Quando um homem ama uma mulher

Tu ama-la?” Vão no carro, Butch ao volante, Buzz enfi­ado no fato de Cas­per, o fan­tas­mi­nha feliz. Butch ainda tenta uma digres­são dis­trac­tiva: “Quem?” Mas a curi­o­si­dade de Buzz é obs­ti­nada e infan­til: “A senhora que nos cozi­nhou os ham­bur­gers…” E como é que se explica a uma cri­ança quando é que um homem ama uma mulher. Continue lendo “Quando um homem ama uma mulher”

E um dia comem-nos

Era em Luanda e tinham nos olhos um abor­re­ci­mento escan­di­navo. No meu Liceu, que agora se chama Mutu Ya Kevela, havia jaca­rés. Nada­vam num tan­que fundo e tinham uns bons metros de areia para se aque­ce­rem ao céu aberto do pátio. Continue lendo “E um dia comem-nos”

O cinema alemão é um écrã demoníaco

Houve alguns anos eufó­ri­cos em que o cinema ale­mão não foi só o cinema ale­mão. Tal como o crash de 29 foi a mãe dos anos dou­ra­dos do cinema sonoro ame­ri­cano, o cinema ale­mão nas­ceu dos escom­bros e humi­lha­ção da I Grande Guerra. Continue lendo “O cinema alemão é um écrã demoníaco”

O mais belo dos filmes


Ao João Bénard, ao Manuel Cin­tra Ferreira

A porta abre-se para a direita, os vio­li­nos entram pela esquerda e a madura silhu­eta de uma mulher recorta-se con­tra a luz do deserto. A mulher, pas­sos hesi­tan­tes, dan­ça­dos, vai da porta para a varanda tosca, a câmara atrás dela. Continue lendo “O mais belo dos filmes”