Fiquei injuriada com o vídeo do presidente do PT. Sei que foi para uso interno, mas como ele conclama a sociedade organizada, partidos políticos, centrais sindicais, movimentos populares, a se mobilizarem para neutralizar a operação destinada a abafar a CPI do Demóstenes, creio que ele pretendia o que conseguiu: que sua peroração fosse ouvida fora do âmbito do PT. E aí ele nos dá o direito de responder. É o que faço agora. Continue lendo “O que afinal o senhor Rui Falcão pensa dos brasileiros?”
A cachaça de Dilma e o bourbon de Obama
Em volta de uma garrafa de Velho Barreiro, que ao contrário do que andaram dizendo não era cravejada de diamantes e nem custava mais de 200 mil reais, a presidente Dilma e o presidente Obama deixaram as relações Brasil- Estados Unidos no mesmo banho-maria em que vêm cozinhando nos últimos anos. Continue lendo “A cachaça de Dilma e o bourbon de Obama”
A energia de Dilma
Exibida na TV no horário eleitoral de 2010, a cena de Dilma Rousseff no Parque Eólico de Osório (RS), com pás brancas gigantes girando o futuro, era auspiciosa. Continue lendo “A energia de Dilma”
Avé-Maria Cheia de Graça
O caldo entornou-se. O jovem católico virou-se para o chefe de polícia e disse-lhe em tom de desgarrada: “Gostava que fizessem isso à sua mãe?” Ó meu amigo, palavras não eram ditas e já o até então polidíssimo agente lhe enfiava uma gravata que, vi eu, fez o ar dos pulmões do jovem bater no tecto da sala. Continue lendo “Avé-Maria Cheia de Graça”
Catões e Cachoeiras
Toda vez que arrancam a máscara de um Catão alguns se chocam e outros se alegram. Continue lendo “Catões e Cachoeiras”
Lula, o fiador da Fifa
Em meados de junho de 2007, três meses e meio antes de o Brasil ser anunciado como país sede da Copa 2014, o presidente Lula assinava, com pompa e circunstância, a carta-compromisso em que o país oferecia mundos e fundos para seduzir a Fifa. Continue lendo “Lula, o fiador da Fifa”
Uma noite no sótão: com Billy Wilder e Kim Novak
Este é de 1990. Escrito no “Expresso”, a propósito de uma qualquer exibição de Beija-me Idiota na RTP 2, retomo-o com liberdades. Mais ou menos nessa altura veio cá o Alexander Trauner, que fora decorador do Wilder. Continue lendo “Uma noite no sótão: com Billy Wilder e Kim Novak”
Bandidos da bola
O que finalmente eu mais sei sobre a moral e as obrigações do homem devo ao futebol… (Albert Camus)
Claro que os torcedores das organizadas nunca ouviram falar de Albert Camus e muito menos ele saberia, antes de morrer, que o futebol, muitos anos depois, deixaria de ser guia da moral e das obrigações do homem para transformar-se, por força do desvio comportamental de alguns celerados, em viveiro de bandidos. Continue lendo “Bandidos da bola”
Noves fora
Nove anos depois de chegar ao Planalto – quase três como ministra de Energia, cinco como ministra da Casa Civil e há mais de um como presidente da República -, Dilma Rousseff descobriu, assim, de repente, que vinha fazendo tudo errado. Continue lendo “Noves fora”
Um beijo na palma da mão
Por cada porta que passa, Robert De Niro passa de um passado a outro passado. É sempre “yesterday”, como os Beatles cantam, no Once Upon a Time in America. O filme é de Sergio Leone e dura 50 anos. São 50 anos a andar para trás, à procura do tempo perdido em que a inocência foi ou era possível. Continue lendo “Um beijo na palma da mão”
A Lei de Talião
O Senado aprovou um projeto de lei de Roberto Requião estabelecendo novos procedimentos para o direito de resposta ou retificação do ofendido “em matéria divulgada, publicada ou transmitida em veículo de comunicação social”. Continue lendo “A Lei de Talião”
Serra, o papelzinho e o eleitor
Com que percentual vencerá as prévias do PSDB no próximo domingo – 51%, 60%, 70%, 80% -, pouco importa. José Serra já é o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo. Tudo mais é figuração, jogo de me engana que eu gosto. Continue lendo “Serra, o papelzinho e o eleitor”
Sob o signo de Delúbio
Em abril de 2011, o diretório nacional do PT aprovou, por 60 votos a 15, a refiliação de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, acusado de ser um dos principais articuladores do mensalão. Com o aval determinante do ex-presidente Lula, a volta de Delúbio só não virou festa de arromba em Goiás, seu estado natal, por alerta de seus advogados. Continue lendo “Sob o signo de Delúbio”
Tinham mães que os amavam
A calva e resplandecente cabeça de Luis de Pina, então director da Cinemateca, pairava sobre um tormentoso mar punk. Já voltaremos à sua cabeça. Antes, deixo-vos com uma pérola de filosofia social: desiludam-se os proactivos, não cria comoções sociais quem quer e, às vezes, nem quem pode. Continue lendo “Tinham mães que os amavam”
Nau sem rumo
Em pouco mais de uma semana, o governo, depois de ter levado um puxão de orelhas do PMDB e perdido uma votação importante no Senado, trocou seus líderes na Câmara e no Senado e perdeu o apoio da bancada do PR. Continue lendo “Nau sem rumo”
