 livros. Continue lendo “1.100 livros da biblioteca de Mindlin, no seu computador”
Títulos milagrosos
Quando publiquei o primeiro livro, em 1977, sonhava com ele nas prateleiras das livrarias. Só entrar e pedir, pensava. O vendedor, solícito, ainda diria que o livro vendia bem, devia ser bom. Continue lendo “Títulos milagrosos”
Uma reportagem subjetiva sobre os anos de chumbo, piração e amor
Cada geração tem sua década, o conjunto dos anos em que era jovem e portanto seus sonhos eram tão fortes e poderosos que parecia ser possível realizá-los. A jornalista Lucy Dias teve a sorte grande (e, junto com ela, o terrível azar) de ter tido como sua a década de 70, aquela que, no Brasil, mais ainda que a de 60, mudou absolutamente tudo, ou quase tudo. Continue lendo “Uma reportagem subjetiva sobre os anos de chumbo, piração e amor”